Futebol
Copa 2018
Das 32 seleções, sobraram seis europeias e duas sul-americanas
Das 32 seleções, sobraram oito. Os jogos desta terça-feira (03.07), entre Suécia x Suíça e Inglaterra x Colômbia, definiram as duas últimas vagas nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia 2018. Em duas partidas em que sobrou disposição física e faltou criatividade, os suecos venceram os suíços por 1 x 0 e os ingleses superaram os sul-americanos por 4 x 3 na disputa de pênaltis, após empate em 1 x 1 no tempo normal e na prorrogação.
31 dos 146 gols marcados na Rússia (21%) ocorreram depois dos 35 minutos do segundo tempo
Com os resultados, estão desenhados os quatro duelos válidos pelas quartas de final. Na sexta-feira (6.07), o Uruguai de Suárez e Cavani enfrenta os jovens talentos da França, de Mbappé, Griesmann e Pogba. A partida será em Nizhny Novgorod, a partir das 11h. No mesmo dia, a partir das 15h, será a vez de o Brasil medir forças contra a talentosa equipe da Bélgica, em Kazan. Os vencedores dos dois confrontos fazem uma das semifinais do torneio, em São Petersburgo, na terça-feira (10.07), a partir das 15h.
No sábado (7.07), a Suécia enfrenta Inglaterra, do artilheiro do torneio Harry Kane, com seis gols, em Samara, a partir das 11h. Mais tarde, os anfitriões russos recebem a Croácia, do habilidoso meia Modric, em Sochi. A bola rola a partir das 15h. Os sobreviventes dos embates se encontram na semifinal que será disputada em Moscou, na quarta-feira (11.07), a partir das 15h.
No grupo dos oito melhores, restaram seis das 14 equipes europeias e duas das cinco sul-americanas inscritas no torneio. Africanos, asiáticos e demais integrantes da América estão fora. Entre os sobreviventes, quatro já conquistaram o título ao menos uma vez: Brasil (cinco), Uruguai (duas), França e Inglaterra (uma).
Heróis e vilões
Os jogos das oitavas, como reza o manual da Copa, foram recheados de emoções, heróis e vilões. Ao todo, houve 24 gols nas oito partidas disputadas, uma média de três por confronto. O eletrizante duelo entre Argentina x França, com direito a duas viradas no placar, ajudou a puxar para cima esse número: 4 x 3 para os franceses e mais um adeus melancólico do super craque Lionel Messi em Mundiais.
A Copa do Mundo da Rússia já teve 28 pênaltis anotados, um recorde na história da competição. Desses, 21 foram convertidos
Outra partida decidida literalmente no último segundo envolveu Bélgica x Japão. Em jogo de cinco gols, todos no segundo tempo, os japoneses chegaram a abrir 2 x 0 e pareciam caminhar para a inédita classificação às quartas, mas permitiram a igualdade e, no último lance da partida, sofreram um contra-ataque perfeito após batida de escanteio mal sucedida. Viram a chance de ir para a prorrogação se esvair nos pés do meia Chadli.
A prorrogação e os pênaltis não foram realidade para o Japão, mas fizeram parte da decisão das vagas entre Espanha x Rússia, Croácia x Dinamarca e Inglaterra x Colômbia. Com o imenso apoio da torcida, os russos despacharam os campeões mundiais de 2010, os croatas sobreviveram a uma disputa de pênaltis em que os dois goleiros brilharam e a Colômbia viu o sonho das quartas de esvair. A imagem do choro do craque do time, James Rodríguez, desolado no banco por não ter podido atuar no duelo, por lesão, é candidata a uma das mais icônicas desse Mundial.
Fechando o grupo dos oito, o Uruguai seguiu adiante com a marca de sua afinada dupla de ataque entre Suárez e Cavani. Venceu a equipe de Portugal por 2 x 1 e mandou para casa o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, que já tinha feito quatro gols no Mundial. E o Brasil, por sua vez, soube resistir a uma pressão inicial do México para depois se assentar em campo e chegar aos 2 x 0, com gols de Neymar e Firmino, para garantir sua sequência na competição.
Inglaterra x Colômbia
A classificação inglesa para as quartas de final chegou a parecer tranquila, mas terminou de forma dramática. Depois de controlar o jogo durante boa parte dos 90 minutos e de abrir o marcador aos oito do segundo tempo, com Harry Kane, de pênalti, a seleção europeia sofreu um gol nos acréscimos do zagueiro Mina. Um gol bem ao estilo do defensor colombiano. Ele aproveitou um escanteio, subiu mais que a zaga inglesa, cabeceou para o chão e viu a bola passar por um defensor alinhado no segundo pau e pelo goleiro inglês Jordan Pickford. Com o empate, a partida foi para a prorrogação e para as cobranças de pênalti.
» Confira os melhores momentos da partida
Nos pênaltis, a Colômbia chegou a sonhar com a classificação quando Henderson errou a cobrança pela Inglaterra. Na sequência, contudo, Uribe e Bacca perderam suas cobranças, e a vaga ficou com os europeus. Os colombianos lamentaram muito a ausência de James Rodriguez. O meia e craque do time assistiu a tudo da arquibancada, lesionado. Sem ele, a Colômbia dependia de Falcão Garcia, Quintero e Cuadrado, que não estiveram inspirados.
Suécia x Suíça
Num jogo em que ficou mais visível para o torcedor o vigor físico e a vontade de seguir adiante das duas equipes do que propriamente a técnica e a criatividade, a Suécia venceu a Suíça por 1 x 0 e avançou às quartas. Com isso, o país escandinavo volta ao grupo dos oito melhores após 24 anos. A última vez tinha sido em 1994, nos Estados Unidos, quando os suecos perderam por 1 x 0 para o Brasil na semifinal, com um gol de cabeça de Romário.
» Confira os melhores momentos da partida
No duelo disputado em São Petersburgo, a partida que exigiu muito do sistema defensivo sueco, sobretudo no segundo tempo. Mas a defesa se portou bem e garantiu a vitória. Lá na frente, Fosberg fez o gol único, num lance de sorte, em que a bola bateu no pé do zagueiro suíço Akanji e impediu qualquer ação do goleiro Sommer. Após a partida, o treinador sueco Janne Andersson exaltou o esforço da equipe.
"É muito empolgante ver que o grupo passa por isso junto. Estou orgulhoso de tudo, de todo o grupo. Foi bom porque conseguiram controlar a partida depois do gol. Sairemos daqui orgulhosos quando formos para casa", disse ainda no gramado, enquanto seus comandados festejavam com a torcida.
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