Triatlo
Lima 2019
Triatlo feminino traz o primeiro ouro brasileiro em dobradinha no pódio
A estreia do Brasil no pódio em Lima já veio em dose dupla. A paulista Luisa Baptista e a cearense Vittoria Lopes ficaram em primeiro e segundo lugar no triatlo feminino. Luisa foi a mais rápida a completar o circuito de 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida, em 2h00min55s. Vittoria terminou em segundo e a mexicana Cecilia Perez conquistou o bronze. A terceira brasileira na prova, Beatriz Neres, concluiu o triatlo na 11ª posição.
"É o resultado mais especial que já tive na carreira. Estava confiante, mas nervosa ao mesmo tempo. Sabia que o resultado poderia vir e tinha que acreditar no trabalho. Não só no trabalho de alguns meses atrás, mas no trabalho de oito anos, quando comecei no triatlo"
Luisa Baptista, ouro no triatlo
"É o resultado mais especial que já tive na carreira. Estava confiante, mas nervosa ao mesmo tempo. Sabia que o resultado poderia vir e tinha que acreditar no trabalho. Não só no trabalho de alguns meses atrás, mas no trabalho de oito anos, quando comecei no triatlo. Espero que com esse resultado venham muito mais resultados para o Brasil", afirmou Luisa. "Poder conquistar o primeiro ouro do Brasil é um sonho realizado. Há oito anos eu vi o Reinaldo Colucci ganhar essa medalha (no Pan de Guadalajara, no México, em 2011) e hoje estou aqui. Quero inspirar as pessoas assim como ele me inspirou", disse Luisa.
A campeã disse ainda que fez uma prova mais conservadora no ciclismo, para dar o bote no fim da prova. "O Plano A era ir junto com a Vittoria, mas ela estava em um ritmo forte. Aí foi a hora do Plano B. Eu sabia que se a Vittoria estivesse alguns segundos à frente a gente poderia fazer mais do que uma medalha. Acabei segurando um pouco o ritmo, ficando no grupo, me preservei no ciclismo para ter perna na corrida e definir e trazer essa dobradinha para o Brasil".
No masculino, o país celebrou outra medalha. Manoel Messias terminou com a prata na prova vencida pelo mexicano Crisanto Valencia. O bronze ficou com o argentino Luciano Franco Taccone. Entre os outros dois brasileiros inscritos, Diogo Sclebin terminou com a nona posição e Kaue Willy foi o 13º.
"Hoje tivemos mais uma prova de que o Bolsa Atleta é um excelente incentivo. É um orgulho ver a garra dos brasileiros representada muito bem por essas meninas"
Osmar Terra, ministro da Cidadania
100% no Bolsa Atleta
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do ministério, Emanuel Rego, acompanharam a competição. O triatlo é uma das dez modalidades em que que 100% da delegação brasileira é de integrantes do Bolsa Atleta, do Governo Federal. Os seis atletas inscritos recebem o benefício, num investimento anual de R$ 126 mil. Entre os 485 atletas do Time Brasil, 333 são beneficiários do programa, e o aporte anual do governo federal é de R$ 14,6 milhões.
"Hoje tivemos mais uma prova de que o Bolsa Atleta é um excelente incentivo. O esporte faz toda a diferença na vida das pessoas. Nossas atletas estão de parabéns pelo desempenho e é um orgulho ver a garra dos brasileiros representada muito bem por essas meninas", disse Terra.
O ministro viajou a Lima para representar o governo federal no Pan. Assistiu à Cerimônia de Abertura, participou da reta final do tour da tocha, conversou com atletas, ex-atletas e dirigentes da delegação brasileira e visitou a área de trabalho da emissora responsável pela transmissão dos Jogos para a televisão aberta no Brasil.
Suporte também das Forças Armadas
O sexteto do triatlo também integra o Programa Atleta de Alto Rendimento das Forças Armadas (PAAR). Os atletas têm à disposição os benefícios da carreira militar, como soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de poderem treinar em instalações esportivas militares que possibilitam o treinamento em alto rendimento, casos do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes - CEFAN, da Marinha, do Centro de Capacitação Física e do Complexo Esportivo de Deodoro (do Exército) e da Universidade da Força Aérea - UNIFA. As instalações estão entre as beneficiadas por um investimento federal de R$ 140,7 milhões em construção, reforma e adaptações da estruturas que serviram de local de treinamento durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Jéssica Barz, de Lima, no Peru - rededoesporte.gov.br