Geral
Virada Olímpica
As prioridades e os desafios na reta final da preparação brasileira para os Jogos Rio 2016
A chegada de 2016 marca, para o Brasil, a reta final de uma saga que teve início formal e simbólico em outubro de 2009, quando o país conquistou o direito de receber os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul. Com a meta no horizonte de ficar entre os dez melhores em número de medalhas (no cenário olímpico) e entre os cinco no quadro geral paralímpico, atletas, técnicos e dirigentes ajustam a intensidade e o ritmo de treinos, definem cronogramas e projetam expectativas para cumprirem suas missões.
O brasil2016.gov.br apresenta, a partir desta segunda-feira (4.01), uma série de reportagens especiais que detalha como cada uma das 42 modalidades olímpicas e 23 paralímpicas vão encarar este primeiro semestre, com ênfase nas vagas já asseguradas, nos atletas garantidos, no calendário dos próximos meses, nos investimentos realizados em equipamentos e nas metas de cada modalidade. Dezenas de atletas, técnicos e dirigentes foram ouvidos.
» Como “desafiantes”, mesatenistas brasileiros chegam sem pressão ao Rio 2016
» Uma dupla de novos talentos alimenta o sonho de exorcizar os 7 x 1
» Halterofilismo paralímpico briga por classificação até fevereiro
» Com o time masculino classificado, meta da ginástica artística é buscar duas medalhas
» Conquista da classificação aponta novo horizonte no hóquei sobre grama
» Nas seletivas, boxe vai “lutar” para ter equipe completa nos Jogos do Rio
» Atletismo almeja delegação recorde nos Jogos Olímpicos do Rio
» "Vai ter que ser gênio para ganhar da gente", diz presidente da Confederação de Vela
» Com vagas asseguradas, basquete em cadeira de rodas quer manter evolução
» Equipe recorde do taekwondo quer triplicar o saldo de medalhas da modalidade
» De olho no ranking, tenistas abrem 2016 com grandes expectativas
» Após ouros no Parapan, goalball projeta mais medalhas em 2016
» Um dos carros-chefes, judô promete disputa interna acirrada pela vaga na seleção
» Quatro duplas, quatro pódios: vôlei de praia almeja resultado histórico
» Confederação prevê três pódios movidos pelas braçadas nas Olimpíadas. Atletas são mais otimistas
» Atletismo planeja entre 11 e 14 ouros nos Jogos Paralímpicos
Palcos encaminhados
Segundo informações divulgadas pela prefeitura do Rio de Janeiro em dezembro de 2015, 95% das obras do Parque Olímpico da Barra estão concluídas. Levando em conta também as instalações no Complexo de Deodoro, seis estruturas já foram finalizadas e outras oito superaram os 90% de execução. A mais recente a alcançar este patamar foi o Centro de Tênis, que recebeu o primeiro evento-teste do Parque Olímpico.
As seis instalações com estruturas finalizadas são a Arena do Futuro (handebol e goalball), Centro Internacional de Transmissão (IBC), Campo de Golfe, Pista de Mountain Bike, Pista de BMX e Circuito de Canoagem Slalom.
Outras oito obras atingiram 90% ou mais de conclusão. São os casos, das Arenas Cariocas 1 (96%), 2 (97%) e 3 (98%). O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos chegou a 96%, enquanto o Centro Principal de Mídia atingiu 92%. A Vila dos Atletas, também na Barra da Tijuca, está bem próxima da conclusão, com 97% das intervenções finalizadas. O velódromo está 76% finalizado e a Arena da Juventude, em Deodoro, 75%. O Hotel de mídia tem 88% dos trabalhos feitos.
No plano dos investimentos, o governo federal tem atuado, desde 2009, para que o legado olímpico contemple todos os estados e o Distrito Federal. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas.
Somente em infraestrutura física são mais de R$ 3 bilhões. Recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 254 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficiais de atletismo e dez instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ), além da reforma e a construção, também na cidade do Rio, de locais de treinamento em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Rede de proteção
A eleição promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na Dinamarca, em 2009, marcou o início de uma nova fase da administração esportiva no Brasil. Ser país-sede motivou o governo federal a adotar uma série de políticas no setor que se somaram à Lei Pelé, sancionada em 1998; à Lei Agnelo/Piva, de 2001; à Bolsa Atleta, de 2005; e à Lei de Incentivo ao Esporte, de 2006.
Trinta e dois dias após o término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres, em 2012, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Brasil Medalhas. Assim, o ciclo olímpico atual, iniciado em 2013, teve um adicional de R$ 1 bilhão para investimentos.
O passo seguinte foi a implantação da Bolsa Pódio, nova categoria da Bolsa Atleta, que garante benefícios entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais e que se tornaram fundamentais para que os atletas pudessem contar com estrutura ainda mais profissional na preparação.
brasil2016.gov.br