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Boxe

06/12/2015 14h46

Aquece Rio

Evento-teste do boxe termina com boa avaliação da estrutura e três ouros para o Brasil

Torneio reuniu 69 atletas, de 18 países. Robson Conceição, Joedison Teixeira e Gidelson de Oliveira garantiram as vitórias brasileiras
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Fotos: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br
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Evento-teste do boxe. Foto: Getty Images
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Evento-teste do boxe. Foto: Getty Images
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Evento-teste do boxe. Foto: Getty Images
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Evento-teste do boxe. Foto: Getty Images
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Evento-teste do boxe. Foto: Getty Images
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O baiano Joedison Teixeira: lesão na cabeça não o impediu de conquistar o ouro. Fotos: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br
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Robson Conceição com a medalha dourada: confiança em alta para 2016. Foto: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br
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Gidelson de Oliveira celebra o triunfo sobre o equatoriano Julio Cesar Torres. Foto: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br
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Rio de Janeiro – Terminou neste domingo (6.12), no Pavilhão 4 do Riocentro, o Torneio Internacional de Boxe, penúltimo evento-teste de 2015 para os Jogos Olímpicos Rio 2016, que reuniu 69 atletas, de 18 países na capital fluminense. Nos três dias da competição, iniciada na sexta-feira (4.12), foram realizados 52 combates, no masculino e feminino.

A programação do último dia contou com 12 lutas e seis delas tiveram brasileiros no ringue. O primeiro a entrar em ação foi o baiano Robson Conceição, único atleta do país já garantido nos Jogos Olímpicos do ano que vem, que enfrentou Hurshid Tojibaev, do Uzbequistão, pela categoria 60kg. Robson saiu vitorioso e comemorou bastante. 

“Já serve como base de treinamento e uma forma de avaliar os adversários e como as coisas vão estar por aqui em 2016. Deu para sentir o apoio da torcida, o que foi importante para fazer boas lutas e chegar ao resultado esperado”, declarou o baiano. “Para um evento-teste, a organização está de parabéns. As lutas começaram pontualmente, com a pesagem foi tudo certo e a alimentação estava ótima. Gostei muito”, opinou Robson.

Robson Conceição com a medalha dourada: confiança em alta para 2016. Foto: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br

Apesar dos elogios à organização, uma mudança de horário no início dos combates deste domingo causou problemas entre os profissionais de imprensa. Na sexta-feira (4.12), durante o primeiro dia do evento-teste (a imprensa não teve acesso às lutas do sábado), os jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas foram informados de que as finais no domingo seriam às 11h. Entretanto, a programação teve início às 10h30 e, como a alteração não foi comunicada à imprensa, muitos profissionais (principalmente de imagem) perderam a luta de Robson Conceição, que abriu os combates do dia.

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Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Comitê Rio 2016, explicou os motivos da mudança de horário. “Foi um ajuste da Federação Internacional de Boxe (AIBA) pedido ontem à noite (sábado). Como teríamos muitas lutas e cerimônias de premiação, eles pediram para antecipar e nós acatamos. E acabou que vocês (jornalistas) não foram informados. Isso é algo que temos que ver como melhorar”.

O evento-teste do boxe reuniu uma equipe de cerca de 150 pessoas (entre técnicos e voluntários), que se dividiram em funções de diversos setores, como comunicação, operação esportiva, infraestrutura, tecnologia, limpeza e área médica, entre outros.

Gustavo Nascimento avaliou como positiva a organização e afirmou que o fato de o boxe nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ser disputado no Pavilhão 6 (que está em construção e tem previsão de entrega em abril) e não no Pavilhão 4, onde foi realizado o evento-teste, não altera a validade da competição deste fim de semana, uma vez que os aspectos que deveriam ser avaliados foram testados com sucesso.

O baiano Joedison Teixeira: lesão na cabeça não o impediu de conquistar o ouro. Fotos: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br

Presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro Silva declarou que todos em sua entidade ficaram satisfeitos com a organização da competição. “A estrutura atendeu super bem. Eu estive no evento-teste de Londres e garanto que aqui não ficamos a desejar em nada. A área de competição, a área de aquecimento, o deslocamento para cá, toda a logística que foi montada nos atendeu muito bem. Estamos bem perto no hotel, todo mundo vem a pé para cá, não temos necessidade de deslocamento de outra forma e então o evento foi muito bom”, avaliou. “Sabemos que as Olimpíadas não serão aqui em 2016. Ainda não tem a estrutura pronta para que eu possa dizer alguma coisa. Mas entendo que se transportar tudo isso para lá acredito que vai ficar super legal”, concluiu.

Sobre o nível técnico do evento-teste, o presidente da CBBoxe o classificou como elevado e disse que foi importante para os atletas brasileiros terem participado para avaliar suas condições diante de rivais que eles poderão encontrar no ano que vem nas Olimpíadas.

“Alguns perceberam que ainda falta um pouquinho mais, falando em efeito de treinamento, e viram que precisam se preparar um pouquinho mais para buscar as vagas olímpicas. Em outros casos a gente viu que eles já entenderam perfeitamente onde estão e como vão tirar vantagem disso. Quando se está em casa, a realidade é outra. Tem o público, tem a força da torcida e isso ajuda demais psicologicamente o atleta”, analisou. “O desempenho de nossos atletas ficou dentro do esperado. Aqui nós tivemos atleta que é campeão do mundo, atletas que já estão classificados para 2016 e outros que vão se classificar e lutar por medalhas em 2016. Esse evento-teste não foi fácil. O nível técnico foi alto”, ressaltou.

Para a diretora de esportes da AIBA, Kristin Brynildsen, o evento-teste atendeu às expectativas da Federação Internacional. Ela declarou que a entidade está animada para as disputas do boxe em 2016 e que confia que todo o trabalho realizado para atender às delegações da modalidade será bem feito.

“Ficamos felizes por estar aqui no Rio e fazer parte deste evento-teste. Tivemos uma cooperação muito boa com a organização. Essa não será a instalação dos Jogos Olímpicos, mas eles fizeram todo o possível para assegurar que pudéssemos testar a instalação. O piso será o mesmo, a estrutura médica, enfim, tudo o que tivemos aqui será usado durante os Jogos e tudo funcionou bem aqui. Então estamos felizes com os resultados e com o trabalho do Comitê Organizador. Estamos ansiosos pelos Jogos Olímpicos e acreditamos que serão as melhores Olimpíadas que já tivemos para o boxe”.

Resultados

Além de Robson Conceição, Flávia Figueiredo (69-75kg), Patrick Lourenço (46-49kg), Julião Neto (52kg), Joedison Teixeira (64kg) e Gidelson de Oliveira (91kg) subiram ao ringue para defender o Brasil neste domingo.

Flávia acabou superada pela marroquina Khadija Mardi; Patrick não conseguiu vencer Hasanboy Dusmatov, do Uzbequistão; e Julião Neto, que sofreu um corte no supercílio direito logo no primeiro round diante do japonês Ryomei Tanaka, abandonou a luta logo ao fim do primeiro assalto e acabou derrotado por nocaute técnico. Todos os três terminaram com medalhas de prata.

Na sequência, Joedison Teixeira assegurou, diante do britânico James Maxwell, a segunda vitória do Brasil no domingo, ao vencer o rival por pontos. Aos 21 anos, o baiano, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, vibrou com o resultado e disse que ganhou ainda mais gás para lutar pela vaga olímpica.

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Gidelson de Oliveira celebra o triunfo sobre o equatoriano Julio Cesar Torres. Foto: MiriamJeske/HeusiAction/brasil2016.gov.br

“Eu nunca disputei as Olimpíadas e este foi um ano em que tive várias emoções pela primeira vez em muitos eventos ótimos”, lembrou Joedison. “Pela primeira vez disputei um Pré-Pan-Americano e consegui ser campeão. Nos Jogos Pan-Americanos consegui um feito imenso de ser bronze em Toronto. Ter sido campeão nesse evento-teste, um torneio prévio das Olimpíadas, só me deixa mais focado. Vou em busca da vaga e estou querendo uma medalha”, adiantou o atleta, que sofreu um corte na cabeça durante a luta deste domingo.

Joedison comparou o evento-teste a outros torneios que disputou e disse que o nível foi o mesmo dos grandes torneios internacionais. “Eu já viajei bastante e estive em várias competições internacionais. São cinco anos de Seleção Brasileira e posso dizer que achei o evento-teste de alto nível. Já fui a vários Mundiais e está no mesmo nível. A organização está de parabéns”, elogiou.

A opinião é a mesma da britânica Anna Chantelle Cameron, que ficou com o ouro na categoria 57-60kg. “Estar no Brasil e no Rio foi uma grande oportunidade. Ter ganhado o ouro aqui foi ótimo. Sobre a organização, só posso dizer que foi boa. Todos os voluntários fizeram um belo trabalho, foram solícitos, e a organização também fez um ótimo trabalho. Foi um dos melhores eventos que já disputei”, afirmou Anna.

O dia terminou com mais uma medalha dourada para o Brasil, o que gerou muita festa nas arquibancadas (o evento-teste não foi aberto ao público e apenas convidados assistiram aos combates). Gidelson de Oliveira superou por pontos o equatoriano Julio Cesar Torres e levou a torcida ao delírio com o resultado.

O Torneio Internacional de Boxe foi o 18º evento-teste realizado para os Jogos Rio 2016. Antes, foram disputadas competições do vôlei, triatlo, remo, hipismo, vela, ciclismo de estrada, maratona aquática, vôlei de praia, canoagem de velocidade, tiro com arco, ciclismo BMX, ciclismo mountain bike, bocha, tênis de mesa, hóquei sobre grama, badminton e canoagem slalom. O tênis será o último evento-teste do ano e fechará o calendário de 2015 do Aquece Rio, entre os dias 10 e 12 de dezembro.

Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br