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Atletismo paralímpico

09/01/2020 15h54

Infraestrutura esportiva

Um dos principais legados dos Jogos Rio 2016, CT Paralímpico tem mais de 200 eventos confirmados em 2020

Centro de Treinamento em São Paulo abrigará eventos nacionais e internacionais de 17 modalidades a partir deste mês, e receberá as fases finais de treinamento das seleções para os Jogos de Tóquio

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, receberá mais de 200 eventos de 17 modalidades em 2020. Esta é uma previsão inicial, dado que muitos eventos são confirmados no decorrer do ano pelas confederações que atuam no paradesporto. Em 2019, 413 eventos foram realizados no CT, com a participação de 36.264 pessoas, entre atletas, comissão técnica e apoios.As atividades de 2020 foram retomadas nesta semana e os centros de referência, que reúnem alguns dos brasileiros mais bem colocados no ranking mundial em atletismo, halterofilismo, natação e tênis de mesa, além da seleção de rúgbi em cadeira de rodas, utilizam as estruturas para treinamentos e avaliações.

"A infraestrutura que o CT Paralímpico oferece para a preparação dos atletas e equipes que disputarão os Jogos Paralímpicos é de extrema importância, uma vez que toda a nossa infraestrutura chega muito próximo do que eles encontrarão nos Jogos", disse o diretor técnico do CPB, Alberto Martins.

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Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

A primeira competição da temporada na casa do movimento paralímpico será o Campeonato Internacional de Parabadminton na primeira quinzena de fevereiro, de 7 a 17. Ao todo, são esperadas 300 pessoas. O calendário esportivo conta com disputas importantes para a classificação dos atletas brasileiros para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

O Open Internacional de Atletismo e Natação, em março, é uma das competições chanceladas para obtenção do índice mínimo das modalidades, estabelecido pelo Departamento Técnico do CPB. Em abril, o CT Paralímpico recebe a quarta (e última) etapa regional do Circuito Brasil Loterias Caixa. Até lá, a competição terá percorrido outras três cidades em fases regionais: Brasília e Vitória, em fevereiro, e Recife (março). Os melhores garantem vaga nas Nacionais, a partir do mês de maio, sempre no CT Paralímpico.

Além deles, o CT também receberá seleções para a preparação brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. O complexo receberá, ainda, a delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos de Tóquio para a última etapa de treinos, em julho, antes de embarcar para o Japão. "Voltei aos treinos aqui no CT muito focado para fazer uma excelente preparação para correr melhor e mais rápido", comentou o velocista Vinicius Rodrigues, bronze nos 100m T63 no Mundial de atletismo em Dubai.

O CT Paralímpico também sediará o Camping Escolar Paralímpico, em janeiro e julho, as Paralimpíadas Universitárias, em julho, e as etapas nacionais do Circuito Brasil Loterias Caixa a partir de abril.

O Comitê Paralímpico Brasileiro é o responsável pela gestão do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, desde que se saiu vencedor da concorrência pública realizada pelo Governo do Estado de São Paulo para administração da instalação pelo período de cinco anos, a contar de outubro de 2017, renováveis por mais cinco anos.

Estrutura do CT

Inaugurado em 23 de maio de 2016, o CT ocupa uma área de 95 mil metros quadrados e conta com piscina coberta com dimensões olímpicas e arquibancada para mil torcedores, ginásio multiuso frequentemente usado para goaball, basquete em cadeira de rodas e badminton, campos de futebol de cinco (para deficientes visuais) e de futebol de sete (paralisados cerebrais).

O atletismo tem à disposição uma pista de Certificação 1 da Federação Internacional de Atletismo e arquibancada para mil torcedores, além de pista indoor para aquecimento. Completam a estrutura as quadras de tênis em cadeiras de rodas, os espaços para bocha, judô, tênis de mesa, halterofilismo e taekwondo, além das áreas de fisioterapia e regeneração física de atletas, além de um alojamento com 86 apartamentos e capacidade para quase 300 hóspedes.

O investimento total foi de R$ 305 milhões, com 187 milhões do então Ministério do Esporte e o restante do governo de São Paulo. A gestão é feita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro