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Eventos-teste
Técnico e atletas estrangeiros dos saltos ornamentais dizem que não se sentem inseguros em relação ao Zika
Técnico principal da equipe de saltos ornamentais do Canadá – que desembarcou em Brasília no dia 2 para se aclimatar para o evento-teste da modalidade –, Mitch Geller afirma que, em relação ao vírus zika e ao mosquito Aedes aegypti, tanto ele quanto seus atletas não se sentem inseguros por estarem no Brasil.
A delegação canadense, assim como as equipes da Venezuela, Austrália, Polônia, Geórgia e Grécia, optou por fazer a aclimatação para a Copa do Mundo (que também será o evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio 2016) no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, na Universidade de Brasília (UnB). A competição no Rio de Janeiro, de 19 a 24 de fevereiro, reunirá 270 atletas, de 50 países, entre eles campeões olímpicos e mundiais.
"Se houvesse um perigo real nós teríamos ouvido não apenas da mídia, mas por declarações do nosso governo. E eles não nos disseram para ficar longe do Brasil de nenhuma maneira"
Mitch Geller, técnico da equipe canadense
“Estamos aqui com um objetivo, que é nos preparar para a Copa do Mundo e nos classificar para os Jogos Olímpicos. Vimos as notícias na imprensa, em casa, e sabemos que temos que tomar certas precauções, como usar repelentes. Mas não temos visto muitos mosquitos”, afirmou Mitch Geller.
Para ele, assuntos relativos à propagação de um vírus em nível mundial tendem a causar pânico mas, em muitos casos, as previsões mais pessimistas acabam não se concretizando. “Nós vivemos algo parecido no Canadá com o SARS (Síndrome respiratória aguda grave)”, lembrou Mitch, que foi categórico em relação ao vírus Zika.
“Isso não é algo em que estamos nos focando ou que nos deixa ansiosos. Não acho que nossos atletas estão realmente preocupados. Francamente, acho que as medidas apropriadas estão sendo adotadas e vamos nos focar apenas no nosso evento. Eu acho que se houvesse um perigo real teríamos ouvido não apenas da mídia, mas por declarações do nosso governo. E eles não nos disseram para ficar longe do Brasil de maneira alguma”, encerrou o canadense.
Para os saltadores Chola Chanturia, da Geórgia; Kasper Lesiak, da Polônia; e para a atleta Taneka Kovchenko, da Austrália, o uso de repelentes é o suficiente para que eles se sintam seguros.
“Estou em Brasília há uma semana e ouvi dizer que algumas pessoas estão apavoradas por causa do vírus Zika. É necessário usar o spray contra os mosquitos, mas, fazendo isso, me sinto confortável aqui e não acho que haja motivos para se sentir apavorado”, disse Chanturia.
"Estou em Brasília há uma semana e ouvi dizer que as pessoas (no exterior) estão apavoradas por causa do vírus Zika. É necessário usar o spray contra os mosquitos, mas, fazendo isso, me sinto confortável aqui e não acho que haja motivos para se sentir apavorado"
Chola Chanturia, atleta da Geórgia
“Não temos visto mosquitos a toda hora, eles não estão nos picando e então acho que estamos seguros”, declarou Lesiak. “Minha experiência até agora sobre isso é que eu não tenho me sentido preocupada. Eu vim com as medidas certas de prevenção e acho que se isso for feito está ok”, afirmou Taneka Kovchenko.
Combate ao mosquito
O governo brasileiro promoverá, neste sábado (13.2), uma megaoperação de combate ao Aedes aegypti e de conscientização da população para a importância de eliminar os focos de procriação do mosquito em todos os estados da federação.
Cerca de 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas – 160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Aeronáutica – participarão da operação, que ocorrerá em 356 municípios e incluirá as capitais de todos os estados. A expectativa do governo é de visitar 3 milhões de residências em todo o país.
A presidente Dilma Rousseff acompanhará a operação no Rio de Janeiro e os ministros farão o mesmo em todos os estados. O ministro do Esporte, George Hilton, estará em Campo Grande (MS) neste sábado.
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br