Natacao paralímpica
Natação
Talisson Glock e Gabriel Geraldo ampliam as conquistas da natação brasileira em Tóquio
No penúltimo dia da natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro na modalidade: o catarinense Talisson Glock venceu os 400m livre (classe S6 - atletas com comprometimento físico-motor), enquanto o mineiro Gabriel Geraldo subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas (classe S2 - também para atletas com limitações físicas-motoras).
Na primeira prova da noite, Talisson fechou os 400m livre em 4min54s42, superando o italiano Antonio Fantin (4min55s70) e Viacheslav Lenskii, do Comitê Paralímpico Russo (5min04s84).
"Eu sabia que eu ia nadar bem. Não sabia o quanto, mas sabia que eu ia nadar bem. É muito bom nadar entre os melhores e com os melhores. Consegui aplicar tudo o que treinei. Estou muito feliz. No futuro, acho que posso nadar para o recorde mundial nessa prova. Eu me vejo fazendo isso. É o meu objetivo, com certeza. Estou muito mais maduro e vou sair de Tóquio realizado", afirmou o catarinense, que perdeu a perna e o braço esquerdos após ser atropelado por um trem aos 9 anos.
Além desse ouro, Talisson já havia conquistado duas medalhas de bronze na capital japonesa: nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre - até 20 pontos. Assim, o atleta superou o seu próprio desempenho nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, em que foi prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 200m medley.
Segundo ouro
O mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após vencer os 200m livre (classe S2), o atleta também subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas com o tempo de 53s96, na manhã desta quinta-feira (2), no Centro Aquático de Tóquio. A prata ficou com o chileno Alberto Abarza (57s76), e o bronze, com Vladimir Danilenko, do Comitê Paralímpico Russo (59s47).
Gabriel Geraldo também já havia conquistado uma prata nos 100m costas, sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos.
"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. A prova dos 50m costas é rápida. Temos que aproveitar as vantagens e não podemos errar porque qualquer erro pode custar caro. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel.
Com as duas medalhas de ouro desta quinta-feira, o país agora soma 22 medalhas na modalidade nesta edição dos Jogos: oito de ouro, cinco de prata e nove de bronze.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)