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Atletismo

18/09/2015 10h49

Por dentro das obras

Vídeo: começa o enchimento do canal do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom

Processo deve levar em torno de sete dias e 25 milhões de litros de água serão tratados no local, sem necessidade de reposição

Teve início, nesta quinta-feira (17.09), o processo de enchimento do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, instalação do Parque Radical do Rio, em Deodoro, que receberá as competições da modalidade nos Jogos Rio 2016. O volume total é de 25 milhões de litros de água, ou 25 mil metros cúbicos, que chegam pelo sistema da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do estado do Rio de Janeiro (Cedae).

“É uma água limpa produzida na Estação de Tratamento de Água do Guandu (ETA Guandu). Passa por reservatórios, adutoras de grande diâmetro e, por sorte, temos uma adutora que passa próximo do parque olímpico. Tiramos dessa adutora uma derivação e fizemos uma instalação nova em uma tubulação de 20 cm de diâmetro, para que essa água chegue ao lago da canoagem slalom”, explicou Edes Fernandes de Oliveira, diretor de Produção e Grande Operação da Cedae.

Segundo Edes, o enchimento será feito de forma lenta, para não prejudicar o abastecimento da população – a ETA Guandu atende nove milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo a capital. A previsão é de que sejam gastos sete ou oito dias. Para se ter uma ideia, a mesma quantidade de água poderia encher dez piscinas olímpicas, e seriam necessários, para o transporte desse volume, 2.500 caminhões-pipa.


Tratamento

A água do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom passará por tratamento constante. Segundo José Carlos Pinto, engenheiro da Empresa Municipal de Urbanização, a RioUrbe, não há necessidade de reposição do volume e a manutenção do sistema até os Jogos Olímpicos está prevista no contrato da obra.

“Existe um sistema de tratamento e de filtragem. É a mesma água, não vamos substituí-la. No fundo, é como se fosse uma grande piscina. Tem bombas, filtros, todos os equipamentos necessários para o funcionamento do canal e também para o cuidado da água. Existe um monitoramento físico-químico da água, para mantê-la potável e sem a menor possibilidade de proliferação de insetos”.

O canal principal de competição tem 250m, e o de aquecimento tem 90m. Ao longo da estrutura, uma série de saídas de água promovem a circulação. Os obstáculos artificiais distribuídos pelos canais simulam as pedras que encontradas em corredeiras naturais e criam ondas e redemoinhos por onde os atletas devem passar.

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Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br

“Os blocos azuis (foto acima) são precisamente instalados e estão nas posições que vão produzir o turbilhão necessário para as provas. As bombas promovem o fluxo da água: são 12 metros cúbicos por segundo no canal de competição que vão estar sendo lançados para fazer a correnteza”, disse José Carlos.

O design do canal foi criado pelos especialistas norte-americanos John Felton e Bob Campbell, também responsáveis pelo design da pista dos Jogos de Londres 2012. Antes de virar realidade em Deodoro, foi feita uma maquete física do canal, em escala reduzida, amplamente testada na Universidade Técnica Tcheca, em Praga, na República Tcheca, referência mundial em hidrodinâmica.

Os recursos para a construção do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom estão incluídos no investimento de R$ 846,3 milhões do governo federal para a construção e reforma de instalações em Deodoro. Uma arquibancada temporária com oito mil lugares está prevista no projeto. A execução está a cargo da prefeitura do Rio de Janeiro e a previsão de entrega da instalação é para o primeiro trimestre de 2016. O evento-teste de canoagem slalom será entre 26 a 29 de novembro deste ano. Segundo informações da prefeitura do Rio de Janeiro, 85% das intervenções necessárias no estádio olímpico de canoagem já foram feitas.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br