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Vela

11/08/2019 01h33

Lima 2019

Vela fecha campanha com mais três ouros. No total, nove pódios em 11 possíveis

Martine Grael e Kahena Kunze (49erFX), Bruno Lobo (Kite) e Matheus Dellagnelo, na Sunfish, subiram ao topo do pódio neste sábado

Jogos Pan-Americanos Lima 2019

Três ouros neste sábado (11.08). Nove pódios em 11 possíveis. E a melhor campanha da história. A vela brasileira fechou recheada de superlativos a campanha nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Neste último dia de competições na Baía de Paracas, o Hino Nacional tocou mais três vezes. Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX, Bruno Lobo, na Fórmula Kite, e Matheus Dellagnelo, na Sunfish, subiram ao topo do pódio. O país ainda ganhou a prata com Claudio Biekarck, Gunnar Ficker e Isabel Ficker, na Lightning, e o bronze com Juliana Duque e Rafael Martins, no Snipe.

Martine Grael e Kahena Kunze: campeãs olímpicas, mundiais e, agora, dos Jogos Pan-Americanos. Foto: Jonne Roriz/COB
"Depois do Pan de Toronto (prata), essa medalha tem um gosto especial. Foi um campeonato mais tranquilo para nós por conta das condições climáticas"
Kahena Kunze, ouro ao lado de Martine Grael na 49erFX

Na sexta-feira (dia 9), o Brasil havia conquistado dois ouros (Patricia Freitas, na RS:X feminina, e Marco Grael e Gabriel Borges, na 49er), uma prata (Bruno Fontes, na Laser) e um bronze (Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, na Nacra 17). Com isso, o Time Brasil somou nove medalhas, em 11 classes, sendo cinco ouros, duas pratas e dois bronzes. O resultado deu a liderança no quadro de medalhas da vela, seja por total de ouros, seja por total de medalhas.

Campeãs mundiais em 2014 e olímpicas na Rio 2016, Martine e Kahena conquistaram o ouro nos Jogos Pan-americanos pela primeira vez. Em Toronto 2015, a dupla havia ficado com a prata. Com boa vantagem de pontos na classificação geral, elas entraram na regata da medalha precisando apenas completar o percurso. Elas terminaram na terceira posição.

"Depois do Pan de Toronto, essa medalha tem gosto especial. Foi um campeonato mais tranquilo para nós por conta das condições climáticas", disse Kahena. "São poucos atletas que conquistaram esses três principais campeonatos e estamos felizes de entrar para esse clube", afirmou Martine.

Na Sunfish, Matheus Dellagnelo entrou na regata da medalha na liderança. Ele chegou em segundo na disputa decisiva e garantiu seu lugar no topo do pódio. "Foi uma experiência muito boa disputar o Pan. Fui me sentindo bem a cada dia na competição, a confiança foi aumentando e deu ouro. Sensação muito boa", disse o velejador, que já havia sido campeão na mesma classe em Guadalajara 2011.

O terceiro ouro do Brasil neste sábado veio na Fórmula Kite. Bruno Lobo também entrou na regata da medalha precisando apenas completar o percurso para garantir a vitória. Diferentemente das outras classes, a Fórmula Kite tem a disputa dividida em três regatas. O brasileiro ignorou o título antecipado e venceu todas.

Claudio Biekarck, Isabel Ficker e Felipe Robles, medalha de prata na classe Lightning. Foto: Jonne Roriz/COB

Dez medalhas em dez Pans

Quem também fez história foi o veterano Claudio Biekarck. Aos 68 anos, o atleta mais velho da delegação brasileira em Lima e o brasileiro com mais participações em Jogos Pan-Americanos alcançou a marca de dez medalhas em dez participações.

"Ganhar minha décima medalha me traz a satisfação de sempre ter representado bem o Brasil. Uma alegria ver que ainda sou competitivo com a idade que tenho"
Claudio Biekarck, prata na Lightning aos 68 anos

Além da prata conquistada em Lima, ele soma o ouro em Caracas 1983; a prata na Cidade do México 1975, Indianápolis 1987, Mar del Plata 1995 e Winnipeg 1999; e o bronze em Havana 1991, Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Todas as medalhas foram conquistadas na Lightning, com exceção da obtida no México. Na ocasião, ele competiu na Finn.

"Estamos saindo do Pan muito contentes com o resultado. Andamos bem com vento forte, a prata foi muito boa para nós. Ganhar minha décima medalha me traz uma satisfação de sempre ter representado bem o Brasil. Uma alegria competir pela décima vez e ver que ainda sou competitivo com a idade que tenho", disse Biekarck.

Na Snipe, Juliana e Rafael entraram na regata da medalha na terceira posição. Com o segundo lugar na disputa decisiva, garantiram o bronze para o Brasil.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)