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Vivência dos bastidores do Super Bowl fecha ciclo de observadores de segurança
Maior evento esportivo dos Estados Unidos, o Super Bowl — a grande final do campeonato de futebol americano — representou para o Brasil o fim de um ciclo de aprendizado para a operação de segurança visando aos Jogos Rio 2016. A convite do FBI (Federal Bureau of Investigation), agentes de segurança brasileiros foram até os EUA acompanhar os procedimentos adotados pelos norte-americanos.
Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE/MJ) e Coordenador Nacional de Segurança dos Jogos Rio 2016, Andrei Rodrigues participou da ação, que durou quatro dias e encerrou o ciclo do Programa de Observadores de Grandes Eventos Desportivos. O programa foi criado pela SESGE para colocar os profissionais de segurança pública do Brasil em contato com as práticas de outros países. Mais de 100 policiais foram enviados a seis países diferentes durante o processo.
"Estivemos na Assembleia da ONU, no Mundial de Atletismo, em Pequim, no Tour de France, na Maratona de Boston, no Campeonato Europeu de Atletismo, no Pan de Toronto. O Super Bowl foi a última etapa", explicou Andrei Rodrigues.
Nos Estados Unidos, o secretário foi acompanhado pelos coordenadores de segurança das cidades-sede do futebol nos Jogos Olímpicos e participou de extensa programação preparada pelo FBI. "Visitamos o Centro de Operações da polícia e dos bombeiros de San Francisco. Estivemos também no Centro de Operações Integrado, no Centro de Inteligência e no Centro Tático do FBI, todos em Santa Clara, local do jogo", disse o secretário da SESGE.
De acordo com Andrei Rodrigues, o Brasil foi o único país estrangeiro a ter acesso aos procedimentos de segurança para o Super Bowl, com acesso a reuniões e materiais. "Estivemos em um briefing de segurança com o pessoal da NFL (liga de futebol americano) dentro do estádio, onde foram repassadas aos policiais as orientações de segurança, riscos, alvos primários, detalhes operacionais e inclusive documentos confidenciais que pudemos trazer para o Brasil", relatou.
Depois de acompanhar as operações no exterior e participar da Copa do Mundo da FIFA 2014, Rodrigues afirma que o Brasil já pode ser equiparado aos países visitados em termos de operação de segurança. "Uma coisa que nos conforta é que o caminho adotado é similar com o de outros países, com a integração das instituições, trabalho coordenado e até uma estrutura semelhante de comando e controle", disse.
O próximo passo é repassar o aprendizado aos envolvidos nos Jogos Rio 2016. Segundo o secretário da SESGE, será elaborado um relatório sobre as visitas e o conhecimento será levado para a comissão estadual de segurança dos Jogos, onde são reunidas mais de 20 instituições. "Todos vão receber essas informações que a gente colheu e cada uma delas, dentro de sua política operacional, vai poder agregá-las."
Estrangeiros no Brasil
Durante os Jogos Rio 2016, assim como ocorreu na Copa do Mundo, o Brasil viverá o outro lado da moeda, recebendo agentes de segurança estrangeiros para acompanhar as operações realizadas durante o Rio 2016. "Temos o modelo do centro de cooperação policial internacional. Na Copa vieram policiais de 40 países e vai funcionar novamente para os Jogos. O desenho final ainda vai ser definido, mas será semelhante", adiantou Andrei Rodrigues.
Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br