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Futebol

15/07/2018 15h24

Copa 2018

Sem brecha para novatos: França faz 4 x 2 sobre a Croácia e conquista o bicampeonato

Griezmann foi eleito o melhor em campo na final em Moscou. Mbappé levou o título de revelação do torneio. Modric, da Croácia, saiu com o troféu de melhor atleta na Copa da Rússia
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Seleção francesa ergue a taça pela segunda vez na história. A primeira tinha sido em 1998, na edição disputada na própria França. Foto: Getty Images
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Seleção francesa ergue a taça pela segunda vez na história. A primeira tinha sido em 1998, na edição disputada na própria França. Foto: Getty Images
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Seleção francesa ergue a taça pela segunda vez na história. A primeira tinha sido em 1998, na edição disputada na própria França. Foto: Getty Images
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Muita chuva no final do jogo durante a premiação de franceses e croatas. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Subasic observa, impotente, a bola vazar sua meta pela quarta vez, após o chute de Mbappé. Foto: Getty Images
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O goleiro Lloris, da França, reage desconsolado após vacilar feio e permitir o segundo gol da Croácia, marcado por Mandzukic. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Griezmann converte, de pênalti, o segundo gol da França e o quarto do atacante na Copa. Foto: Getty Images
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Griezmann converte, de pênalti, o segundo gol da França e o quarto do atacante na Copa. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Torcida francesa celebra em Paris a conquista do bicampeonato mundial. Foto: Getty Images
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Mbappé chuta para marcar o quarto gol da França e se tornar o primeiro desde Pelé a anotar numa final com menos de 20 anos. Foto: Getty Images
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O goleiro Lloris, da França, reage desconsolado após vacilar feio e permitir o segundo gol da Croácia, marcado por Mandzukic. Foto: Getty Images
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O goleiro Lloris, da França, reage desconsolado após vacilar feio e permitir o segundo gol da Croácia, marcado por Mandzukic. Foto: Getty Images
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Subasic não conseguiu chegar na bola no chute de Mbappé. Foto: Getty Images
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Pogba chutou de esquerda para conferir o terceiro gol da França. Foto: Getty Images
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O técnico Didier Deschamps entrou para o seleto grupo de personalidades que conquistaram o título como atleta e como treinador. Foto: Getty Images
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Celebração francesa com o apito final: bicampeões mundiais. Foto: Getty Images
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Celebração francesa com o apito final: bicampeões mundiais. Foto: Getty Images
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Celebração francesa com o apito final: bicampeões mundiais. Foto: Getty Images
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Copa do Mundo da Fifa Rússia 2018

Não foi por falta de tentar. A Croácia preencheu todos os formulários e requisitos necessários para que uma seleção cruze a linha que separa as mortais das que ostentam na camisa a estrela que identifica um título mundial. Na decisão contra a França, a equipe comandada em campo por Modric, Rakitic e Mandzukic foi valente. Partiu para cima, teve ampla posse de bola (61%), fez um jogo aberto e criou espaço para 15 finalizações.

Com isso, a fronteira que separa os times do "quase lá" daqueles que efetivamente levantam a taça ficou visível, bem perto, mas ainda assim alguns metros à frente dos croatas. O pavilhão dos campeões mundiais não teve novato na Copa do Mundo disputada da Rússia. O título da França veio com um placar incontestável: 4 x 2. Um bicampeonato que coroa a consistência francesa, presente em três das últimas seis decisões do torneio. Venceu em 1998 e 2018, e perdeu nos pênaltis para a Itália, em 2006.

"Somos realmente um grupo unido. Fizemos algo incrível, fizemos história e vamos encontrar nossas famílias e celebrar. Amanhã, na França, vai ser o mesmo, com o povo francês"
Griezmann, atacante francês

Se a Croácia foi dominante na primeira etapa da partida disputada no estádio Luzhniki, em Moscou, a França mostrou depois do intervalo os argumentos técnicos que fizeram da equipe uma postulante de respeito. Com brilhante atuação de Pogba no meio, participação consistente de Griezmann e contra-ataques puxados por Mbappé, os Bleus chegaram a construir a expressiva vantagem de 4 x 1 diante dos 78 mil torcedores que lotaram a arena na capital russa.

Para coroar a Copa em que o auxílio tecnológico passou a fazer parte do arsenal disponível para a arbitragem, o VAR teve ação decisiva. Depois de a França sair na frente com uma bola parada concluída de cabeça por Mandzukic contra a própria meta, aos 18 minutos, a Croácia chegou ao empate numa bela finalização de Perisic, de perna esquerda, aos 28.

» Confira os melhores momentos da partida final

Dez minutos depois, contudo, na segunda bola parada que a França teve na primeira etapa, a cobrança de escanteio resvalou na mão de Perisic antes de sair pela linha de fundo. O vídeo foi consultado e o árbitro argentino Nestor Pitana decidiu pelo pênalti. Griezmann cobrou e fez seu quarto gol no torneio: 2 x 1 e fim da primeira metade.

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Griezmann converte, de pênalti, o segundo gol da França e o quarto do atacante na Copa. Foto: Getty Images

Na segunda etapa, os croatas seguiram pressionando, mas encontraram mais resistência. Os franceses se organizaram, passaram a usar o contra-ataque com eficiência e com menos de 20 minutos já tinham marcado outras duas vezes. Primeiro com o meia Pogba. Ele fez um lançamento em profundidade para Mbappé pela direita. O atacante correu, dominou na entrada da área e tocou para o meio. Griezmann dominou e rolou para trás, na meia lua, onde estava Pogba. Ele chutou duas vezes. A primeira de direita. A bola bateu na zaga e voltou para o próprio Pogba, que emendou de esquerda e venceu o goleiro Subasic.

"Minha maior fonte de orgulho é que eles se mantiveram num estado mental muito forte. Hoje mesmo, houve imperfeições, mas mantivemos as qualidades mentais e psicológicas que foram decisivas"
Didier Deschamps, técnico da França

Pouco depois foi a vez de Mbappé receber na meia lua após bela jogada do lateral esquerdo Hernandez. A jovem promessa do PSG dominou, achou espaço para chutar e conferiu de direita o quarto gol. O atacante de 19 anos se tornou o primeiro desde Pelé, em 1958, a marcar um gol numa final de Copa com menos de 20 anos de idade. Pela performance no torneio, foi escolhido pela FIFA para o prêmio de revelação. A torcida croata ainda criou esperança quando Mandzukic desarmou o goleiro Lloris, que tentou um drible na pequena área, e reduziu o prejuízo para 4 x 2, aos 24 minutos. Não houve tempo, contudo, para reagir.

"Eu tenho um grupo jovem, 14 deles pinçados recentemente. Minha maior fonte de orgulho é que eles se mantiveram num estado mental muito forte. Hoje mesmo, houve imperfeições, mas mantivemos as qualidades mentais e psicológicas que foram decisivas. No primeiro tempo, por exemplo, não fizemos quase nada, mas saímos vencendo por 2 x 1", afirmou o treinador francês Didier Deschamps. "Mas, claro, a questão sempre feita é: a França é uma campeã que joga bonito? Bem, somos campeões do mundo e estaremos nessa condição nos próximos quatro anos. É isso que precisa ser lembrado", completou.

"Estou orgulhoso demais desse grupo: jogadores, técnicos, médicos e elenco. Somos realmente um grupo unido. Fizemos algo incrível, fizemos história e vamos encontrar nossas famílias e celebrar. Amanhã, na França, vai ser o mesmo, com o povo francês", disse Griezmann, eleito o melhor em campo na final.

"Nós jogamos bem nos primeiros 20 minutos, controlamos o jogo. Mesmo tomando aquele primeiro gol contra, não nos abatemos, chegamos ao empate e sofremos novo impacto com a marcação do pênalti", afirmou o técnico Zlatko Dalic, da Croácia. "Eu só posso elogiar os jogadores. Foi o melhor jogo que fizemos. O problema é que contra uma equipe forte como a França você não pode cometer erros. Estamos um pouquinho tristes, mas temos de estar orgulhosos pelo que fizemos", emendou. "Nós fomos um time melhor no primeiro tempo. Atacamos muito, mas fomos azarados nessa noite. Eles marcaram quatro gols em quatro oportunidades que tiveram. Eu felicito a França, eles mereceram", avaliou o meia Ivan Rakitic.

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O técnico Didier Deschamps entrou para o seleto grupo de personalidades que conquistaram o título como atleta e como treinador. Foto: Getty Images

A ala dos bicampeões

Os franceses se juntam a argentinos e uruguaios no seleto grupo de equipes que conquistaram a Copa do Mundo de futebol duas vezes. À frente deles, apenas a Itália e a Alemanha, com quatro títulos, e o Brasil, que segue isolado como a equipe com mais conquistas na história do torneio da FIFA: cinco. O restrito pavilhão dos campeões inclui, ainda, Espanha (2010) e Inglaterra (1966).

"Eu só posso elogiar os jogadores. Foi o melhor jogo que fizemos. O problema é que contra uma equipe como a França você não pode cometer erros"
Zlatko Dalic, técnico da Croácia

Outro que entra para a história com o bicampeonato é o técnico francês Didier Deschamps. Capitão responsável por levantar a taça na conquista de 1998, após vitória por 3 x 0 sobre o Brasil, Deschamps inclui agora em seu currículo o título como treinador. Antes dele, apenas Zagallo, campeão em 1958 e 1962 como jogador e em 1970 como técnico do Brasil, além de Franz Beckenbauer, vencedor em campo em 1974 e do lado de fora das quatro linhas em 1990, pela Alemanha, compunham esse "Clube Vip".

Ainda na seara dos números, a Copa do Mundo da Rússia termina com 169 gols, uma média de 2,6 por partida. O artilheiro da competição foi o inglês Harry Kane, com seis gols. Atrás dele, com quatro gols, aparecem Lukaku (Bélgica) Griezmann e Mbappé (França), Dennys Cheryshev (Rússia) e Cristiano Ronaldo (Portugal).

O melhor jogador do torneio foi o meia Modric, da Croácia. O goleiro que levou a luva de ouro foi o belga Courtois, que teve atuações seguras, mesmo levando seis gols nas sete partidas disputadas pela equipe terceira colocada na competição. Na área disciplinar, foram distribuídos 219 cartões amarelos, uma média de 3,5 por partida, mas apenas quatro cartões vermelhos, uma média de 0,06 levando em conta os 64 jogos disputados em solo russo.

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