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22/05/2016 22h49

Tour da Tocha

Litoral baiano recebe chama olímpica e renova sentimento de esperança

O revezamento da tocha passou por mais cinco cidades da Bahia e encerrou em Valença. Amanhã o dia será de aventuras na Chapada Diamantina

 

As praias do litoral baiano tiveram, neste domingo (22.05), um atrativo turístico a mais para compor o belo cenário: a chama olímpica. Itacaré, uma antiga vila de pescadores, pulou cedo da cama para ver o revezamento. Mesmo sem aula, crianças e adolescentes se encontraram nas escolas e se dividiram pelo percurso de um quilômetro até a praça do Canhão, em frente à praia da Coroinha.

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O carteiro Jailton (D) foi o primeiro a conduzir a chama em Itacaré: um dia entregando emoções. Foto: Lilian Amaral/Brasil2016.gov.br

O carteiro Jailton Batista foi o primeiro a conduzir a chama e teve o desafio de levar uma mensagem diferente das que está acostumado a entregar. "Já andei muito pelas ruas do Brasil levando as correspondências para as pessoas. Hoje, espero levar emoções, e que este momento transmita um sentimento de confraternização e paz", disse o funcionário dos Correios que vive na vizinha Ilhéus.

Assim como Batista, o professor Itamar Soares recebeu o desafio de conduzir a tocha e dar uma aula diferente a seus alunos. Nascido na zona rural de Jequié-BA e vindo de família pobre da lavoura cacauicultora, o acadêmico considera que a própria vida serve de inspiração. "Procuro mostrar possibilidades de superação por meio do conhecimento, da força e da determinação, que é a chave para o sucesso", afirma. Soares relembra que passou por dificuldades para conquistar os sonhos, mas revela que ganhou a recompensa ao participar do revezamento. "A chama traz a mensagem dos princípios olímpicos de amizade, excelência e respeito. É essa a lição de hoje" diz.

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Com apenas cinco condutores no percurso, a chama emocionou e inspirou quem estava perto, como a estudante de fisioterapia Liliane Ramos. "Infelizmente o esporte não tem o valor que merece na nossa cidade e a passagem da tocha pode mudar isso", conta. A jovem sonha trabalhar com pessoas com deficiência e, quem sabe, chegar aos Jogos Paralímpicos. "As Paralimpíadas deveriam ser mais populares. Quero abrir minha clínica aqui e trabalhar nos Jogos um dia", revela.

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Gilcélia acendeu a pira em Valença: recompensa por não deixar o sonho esportivo morrer. Foto: Lorena Castro/Brasil2016.gov.br

Coragem para sonhar

A tocha também passou pelas cidades de Camamu, Ituberá e Morro de São Paulo, em Cairu, antes de ancorar em Valença, onde a professora de ginástica rítmica Gilcelia Barbosa acendeu a pira olímpica na Praça da Bandeira. "Hoje é um marco na minha história e na vida das minhas atletas que sonham. E o esporte nos encoraja a correr atrás desses sonhos", revela.

Apaixonada por esportes, Gilcelia teve que abandonar o sonho do profissionalismo quando mudou para Valença. Dar aulas foi a solução para manter a chama acesa. "Eu precisava preservar a ginástica rítmica na minha vida e o trabalho voluntário foi o primeiro passo. No início eram oito crianças. Atualmente são mais de 217 em quatro núcleos". O trabalho de mais de 25 anos recebeu, além de apoio com o material e infraestrutura, um reconhecimento maior: o dia 6 de setembro, Dia Municipal da Ginástica Rítmica.

Roteiro

Nesta segunda-feira (23.05), o revezamento da tocha fará uma rota cheia de aventuras, com passagem por piscinas naturais, cavernas, cachoeiras, escaladas, trilhas e rapel na Chapada Diamantina, ainda na Bahia.

Acompanhe o roteiro no mapa interativo:

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» Assista aos vídeos sobre a tocha no canal Brasil 2016 no Youtube


Rafael Brais, Lilian Amaral e Lorena Castro, brasil2016.gov.br