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Goalball

06/01/2016 15h21

Virada Olímpica

Após ouros no Parapan, goalball projeta mais medalhas em 2016

No Canadá, seleção masculina sagrou-se bicampeã continental, enquanto a feminina chegou ao topo do pódio pela primeira vez. Brasil já tem vaga na Paralimpíada
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Integrantes da seleção brasileira de goalball já fizeram um "test-drive" na Arena do Futuro, sede da modalidade nos Jogos. Foto: CPB/MPix
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Integrantes da seleção brasileira de goalball já fizeram um "test-drive" na Arena do Futuro, sede da modalidade nos Jogos. Foto: CPB/MPix
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Integrantes da seleção brasileira de goalball já fizeram um "test-drive" na Arena do Futuro, sede da modalidade nos Jogos. Foto: CPB/MPix
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Seleção masculina comemora o ouro conquistado nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015. Foto: CPB/MPix
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Seleção feminina de goalball tentará medalha inédita nos Jogos Rio 2016. Foto: CPB/MPix
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Leomon, atleta da seleção, comemora gol durante o Parapan de Toronto. Foto: CPB/MPix
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Equipe feminina celebra o ouro conquistado no Parapan de Toronto, no Canadá. Foto: CPB/MPix
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Depois do inédito título mundial de 2014 com a seleção masculina, o goalball viveu novas conquistas durante o último ano de preparação para os Jogos Paralímpicos de 2016. No Parapan de Toronto, em agosto, os homens conquistaram o bicampeonato, repetindo o ouro de Guadalajara-2011, enquanto as mulheres foram campeãs pela primeira vez. Nos dois gêneros, a campanha foi invicta e considerada uma boa prévia para o Rio de Janeiro.

“O ano de 2015 foi completo para o goalball”, afirma o jogador Leomon Moreno. A equipe masculina tem ainda o retrospecto da medalha de prata conquistada na edição dos Jogos de 2012, quando o Brasil subiu ao pódio da modalidade pela primeira vez. A meta para 2016, contudo, é ainda maior. “Queremos ser campeões e vamos torcer muito pelo feminino para que elas também ganhem o ouro inédito. A gente quer esse gostinho”, diz Leomon.

Leomon com a bola do goalball, que conta com um guizo em seu interior. Foto: CPB/MPix

Por ser país-sede, o Brasil tem asseguradas as duas vagas para o goalball nas Paralimpíadas. “Agora é treinar para estar dentro da seleção”, explica o jogador, que ficou de fora do Parapan de 2011. Além dos anfitriões, estão classificados Rússia, Estados Unidos, Turquia, Canadá, Japão, Israel, China, Austrália e Ucrânia, no feminino, e Finlândia, Estados Unidos, Canadá, Lituânia, China, Suécia, Turquia, Alemanha e República Tcheca, no masculino. Ao todo, serão dez seleções na disputa de cada gênero.

» Definidas as seleções classificadas para Jogos

“Estamos confiantes para jogar dentro de casa e contar com o apoio da torcida, com nossos corações batendo forte”, adianta o atleta. Antes dos Jogos, a seleção brasileira terá fases de treinamento e o evento-teste dos dias 4 e 5 de maio, na Arena do Futuro, que será o palco do goalball nas Paralimpíadas. “Talvez a gente ainda vá para alguma competição no exterior, para não ficar longe das outras equipes e saber como elas estão se preparando”, acrescenta.

Evolução

Para chegar ao atual status no cenário internacional, o goalball brasileiro conta com diversos investimentos. São 42 jogadores contemplados com a Bolsa-Atleta, e o Ministério do Esporte tem convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que, somados, ultrapassam R$ 40 milhões para a preparação para 2016, além da participação nos Jogos de Toronto.

“A evolução do goalball é muito grande. Em 2009 a gente treinava em Jundiaí com apoio do nosso técnico, que conseguiu as estruturas e hospedagem. Nós ficávamos em várias camas em um único salão. Dali para frente, a estrutura e os investimentos foram aumentando”, relembra. “Hoje é só treinar para a competição e trazer os títulos. Temos hotel, quadras sofisticadas. Com o Centro de Treinamento em São Paulo, vai ser ainda melhor”, avalia Leomon.

História

Em vez de adaptar uma modalidade às necessidades dos deficientes, o austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle criaram, em 1946, um novo esporte direcionado aos veteranos da Segunda Guerra Mundial que haviam perdido a visão. A apresentação do goalball foi feita nos Jogos de Toronto, 30 anos depois. A partir dali, passaram a ser organizados campeonatos mundiais e, em 1980, a modalidade estreou nas Paralimpíadas de Arnhem. As mulheres entraram para a disputa em 1984.

No Brasil, o goalball começou a ser praticado em 1985 e, 10 anos depois, a seleção nacional conquistou a medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Buenos Aires. A estreia nos Jogos Paralímpicos foi em Pequim-2008. Quatro anos depois, em Londres-2012, a equipe masculina ficou com a prata.

Regras

Para as partidas, a quadra deve ter 9m de largura por 18m de comprimento. O jogo é dividido em dois tempos de dez minutos e as equipes são formadas por três jogadores titulares e três reservas, sendo que todos exercem, ao mesmo tempo, as funções de ataque e defesa. Assim como no futebol de cinco, há um guizo no interior da bola para emitir sons e os torcedores são orientados a não fazer barulho durante o período em que a bola está em  jogo. Todos os atletas usam vendas nos olhos para não beneficiar quem tenha percepções luminosas.

Ana Claudia Felizola, brasil2016.gov.br