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Atletismo

12/02/2016 15h50

Segurança

Vivência dos bastidores do Super Bowl fecha ciclo de observadores de segurança

Ao todo, mais de 100 agentes brasileiros participaram de operações em grandes eventos em seis países para trazer experiências ao Rio 2016

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Operação de revista na entrada do estádio. Foto: Getty Images

Maior evento esportivo dos Estados Unidos, o Super Bowl — a grande final do campeonato de futebol americano — representou para o Brasil o fim de um ciclo de aprendizado para a operação de segurança visando aos Jogos Rio 2016. A convite do FBI (Federal Bureau of Investigation), agentes de segurança brasileiros foram até os EUA acompanhar os procedimentos adotados pelos norte-americanos.

Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE/MJ) e Coordenador Nacional de Segurança dos Jogos Rio 2016, Andrei Rodrigues participou da ação, que durou quatro dias e encerrou o ciclo do Programa de Observadores de Grandes Eventos Desportivos. O programa foi criado pela SESGE para colocar os profissionais de segurança pública do Brasil em contato com as práticas de outros países. Mais de 100 policiais foram enviados a seis países diferentes durante o processo.

"Estivemos na Assembleia da ONU, no Mundial de Atletismo, em Pequim, no Tour de France, na Maratona de Boston, no Campeonato Europeu de Atletismo, no Pan de Toronto. O Super Bowl foi a última etapa", explicou Andrei Rodrigues.

Nos Estados Unidos, o secretário foi acompanhado pelos coordenadores de segurança das cidades-sede do futebol nos Jogos Olímpicos e participou de extensa programação preparada pelo FBI. "Visitamos o Centro de Operações da polícia e dos bombeiros de San Francisco. Estivemos também no Centro de Operações Integrado, no Centro de Inteligência e no Centro Tático do FBI, todos em Santa Clara, local do jogo", disse o secretário da SESGE.

De acordo com Andrei Rodrigues, o Brasil foi o único país estrangeiro a ter acesso aos procedimentos de segurança para o Super Bowl, com acesso a reuniões e materiais. "Estivemos em um briefing de segurança com o pessoal da NFL (liga de futebol americano) dentro do estádio, onde foram repassadas aos policiais as orientações de segurança, riscos, alvos primários, detalhes operacionais e inclusive documentos confidenciais que pudemos trazer para o Brasil", relatou.

Super Bowl é um dos eventos mais estratégicos para operações de segurança nos EUA. Foto: Getty Images
Super Bowl é um dos eventos mais estratégicos para operações de segurança nos EUA. Foto: Getty Images

Depois de acompanhar as operações no exterior e participar da Copa do Mundo da FIFA 2014, Rodrigues afirma que o Brasil já pode ser equiparado aos países visitados em termos de operação de segurança. "Uma coisa que nos conforta é que o caminho adotado é similar com o de outros países, com a integração das instituições, trabalho coordenado e até uma estrutura semelhante de comando e controle", disse.

O próximo passo é repassar o aprendizado aos envolvidos nos Jogos Rio 2016. Segundo o secretário da SESGE, será elaborado um relatório sobre as visitas e o conhecimento será levado para a comissão estadual de segurança dos Jogos, onde são reunidas mais de 20 instituições. "Todos vão receber essas informações que a gente colheu e cada uma delas, dentro de sua política operacional, vai poder agregá-las."

Estrangeiros no Brasil

Durante os Jogos Rio 2016, assim como ocorreu na Copa do Mundo, o Brasil viverá o outro lado da moeda, recebendo agentes de segurança estrangeiros para acompanhar as operações realizadas durante o Rio 2016. "Temos o modelo do centro de cooperação policial internacional. Na Copa vieram policiais de 40 países e vai funcionar novamente para os Jogos. O desenho final ainda vai ser definido, mas será semelhante", adiantou Andrei Rodrigues.

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br