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Volei de praia

24/07/2021 04h08

Tóquio 2020

Vôlei de praia do Brasil estreia com vitórias, calor e emoção em Tóquio

Alison/Álvaro e Ágatha/Duda ganharam seus jogos no Shiokaze Park por 2 sets a 0; Brasil ainda terá duas estreias

Com muito calor, ansiedade e emoção, as duplas brasileiras de vôlei de praia estrearam com vitória nos Jogos Tóquio 2020, na manhã deste sábado (24), no Japão. Alison e Álvaro derrotaram os argentinos Azzad e Capogrosso, por 2 a 0 (21/16 e 21/7). Já Agatha e Duda também passaram pelas argentinas Gallay e Pereyra, por 2 a 0 (21/19 e 21/11).

Foto: Wander Roberto/COB

No primeiro jogo no Shiokaze Park, as duplas sentiram muito calor. Alison recorreu diversas vezes ao colete gelado para se refrescar, equipamento disponibilizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) aos atletas.

“O calor aqui é muito úmido, estamos suando mais do que o normal. Fica mais quente ainda porque fica sem ventar e parece que a falta de público deixa ainda mais quente”, disse Alison, medalhista de prata nos Jogos de Londres 2012 e ouro no Rio 2016.

“Viemos cedo para o Japão, mas mesmo adaptada você sente o calor. Em alguns momentos, tive que parar para respirar e me concentrar para conseguir fechar o ponto. Até o árbitro me lembrou que eu podia beber água nas trocas de lado da quadra”, disse Ágatha, prata no Rio 2016.

Estreantes nos Jogos Olímpicos, Duda e Álvaro sentiram a ansiedade no início da partida, mas, após alguns pontos, conseguiram jogar soltos.

“Estava feliz de estar ali dentro, mas senti a tensão. Meus primeiros Jogos Olímpicos finalmente aconteceram. Quando começamos a jogar mais confiantes, nos comunicar e mostrar a alegria de estar ali, ganhamos”, revelou Duda. “A adrenalina que estou sentindo agora só senti quando meu filho nasceu”, acrescentou Álvaro.

Já os jogadores experientes que já subiram ao pódio olímpico diante da torcida brasileira, a ausência de público por conta da pandemia faz falta. “No Brasil tivemos um grande suporte, com muita gente torcendo. E aqui é esse silêncio. O desafio é colocar a nossa emoção no jogo porque não recebemos a emoção das pessoas. E jogar com emoção é importante para mim. Tenho que achá-la dentro de mim e colocar para fora”, disse Ágatha.

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Foto: Wander Roberto/COB

Alison, quando entrou na arena, fez um gesto para homenagear o público que não estava presente. “Nas duas Olimpíadas que eu joguei a arena estava lotada para me assistir. Quando entrei aqui apontei o dedo para cima e girei, em homenagem a todos os torcedores do mundo, como se a arena estivesse cheia. Me sinto emocionado porque lutamos muito para chegar aqui e espero que seja a maior Olimpíada de todos os tempos, com o mundo unido contra esse coronavírus”, afirmou.

O próximo compromisso de Alison e Álvaro é contra os norte-americanos Lucena e Dallhauser, na terça, 27, às 12h do horário japonês (meia-noite de segunda no Brasil).

Ágatha e Duda jogam no mesmo dia, às 22h (10h de terça no horário brasileiro). Elas encaram as chinesas Wang e X. Y. Xia.

O Brasil ainda terá mais duas estreias no vôlei de praia. No domingo, às 11h (23h de sábado no Brasil), Bruno Schmidt e Evandro fazem seu primeiro jogo na Shiokase Arena contra os primos chilenos Marco e Esteban Grimalt.

Ana Patrícia e Rebecca serão as últimas atletas do vôlei de praia a estrear em Tóquio. Elas encaram as quenianas Makokha e Khadambi na segunda, às 11h do Japão (23h de domingo no Brasil).

O torneio olímpico de Tóquio tem 24 equipes masculinas e 24 femininas divididas em seis grupos com quatro times cada um. Os times jogam entre si nos grupos e os dois mais bem colocados em cada grupo e os dois melhores terceiros avançam às oitavas de final. Os outros quatro terceiros colocados disputarão duas partidas, e os vencedores irão avançar à próxima fase. A partir daí, a competição segue em formato de mata-mata.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil