Atletismo
Vôlei de praia
Definidas as últimas duplas que vão disputar a chave principal do Rio Open
O torneio qualificatório definiu, nesta quarta-feira (02.09), as últimas oito duplas masculinas e as oito femininas que vão disputar a chave principal do Rio Open, etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2015 que serve como evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Eles se juntam às 16 já classificadas em cada gênero para a competição na praia de Copacabana.
Vinte e seis times femininos disputaram o quali, sendo 16 duplas brasileiras. Seis delas se classificaram: Duda/Elize, Josi/Val, Pauline/Paula Hoffmann, Ângela/Rachel, Ana Patrícia/Renata e Maria Clara/Carol.
Entre esses nomes, duas adolescentes de 17 anos demonstram empolgação pela oportunidade de disputar uma etapa do Circuito Mundial em casa, contra duplas de renome internacional. Trata-se de Duda e Ana Patrícia, campeãs dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014, na China.
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Ana Patrícia tem 1m94 e uma vontade imensa de ser “a melhor do mundo”, como enfatiza quando perguntada sobre seu sonho. A experiência que ainda lhe falta está bem ao lado, na nova parceira de trabalho: Renata, quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
“A gente ficou muito feliz quando soube que ia ter essa oportunidade (participar do Rio Open). Nossa parceria é nova, esta a nossa segunda etapa juntas e a Renata me passa muita coisa, com toda a vivência que tem”, disse Ana Patrícia.
Renata, que havia ficado dois anos e meio longe das competições, também está animada com o novo time. “Estou feliz de ajudar ela, e ela também ajuda muito, é uma jogadora forte, alta, com grande potencial, e é uma troca grande. Aqui (no Rio Open), não temos obrigação de nada, queremos aproveitar o torneio para acertar a dupla. Não treinamos juntas, ela mora em Fortaleza e eu moro no Rio, então cada jogo é importante para melhorar a parceria”, explicou.
Ex-jogadora de handebol, Ana Patrícia está no vôlei há menos de dois anos, quando foi “descoberta” nos Jogos Escolares. No Rio Open, quer sugar experiências. “Vou jogar com as melhores do mundo no torneio principal e isso só vai me engrandecer mais e mais”, disse.
Sentimento parecido tem Duda, a antiga parceira, agora jogando com Elize. “É um torneio difícil com essas duplas muito boas e para mim está sendo uma ótima experiência. É o terceiro quali que passo e nossa dupla está indo bem, está fluindo o jogo”, disse.
A parceria também é recente, mas Duda e Elize já conquistaram um bronze no Open de Praga, em maio. “A gente se juntou um dia antes de ir para uma etapa de Mundial, sem nunca ter jogado antes e conseguimos trazer uma medalha. Já deu para perceber que tem química, mesmo que ainda não treinemos juntas. A Duda é tranquila, a mãe dela colocou ela numa quadra muito cedo, há dez anos, então ela já tem essa naturalidade no jogo, o que acaba me ajudando”, disse Elize.
Para a dupla, o Rio Open também será importante para observações. “A gente tem o objetivo olímpico para 2020, mas é bom você já sentir e ver como é a preparação desses times que vão estar nas Olimpíadas no nosso país. É um evento em casa, tem a torcida da família, a energia é outra. E Copacabana é um cenário incrível”, acrescentou Elize.
O Brasil já tinha quatro duplas femininas na chave principal: Ágatha/Bárbara Seixas, Larissa/Talita, Juliana/Maria Elisa e Fernanda Berti/Taiana (a convite). Com a definição de mais seis do qualificatório, serão dez duplas entre os 24 times.
Duplas masculinas
Entre os homens, vinte e três times disputaram o qualificatório. Das dezessete duplas da casa, cinco se classificaram para a fase de grupos: Ramon Gomes/Lipe, Márcio Araújo/Luciano, Saymon/Guto, Bruno de Paula/Hevaldo e Marcus/Daniel Souza. Eles se somam aos já garantidos na chave principal: Alison/Bruno Schmidt, Evandro/Pedro Solberg, Ricardo/Emanuel e Pedro Cunha/ Allison Francioni (a convite), em um total de nove entre os 24 times masculinos.
Formato
O Rio Open segue o formato olímpico. Serão seis grupos de quatro times, que vão ser definidos no congresso técnico da Federação Internacional de Vôlei ainda na noite desta quarta-feira (2.09). Avançam à segunda fase os dois primeiros de cada grupo e os dois melhores terceiros (definidos por índice técnico). Os outros quatro terceiros de cada chave disputam uma partida eliminatória direta na repescagem (também chamada de ‘lucky-loser)’ e os vencedores se juntam aos outros times nas oitavas de final.
Na quinta-feira (3.09), serão realizados os primeiros jogos da fase de grupos, a partir das 13h. Na sexta (4.09), ocorrem os jogos finais da primeira fase e a repescagem. Os 16 times que avançarem jogam as oitavas de final no sábado (5.09), mesmo dia das quartas e das semifinais. As disputas de medalhas estão agendadas para o domingo (6.09).
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br