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Geral

22/03/2020 16h45

Tóquio 2020

COI prevê mais quatro semanas para decidir sobre adiamento dos Jogos Olímpicos

Segundo entidade, tempo será necessário para avaliar desafios logísticos e salvaguardar a saúde e segurança de atletas e da comunidade olímpica diante da pandemia da Covid-19

O Comitê Olímpico Internacional divulgou uma nota em seu site neste domingo, 22.03, após mais uma reunião de seu conselho executivo em torno da contenção do Covid-19 e da preservação da saúde de atletas e da comunidade olímpica. No comunicado, o COI indica que vai debater uma série de cenários com seus parceiros no Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, no governo japonês, com patrocinadores e responsáveis por planos operacionais relativos aos megaeventos.

Segundo a entidade, a estimativa é que uma conclusão sobre todas as possibilidades, inclusive a de adiamento do início dos Jogos em função da crise sanitária mundial causada pela pandemia do coronavírus, seja obtida em quatro semanas. Nos últimos dias, várias entidades e atletas manifestaram publicamente o pedido de adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No Brasil, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), além de atletas e confederações, manifestaram essa opinião.

O presidente do COI, Thomas Bach. Foto: IOC

"O COI, em completa coordenação e parceria com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o governo metropolitano de Tóquio, iniciará discussões detalhadas para avaliar o rápido desenvolvimento da situação mundial de saúde e seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo um cenário de adiamento. O COI está confiante de que finalizará essas discussões nas próximas quatro semanas e aprecia muito a solidariedade e parceria de todos no apoio aos atletas e na adaptação do planejamento dos Jogos", indicou o texto.

"O COI, em completa coordenação e parceria com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o governo metropolitano de Tóquio, iniciará discussões detalhadas para avaliar o rápido desenvolvimento da situação mundial de saúde e seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo um cenário de adiamento. O COI está confiante de que finalizará essas discussões nas próximas quatro semanas e aprecia muito a solidariedade e parceria de todos no apoio aos atletas e na adaptação do planejamento dos Jogos"

Segundo o COI, o período é necessário porque há uma multiplicidade de variáveis envolvidas em termos de organização e, principalmente, na evolução da pandemia ao redor do mundo e no Japão. O COI cita como exemplos dos desafios a serem equacionados as milhares de noites reservadas em hotéis japoneses, o calendário esportivo internacional para 33 esportes olímpicos e a ocupação de instalações esportivas no Japão, que poderiam não estar disponíveis para uso fora da data originalmente prevista. O cancelamento dos Jogos, indica o texto, não está em discussão.

"Por um lado, há melhorias significativas no Japão, onde as pessoas recebem calorosamente a chama olímpica para o revezamento da tocha. Isso fortalece a confiança do COI nos anfitriões japoneses de que o COI poderia, com certas restrições de segurança, organizar os Jogos Olímpicos no país, respeitando seu princípio de salvaguardar a saúde de todos os envolvidos. Por outro lado, há um aumento dramático de casos e novos surtos de COVID-19 em diferentes países e diferentes continentes. Isso levou o comitê executivo à conclusão de que o COI precisa dar o próximo passo em seu planejamento de cenários".

Depois da reunião, o presidente do COI, Thomas Bach, escreveu uma carta para os atletas e comitês olímpicos internacionais. No texto, reforçou que a preservação da saúde de todos e a contribuição do COI para conter o vírus estão entre os princípios fundamentais da entidade.

"As vidas humanas têm precedência sobre tudo, incluindo sobre a realização dos Jogos. O COI quer ser parte da solução. Nosso princípio fundamental é proteger a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus. Desejo, e todos estamos trabalhando para isso, que a esperança de tantos atletas e entidades dos cinco continentes seja cumprida, e que a chama olímpica seja uma luz no fim desse túnel escuro pelo qual todos estamos passando juntos”.

Fonte: Comitê Olímpico Internacional