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Futebol

03/07/2019 00h01

Copa América

Preciso, Brasil segura a Argentina, vence por 2 x 0 e está na final da Copa América

Os atacantes Gabriel Jesus e Roberto Firmino marcaram para a Seleção, que sofreu pressão da Argentina no Mineirão. Equipe soma dez gols marcados e nenhum sofrido no torneio
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Equipe brasileira celebra a classificação para a final. Brasil tentará o nono título da Copa América. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Jogadores brasileiros celebram gol contra a Argentina no Mineirão. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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O lateral-direito Daniel Alves foi um dos melhores em campo pelo Brasil. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Firmino: assistência para Jesus e gol no segundo tempo. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Coutinho foi bem marcado, mas conseguiu criar algumas boas jogadas. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Argentina cobrou algumas faltas perigosas na entrada da área brasileira. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Gabriel Jesus foi insistente contra os zagueiros argentinos. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Lionel Messi fez boa partida, mas a Argentina segue sem títulos de expressão desde 1993. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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Gabriel Jesus desencantou na Copa América. Marcou o primeiro gol e fez a assistência do segundo. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
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O Nenê da Kombi já ajusta o GPS de sua companheira de quatro rodas para acampar em Copacabana, no Rio de Janeiro. A família Viana, de Linhares, fará a viagem de volta para o município capixaba com um sorriso inédito no rosto. George Pereira, o Jorjão, já está preocupado em lavar seu traje de bispo para a final. Personagens ouvidos pelo rededoesporte.gov.br antes de a bola rolar para Brasil x Argentina, eles e a imensa maioria dos 55.946 torcedores presentes ao Mineirão tiveram uma noite tensa, mas de celebração.

"Foi um jogo de recursos técnicos impressionantes. O Messi é um extraterrestre. Tanto nas ações com bola como sem bola. Nossa opção foi por tentar diminuir as ações dele e por isso mexemos com a estrutura. Trouxemos mais o Firmino para encurtar espaços. Com isso, tivemos menos posse de bola"
Tite, técnico da Seleção Brasileira

Com gols dos atacantes Gabriel Jesus e Firmino nas poucas chances de finalização que criou, a Seleção Brasileira foi cirúrgica. Venceu a Argentina por 2 x 0 e despachou qualquer margem para se falar em fantasmas em semifinais no Mineirão (o estádio foi palco dos 7 x 1 contra Alemanha na Copa de 2014).

O resultado valeu a vaga para tentar o nono título da Copa América, no domingo, 07.07, no Maracanã. O retorno da Seleção ao estádio mais conhecido do futebol brasileiro se dará após seis anos. A última vez foi na final da Copa das Confederações de 2013, quando o Brasil superou a Espanha e venceu a competição. 

Os comandados de Tite agora esperam o adversário, que sairá da partida entre Chile, atual bicampeão, e Peru, a quem o Brasil goleou por 5 x 0 na fase de grupos. As duas equipes se enfrentam na Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira (03.07), a partir das 21h30.  

Adaptação ao ET

Se o placar denota aparente tranquilidade, a partida foi de tensão. Acostumada a ter mais posse de bola e finalizações do que os adversários, a equipe de Tite viveu uma experiência diversa. A posse foi equilibrada, de 51% a 49% para o lado dos hermanos. Os argentinos tiveram 14 finalizações, contra quatro dos brasileiros. A diferença é que três das quatro do Brasil foram em direção ao gol e duas entraram. No lado argentino, foram duas no gol, mas ambas beliscaram a trave. Uma vez com Agüero, no primeiro tempo, e outra com Messi, no segundo.

"Foi um jogo de recursos técnicos impressionantes. O Messi é um extraterrestre. É excepcional. Tanto nas ações com bola como sem bola. Afora as qualidades dos outros atletas, ele merece essa reverência. Nossa opção foi por tentar diminuir as ações dele e por isso mexemos com a estrutura. Trouxemos mais o Firmino para encurtar espaços. Tivemos menos posse de bola do que normalmente. Mas isso trouxe a possibilidade de explorar a velocidade e a necessidade de sermos decisivos", afirmou Tite, técnico da Seleção Brasileira. 

Com essa receita, os comandados do treinador saíram do castigado gramado do Mineirão ainda sem levar gols na competição. O time soma dez gols marcados em cinco partidas (média de dois por jogo) e chega com grande moral para a primeira decisão sob comando do técnico. Atualizada, a estatística do confronto entre Brasil e Argentina tem agora 33 partidas entre as equipes na Copa América. O Brasil chegou a dez vitórias. Os argentinos seguem com vantagem, com 15. Houve, ainda, oito empates.

"Ao final conta o placar, obviamente, mas tivemos aqui uma imagem, um caminho a seguir, um futuro desenhado. Fizemos uma ótima partida. Fomos superiores ao rival, principalmente no segundo tempo. Ninguém esperava o Brasil numa postura de esperar pelo contra-ataque, como impusemos a eles. Se tomarmos consciência do que fizemos, o que virá será positivo", afirmou o técnico Lionel Scaloni, da Argentina, que considerou essa a melhor partida de seu time na competição. Com a eliminação, a equipe de Lionel Messi segue sem um título expressivo internacional desde 1993. 

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Gabriel Jesus foi insistente contra os zagueiros argentinos. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Partida equilibrada

O primeiro tempo foi de posse equilibrada, mas de efetividade brasileira em uma das duas conclusões que teve. O gol veio com Gabriel Jesus, em bela trama pela direita do ataque aos 18 minutos. Daniel Alves recebeu uma bola alta pela direita e deu um lençol em Acuña. Em seguida, limpou Paredes e deu belo passe para Firmino, na ponta direita. O atacante cruzou rasteiro e Gabriel Jesus, artilheiro na Era Tite, agora com 17 gols, conferiu. "Hoje, quando começou o jogo, veio na minha cabeça que eu ia marcar um gol. Eu vim confiante. Desde o início peguei a bola e fui para cima. Como disse antes, eles iam ter de suar muito para entrar na nossa defesa", afirmou Gabriel Jesus. 

"Hoje, quando começou o jogo, veio na minha cabeça que eu ia marcar um gol. Eu vim confiante. Desde o início peguei a bola e fui para cima"
Gabriel Jesus, artilheiro da Era Tite, com 17 gols

Messi, muito marcado no início e sem espaço para produzir, aos poucos foi achando brechas no meio-campo brasileiro. A melhor oportunidade dos hermanos na primeira etapa veio dos pés do 10 argentino, aos 29 minutos. Ele cobrou falta na intermediária na cabeça de Aguero. Livre, o atacante cabeceou, a bola passou por Alisson e bateu no travessão. Na volta, quicou na pequena área até aparecer um pé salvador para cortar.

Pouco depois, aos 35, Messi aproveitou um ataque errado brasileiro, limpou Casemiro, partiu em velocidade e lançou Aguero. Thiago Silva, que vinha na marcação, escorregou e deu chance para o atacante chutar forte. Felizmente para a meta nacional, Marquinhos chegou firme na cobertura e desviou.

Na segunda etapa, Di María, Aguero e Messi criaram várias chances de gol. Na melhor delas, Messi ficou com uma sobra na entrada da área, pela esquerda, e chutou forte. A bola bateu na trave direita de Alisson. Na volta, Messi dominou e cruzou rasteiro. A bola atravessou toda a linha do gol brasileiro, mas não apareceu ninguém para confirmar. Messi ainda bateria uma falta no ângulo direito, que Alisson pegaria bem. Aguero, Lotaro e De Paul também tiveram oportunidades, mas faltou pontaria. 

Quando estava sob pressão, o Brasil encontrou o segundo gol. Num contra-ataque aos 25 minutos, Gabriel Jesus colocou a bola para frente e partiu desde a intermediária. No caminho, trombou com um zagueiro argentino, insistiu na dividida, levou vantagem, invadiu a área, deu um drible para dentro e serviu  Firmino. O atacante só tocou para dentro e selou o resultado final. 

"O Gabriel cativa todos os profissionais que trabalham com ele. Não se entrega nunca. Vai ainda refinar a conclusão porque é jovem. Vai evoluir. Mas é um cara que, se você pedir para fazer 50 finalizações, vai fazer 51. Ele busca sempre algo mais e tem essa persistência como uma marca forte", elogiou Tite. 

A partida no Mineirão foi assistida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, Osmar Terra.

Guia do Torcedor

Para prestar serviços básicos nas cinco cidades-sede aos turistas estrangeiros, o Governo Federal lançou o Guia do Torcedor da Copa América. A publicação digital, editada em inglês, espanhol e português, reúne informações sobre os principais pontos turísticos, estrutura de saúde, dicas de segurança, opções de mobilidade, contatos úteis e a tabela completa da competição.

#CopaDaPaz

Antes da partida, o telão do Mineirão exibiu um vídeo de uma campanha do Ministério da Cidadania que conta com a participação de oito ex-jogadores sul-americanos. Entre eles, campeões de edições anteriores da Copa América e atletas que já se destacaram por suas seleções, como Romário, Juninho Paulista, Ricardo Rocha, Diego Lugano (Uruguai), Sergio Goycochea (Argentina), Claudio Maldonado (Chile), Fabián Vargas (Colômbia) e Iván Hurtado (Equador). Todos participaram da campanha de forma gratuita.

No vídeo, os ex-atletas convidam a torcida a viver a competição em ambiente de união e paz, com o seguinte texto: "O futebol é a grande paixão da América do Sul. E entra em campo mais uma vez, levando emoção para a imensa torcida que ama o esporte. Vamos celebrar, todos juntos, para que a confraternização e o sentimento de unidade do povo sul-americano transformem a Copa América na Copa da paz e da cidadania." 

CAMPANHAS
ARGENTINA
Fase de Grupos
Argentina 0 x 2 Colômbia
Argentina 1 x 1 Paraguai
Argentina 2 x 0 Catar

Quartas de final
Argentina 2 x 0 Venezuela

BRASIL
Fase de Grupos
Brasil 3 x 0 Bolívia
Brasil 0 x 0 Venezuela
Brasil 5 x 0 Peru

Quartas de final
Brasil 0(4) x 0 (3) Paraguai

Semifinal
Brasil 2 x 0 Argentina

Gustavo Cunha, de Belo Horizonte (MG) - rededoesporte.gov.br