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Halterofilismo paralímpico

19/01/2016 17h25

Virada Olímpica

Halterofilismo paralímpico briga por classificação até fevereiro

Objetivo mínimo é igualar a edição de Londres, em 2012, e garantir cinco atletas nos Jogos. Evento-teste será a partir desta quinta, dia 21, na Arena Carioca 1

Em grande parte dos esportes paralímpicos, o Brasil já tem vaga assegurada nos Jogos de 2016 por ser país-sede. No halterofilismo, contudo, os anfitriões não terão vantagem em relação aos adversários. Desde o Mundial de abril de 2014, em Dubai, e até o dia 29 de fevereiro, quando será fechado o ranking do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), todos os atletas somarão pontos em busca da classificação para o Rio de Janeiro.

No feminino, as seis melhores da listagem estarão automaticamente convocadas. Entre os homens, a classificação será dos oito mais bem colocados em cada categoria. Além dessas vagas, o IPC ainda irá oferecer 20 convites, após avaliar os pedidos feitos pelos países. Cada delegação poderá ser representada por um atleta em cada uma das vinte categorias (dez no masculino e dez no feminino).

“Nossa expectativa é ao menos igualar a campanha de Londres, quando classificamos cinco atletas. Esse é o mínimo, nossa meta por baixo”, adianta Felipe Dias, coordenador do halterofilismo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “É difícil projetar um número por conta dos convites disponíveis. A gente pode pleitear dez e conseguir cinco ou nenhum. Pelo ranking, vamos tentar ao menos igualar a marca de cinco atletas”, explica.

Para Felipe, o Brasil tem mais chances de conseguir a classificação por pontos nas categorias até 54kg, 80kg e até 107kg no masculino, e até 45kg e 86kg no feminino, esta última que já rendeu um bronze para Márcia Menezes no Mundial de Dubai. Subir ao pódio no Rio de Janeiro, contudo, seria superar todas as expectativas.

Márcia Menezes faturou o bronze no Mundial de Dubai. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

“Nossa meta é igualar o melhor resultado, que foi um quarto lugar em Atenas-2004 (com Alexsander Whitaker). A quantidade de concorrentes aumentou muito nos últimos anos, então o halterofilismo é cada vez mais difícil. Uma medalha seria a revolução do esporte no Brasil”, considera o coordenador. “Em 2014, tivemos a medalha da Márcia no Mundial, e uma nas Paralimpíadas viria abrilhantar todo o trabalho que temos feito”, avalia.

Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, Maria Rizonaide espera competir em solo carioca e subir de novo ao pódio. “Estou treinando para levantar 96kg e brigar por uma medalha em 2016”, avisa a atleta, que tem acondroplasia (nanismo) e compete na categoria até 50kg. Até o momento, sua melhor marca é de 79kg. No Canadá, o topo do pódio foi conquistado após a brasileira erguer 73kg. “Em 2016 vou me dedicar ainda mais”, garante. O Brasil conquistou oito medalhas no halterofilismo do Parapan, sendo três de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Na edição do Rio, em 2007, foram cinco pódios.

Ouro no Pan permite a Maria Rizonaide sonhar com pódio nos Jogos de 2016. Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Programação

Até o encerramento do período de qualificação, em fevereiro, os atletas brasileiros farão treinos em Uberlândia, de onde seguiram para a Copa do Mundo de Halterofilismo, que será realizada entre 21 e 23 de janeiro. A competição servirá de evento-teste para os Jogos Rio 2016, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra. As últimas chances para somar pontos no ranking serão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 15 e 19 de fevereiro, e em Kuala Lumpur, na Malásia, de 24 a 28 de fevereiro.

“Depois desse período, vamos trabalhar especificamente com os atletas que conquistaram as vagas, reforçando as fases de treinamento com períodos mais longos e em competições nacionais. Vamos esperar a divulgação de novos eventos no calendário internacional para avaliar a participação também. Será muita preparação e concentração até os Jogos”, planeja Felipe Dias.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br