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Tenis de mesa paralímpico

11/12/2018 11h54

Tênis de mesa

Medalhões confirmam vagas e tênis de mesa tem 30 assegurados no Parapan

Integrantes atuais e antigos da seleção conquistam posto no time que vai representar o Brasil no megaevento continental no Peru. Em 2019 sairão mais quatro nomes por índice técnico
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Iranildo Espíndola venceu as últimas quatro edições do Parapan. Tentará o penta em Lima. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Daniele Rauen, bronze na Rio 2016, também está no grupo dos classificados. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Joyce Quinzote será a titular da Classe 4 em Lima. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Guilherme Costa, medalhista na Rio 2016, garantiu vaga na Classe 2. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Marliane Amaral foi uma das boas surpresas da seletiva, com a vaga na Classe 3. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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O experiente Welder Knaf garantiu vaga na Classe 3 masculina. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Carla Maia conquistou a vaga na Classe 2. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Ouro no Pan de Toronto, em 2015, Carlos Carbinatti conquistou a vaga para defender o título na Classe 10. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Diego Moreira conquistou a segunda vaga da Classe 10. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Paulo Salmin e Israel Stroh, titulares da Classe 7. Rivalidade alta no individual, amplo potencial de conquistas na equipe. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Luiz Manara voltou à seleção para defender o ouro conquistado em Toronto, 2015, na Classe 8. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Claudiomiro Segatto, dono da vaga na Classe 5. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Jennyfer Parinos: medalhista na Rio 2016, confirmou vaga nas classes 8 a 10. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
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Se a seletiva do Parapan de tênis de mesa abriu espaço para algumas surpresas na lista dos 34 atletas que vão representar o Brasil na competição continental, como Carla Maia e Marliane Amaral, o evento no CT Paralímpico, em São Paulo, também referendou a hegemonia de atletas consolidados. Sejam eles da seleção permanente atual ou de atletas que já estiveram no grupo e retomam o posto.

"Desses 50 anos, metade é dedicada ao tênis de mesa. Vou lutar lá para conseguir essa quinta vaga paralímpica. Tenho uma característica boa: cresço nos momentos mais importantes. Foi assim na seletiva"
Iranildo Espíndola

Na Classe 2 masculina, para cadeirantes com tetraplegia, Iranildo Espíndola e Guilherme Costa, medalhistas nos Jogos Rio 2016, endossaram a boa fase. Iranildo, que completa 50 anos em janeiro de 2019, vai tentar o quinto ouro consecutivo no megaevento continental e a quinta participação em Jogos Paralímpicos. O campeão do torneio individual no Peru assegura vaga em Tóquio, 2020.

"Desses 50 anos, metade é dedicada ao tênis de mesa. Vou lutar lá para conseguir essa quinta vaga paralímpica. O primeiro passo foi dado. Tenho uma característica boa: cresço nos momentos mais importantes. Foi assim na seletiva", afirmou o atleta. 

"Estamos aqui direto num CT fantástico, com toda a estrutura, e é nítido o nosso crescimento, de todos os que estão aqui. Temos de aproveitar isso, né? O resultado se reflete aí. Na hora da competição a gente tem tranquilidade, experiência, bota em prática", avaliou Iranildo, que pretende estudar adversários chilenos e mexicanos que estão em alta no circuito internacional para tentar garantir mais um ouro no evento que será disputado entre 23 de agosto e 1 de setembro.

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Paulo Salmin e Israel Stroh, titulares da Classe 7. Rivalidade alta no individual, amplo potencial de conquistas na equipe. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

Rivalidade e parceria

Na Classe 7 masculina, para andantes, a rivalidade interna do CT Paralímpico entre Paulo Salmin e Israel Stroh se refletiu mais uma vez. Os dois têm longa data de confrontos equilibrados. Fizeram a final do Parapan de Toronto, em 2015. No Canadá, melhor para Salmin, ouro com 3 x 2 na decisão.

Nos Jogos Rio 2016, Israel conquistou a prata individual, resultado inédito para o Brasil. No Mundial de 2018, na Eslovênia, Salmin foi o melhor brasileiro na categoria. Chegou às quartas de final. Na seletiva no CT, jogaram duas vezes. Na fase de grupos, deu Israel. Na final, Salmin levou a melhor, novamente por 3 x 2. No dia seguinte, já sem Salmin na disputa pela segunda vaga, Israel foi o melhor.

"Ter o Paulinho (Salmin) por perto é um perigo no individual, mas um privilégio por equipes"
Israel Stroh

"Para você ver o nível dessa seletiva. É um jogo que já decidiu Parapan. A gente, além do nível alto para a classe, treina praticamente todos os dias juntos. Por isso, conhecemos o jogo um do outro. Sabemos o que outro vai fazer, a variação", explicou Salmin, que aposta na qualidade da dupla para projetar uma alta competitividade do país na disputa por equipes.

"Além de adversários, somos uma dupla forte. Temos objetivos na equipe. Em Tóquio vão juntar as classes 6 e 7, e nós dois somos da 7. Isso vale muito. Tem equipe que é um atleta 6 e um 7, tem equipe que é com dois 6. Isso mexe muito com a capacidade de movimentação. Temos chance real de medalha", avaliou, numa referência ao fato de que os atletas classe 7 terem mais amplitude de movimentos do que os da classe 6.

"De fato a gente subiu alguns patamares nos últimos anos. Sou pragmático em fazer planos. Temos chances de pódio em Tóquio. Nossa dupla tem tido bons resultados. Ter o Paulinho por perto é um perigo no individual, mas um privilégio por equipes", emendou Israel. "Ele é defensivo e sou ofensivo. Eu sou canhoto e ele destro. O bom da parceria é que não somos favoritos. Não temos esse peso. No Rio, isso foi ótimo para mim. Temos muito a acreditar e pouco a defender".

Medalhistas paralímpicas na Rio 2016 e integrantes da seleção permanente, Jennyfer Parinos e Danielle Rauen ocuparam os dois postos destinados às classes de 8 a 10 feminina. "Tínhamos um favoritismo, mas que vem do trabalho que a gente tem feito. Nosso objetivo principal é o Parapan. A ideia é tentar ganhar o ouro para classificar uma em Lima e outra por ranking para Tóquio", disse Rauen.

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Luiz Manara voltou à seleção para defender o ouro conquistado em Toronto, 2015, na Classe 8. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

Retomada de posto

"Sabia de meu potencial. Nos últimos cinco meses me preparei exclusivamente para esta competição. Saí sem perder sets. Agora tenho um ano para trabalhar e chegar lá da melhor forma possível"
Luiz Manara

No grupo dos que retornam a um território que já conheciam com intimidade estão Luiz Filipe Manara, na classe 8 masculina, e Carlos Carbinatti, na classe 10. Os dois foram medalhistas de ouro no Parapan de Toronto, em 2015, mas andavam afastados do grupo desde o fim dos Jogos Rio 2016, com a redução do número integrantes da seleção permanente.

Carbinatti superou no primeiro dia da seletiva o atual titular da equipe, Diego Moreira. Diego também assegurou vaga no segundo dia de disputas. Manara foi absoluto contra Alexon Piccolin, João Martins, Lucas Grilo, Gustavo Laskosky e Nilson Oliveira. Venceu todos os confrontos sem perder um set sequer. 

"Deixei de fazer parte da seleção por decisão técnica. Não me compete avaliar, mas decidi voltar definitivamente porque achei que tinha muito a render, até pela minha história de ter ganhado dois ouros em Toronto (individual e equipe) e de ter me classificado para a Rio 2016. Sabia de meu potencial. Nos últimos cinco meses me preparei exclusivamente para esta competição. Saí sem perder sets. Sei da qualidade de meus adversários. O placar elástico às vezes não mostra a dificuldade, cada ponto é muito disputado. Agora tenho um ano inteiro para trabalhar, chegar lá da melhor forma possível e tentar sair com o ouro de novo", afirmou Manara.

Mais de 90% de bolsistas

Entre as categorias nacional, internacional, paralímpica e pódio, 28 dos 30 atletas classificados (93%) para os Jogos Parapan-Americanos de Lima no tênis de mesa são contemplados pelo benefício da Bolsa Atleta, programa do Ministério do Esporte. O investimento mensal do Governo Federal é de R$ 107.575. Anualmente, são R$ 1,29 milhão. Dos dois que não constam da lista atual, Claudiomiro Segatto está em processo de renovação do benefício.

OS 30 CLASSIFICADOS

Seletiva no CT Paralímpico, em São Paulo
Feminino
Classe 2 – Carla Limp
Classe 3 – Marliane Santos
Classe 4 – Joyce Quinzote
Classe 5 – Maria Luiza Passos
Classe 6-7 – Aline Ferreira
Classe 8-10 – Danielle Rauen e Jennyfer Parinos
Classe 11 – Ana Paula Cordeiro

Masculino
Classe 1 - Aloísio Lima
Classe 2 – Iranildo Espíndola e Guilherme Costa
Classe 3 – Welder Knaf
Classe 4 – Alexandre Ank
Classe 5 – Claudiomiro Segatto
Classe 6 – Goutier Rodrigues
Classe 7 – Paulo Salmin e Israel Stroh
Classe 8 – Luiz Filipe Manara
Classe 9 – Guilherme Ifanger e Ramon Colombo
Classe 10 – Carlos Carbinatti e Diego Moreira
Classe 11 – Lucas Hansen

Vice-campeã mundial
Cátia Oliveira (classe 2)

Quatro maiores pontuadores do ranking nacional adulto em 2018
Francisco Wellington (classe 8)
Claudio Massad (classe 10)
Conrado Contessi (classe 1)
Ecildo Lopes (classe 4)

Dois melhores no ranking Sub-18 na temporada
Millena França (classe 7)
Lucas Carvalho (classe 9)

Gustavo Cunha, de São Paulo - rededoesporte.gov.br