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Judô

02/09/2017 16h34

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David Moura e Rafael Silva vão ao pódio e fazem a dobradinha inédita do Brasil no Mundial de Budapeste de Judô

Com a prata de Moura e o bronze de Baby, o país, pela primeira vez na história, teve dois atletas da mesma categoria no pódio do Mundial. Brasi terminou a competição no quarto lugar geral, com um ouro, uma prata e dois bronzes

Depois de um dia espetacular para o Brasil com o bicampeonato mundial de Mayra Aguiar, os pesos pesados brasileiros também brilharam e garantiram mais duas medalhas para o país no Campeonato Mundial de Judô, disputado em Budapeste.

Neste sábado (02.09), David Moura conquistou a prata e Rafael Silva, o Baby, foi bronze no +100kg. Foi a primeira vez na história que o judô brasileiro colocou dois atletas da mesma categoria no pódio do Mundial. Com ouro de Mayra e o bronze de Érika Miranda, o país encerrou as disputas individuais em quarto lugar geral, atrás apenas de Japão (1º), da França (2º) e da Mondólia (3º).

David Moura e Rafael Silva, o Baby: Brasil duas vezes no pódio da categoria +100kg em Budapeste. Foto: CBJ

Líder do ranking mundial e, portanto, cabeça-de-chave número um, David estreou já na segunda rodada de sua chave com um juji-gatame (chave de braço) certeiro para finalizar o sérvio Zarko Culum por ippon. Na sequência, o brasileiro derrotou o bielorrusso Aliaksandr Vakhaviak por um waza-ari e chegou às quartas.

Com um uchi-mata fulminante, David pontuou com um waza-ari e superou o mongol Tuvshinbayar Naidan, vice-campeão olímpico em Londres 2012 e campeão em Pequim 2008 no meio-pesado (100kg), para chegar à sua segunda semifinal de Mundial. Então, com um uchi-mata potente, o brasileiro projetou o anfitrião Barna Bor, da Hungria, por ippon e silenciou a torcida da casa para se garantir em sua primeira final, onde encontrou a lenda francesa Teddy Riner.

Em luta tática, o placar seguiu inalterado até o segundo minuto do golden score, quando Riner conseguiu projetar David por ippon e conquistar o seu nono título mundial. O vice-campeonato Mundial foi o primeiro pódio do brasileiro em competições deste tipo. 

David Moura enfrenta o francês Teddy Riner na final do Mundial na Hungria. Foto: IJF

Baby

Teddy Riner já havia enfrentado outro brasileiro antes de duelar com David Moura na final. Ele enfrentou Rafael Silva nas nas quartas de final, onde superou o adversário por ippon. Até chegar às quartas de final, Baby venceu Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, por ippon; Daniel Natea, da Romênia, por um waza-ari; e, nas oitavas, passou por Faicel Jaballah, da Tunísia, por ippon. Na repescagem, Rafael foi mais agressivo e forçou três punições ao austríaco Daniel Allerstoffer para a avançar a disputa pelo bronze contra Barna Bor.

Na luta que valia medalha, o gigante brasileiro forçou uma punição a Bor, a segunda do húngaro, no golden score e calou o ginásio em Budapeste, que torcia em peso pelo anfitrião na última oportunidade de os húngaros conquistarem uma medalha no Mundial em casa.

Essa foi a terceira vez que Rafael Silva subiu ao pódio do Campeoanto Mundial. Ele agora tem uma prata (Rio 2013) e dois bronzes (Chelyabinsk 2014 e Budapeste 2017).

Baby duela contra o húngaro Barna Bor na disputa do bronze: ginásio calado em Budapeste. Foto: IJF
 

Luciano e Suelen param nas preliminares

No pesado feminino, o Brasil teve Maria Suelen Altheman, duas vezes vice-campeã mundial (2013 e 2014), que não conseguiu repetir o desempenho na competição. A brasileira estreou com vitória por ippon sobre Sonia Asselah, da Argélia, mas não conseguiu passar pela chinesa Song Yu, atual campeã mundial, nas oitavas.

O meio-pesado Luciano Corrêa (100kg) também lutou neste sábado, dez anos após conquistar seu título mundial no Rio. Depois de empatar sem pontuações ou punições no tempo normal da luta contra o britânico Benjamin Fletcher, Luciano acabou sofrendo um waza-ari no golden score e despediu-se mais cedo do Mundial.

Equipes Mistas

Neste domingo (03.09), 21 países voltarm ao tatame da Laszlo Papp Arena, em Budapeste, para a inédita disputa do Mundial Por Equipes Mistas, que estará pela primeira vez no programa olímpico em Tóquio 2020.

Neste sábado, foram sorteados os primeiros confrontos e o Brasil, como cabeça-de-chave pelo somatório de pontos de seus atletas no ranking mundial, estreia nas oitavas de final e enfrentará o vencedor do duelo entre Polônia e China.

Onze atletas estão inscritos na competição: Érika Miranda (57kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Marcelo Contini (73kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Victor Penalber (90kg), Eduardo Bettoni (90kg), Rafael Silva (+90kg) e David Moura (+90kg).

Entram no tatame apenas seis atletas por países em cada duelo. Vence a equipe tiver o maior número de vitórias nos seis combates. Vitórias por ippon são o primeiro critério de desempate. A competição começa às 4h, no horário de Brasília, e será transmitida ao vivo pelo portal www.ippon.tv

Fonte: Confederação Brasileira de Judô