“Serão os Jogos do legado”, afirma prefeito Eduardo Paes
Após uma série de visitas às instalações que receberão os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016, o Comitê Organizador realiza, nesta quinta-feira (06.08), um seminário com jornalistas dos principais veículos internacionais e nacionais. Na abertura do evento, o prefeito Eduardo Paes apresentou os trabalhos da prefeitura e afirmou que “estes serão os Jogos do legado”.
Eduardo Paes deu destaque à escolha do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em 2009, ressalto que um dos fatores que mais pesou foi a capacidade de transformação que os Jogos levariam à capital fluminense. “Da perspectiva de infraestrutura, as nossas concorrentes (Madri, Chicago e Tóquio) poderiam parecer mais bem preparadas que o Rio. Mas os Jogos são realizados para unir as nações e transformar as cidades por onde passam. Nenhuma dessas outras cidades seriam transformadas como o Rio será. Esta é uma oportunidade para mudar”, afirmou o prefeito.
Ele comentou também os Jogos realizados em outras cidades, lembrando a experiência olímpica de Barcelona, em 1992; de Pequim, em 2008; de Londres, em 2012. “Quando os Jogos foram para Barcelona, eles puderam mostrar que, juntos, poderiam fazer um grande bem com uma grande transformação para a cidade e o país. O mesmo ocorreu em Pequim. Para eles, foi uma oportunidade para mostrar que estavam abertos ao mundo. Barcelona era uma cidade antes e se transformou em outra após os Jogos. O mesmo ocorrerá com o Rio, pois teremos um grande legado após 2016.”
Sobre os gastos para a realização das Olimpíadas e Paraolimpíadas na cidade, o prefeito lembrou que parte da verba vem de investimentos privados e frisou que, tanto estes quantos os investimentos públicos serão deixados como legado. “Se você olhar para a Matriz de Responsabilidades, 65% dos investimentos vêm de recursos privados. E vejam que teremos o Centro de Treinamento, a renovação da Marina da Glória, o metrô, o BRT, e tudo isso será deixado como legado para a capital”, ressaltou Paes. “Começamos a renovação do Porto do Rio antes do projeto dos Jogos e essa seria uma obra que demoraria um tempo grande para ser concluída. Conseguimos agora diminuir o tempo de renovação do Porto para 2016”, explicou o prefeito, lembrando que o Rio gasta cinco vezes mais com o legado do que com equipamentos olímpicos.
Paes afirmou ainda que os investimentos públicos com obras serão minimizadas e destacou a opção por estruturas temporárias para evitar que algumas instalações se tornem “elefantes brancos”. Segundo ele, 43% dos recursos serão de origem pública, contra 57% de origem privada, priorizando a infraestrutura que será deixada para a capital fluminense. “Estes serão Jogos que não terão elefantes branco e que terão cronograma em dia, entregando as obras no prazo estabelecido. O Rio 2016 será usado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como exemplo para as outras cidades”, garantiu.
Para 2016, a expectativa é que sete milhões de ingressos sejam vendidos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos e estima-se que os eventos atingirão pelo menos quatro bilhões de pessoas em todo o mundo. “Quando olhamos os Jogos, a atmosfera e a possibilidade de realizarmos pela primeira vez na América do Sul, vimos um poder de transformação e uma grande oportunidade para o Brasil. Essa é uma chance para acelerar o desenvolvimento da nossa cidade. Nós usaremos os Jogos para mudar o lugar onde vivemos. Não tenham dúvidas de que esses serão os Jogos do legado e que entregaremos todas as instalações no prazo estabelecido”, concluiu Eduardo Paes.
Do Rio de Janeiro, Leonardo Dalla, da equipe do Portal Brasil 2016