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29/12/2014 12h44

Retrospectiva 2014: revanche e medalhas inéditas marcam o ano do goalball, vôlei sentado e halterofilismo brasileiros

No goalball, o Brasil venceu a Finlândia – algoz de Londres 2012 – e conquistou o título mundial. No vôlei sentado, a equipe foi vice-campeã na primeira final em Mundiais, e o país esteve no pódio de forma inédita no Mundial de halterofilismo

A Seleção Brasileira masculina de goalball convivia com o fantasma finlandês desde a final dos Jogos Paralímpicos Londres 2012. Apesar da conquista da medalha de prata, o time nacional aguardava a chance de vingar-se dos seus algozes e a revanche veio de forma emblemática: o Brasil foi a Espoo, na Finlândia, e venceu os donos da casa por 9 a 1 para conquistar o título mundial da modalidade, em julho deste ano.

Foram realizados dez jogos na caminhada rumo ao topo do pódio, com nove vitórias e apenas um empate, contra a Turquia, ainda na fase de classificação. Com o retrospecto, o Brasil classificou-se em boa posição para bater o Irã nas quartas de final (11 x 8). A vitória contra a Lituânia na fase semifinal credenciou o time comandado por Alexandre Tosin para disputar, e vencer, a final do torneio contra a Finlândia.

A campanha vitoriosa em solo finlandês ainda renderia honrarias individuais aos brasileiros. Com 51 gols em dez jogos, Leomon Moreno foi o principal goleador do campeonato. No fim de 2014, ele foi eleito o melhor atleta paralímpico masculino do ano, em eleição promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Além dele, Alexandre Tosin também foi considerado o melhor técnico em modalidades coletivas do país.

Medalha inédita no vôlei sentado

A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado nunca havia chegado a uma final de Mundial anteriormente e brilhou na edição de 2014 do torneio. A equipe comandada pelo técnico Fernando Guimarães – irmão de José Roberto Guimarães, técnico da equipe feminina de vôlei convencional – viajou à Polônia e conquistou o vice-campeonato do torneio.

O time verde e amarelo só parou na decisão, disputada contra a equipe da Bósnia. Atuais campeões paralímpicos da modalidade, os europeus superaram o Brasil na briga pelo ouro por 3 sets a 1, com parciais de 25-22, 20-25, 25-7 e 28-26. Fato que não diminui a importância do pódio da Seleção, que havia sido quinta colocada nos Jogos Paralímpicos Londres 2012.

Na fase de grupos, a equipe brasileira havia vencido dois jogos – contra a Croácia e Cazaquistão (ambos por 3 sets a 0) – e perdeu um, justamente para a Bósnia (3 sets a 0). Nas oitavas, os brasileiros enfrentaram a Polônia e avançaram às quartas após vitória por 3 sets a 0. Contra a Rússia, algoz em Londres, a equipe conseguiu fazer 3 sets a 2. O mesmo placar se repetiu na semifinal, quando encontrou o Irã, atual vice-campeão paralímpico.

Feitos histórico também no halterofilismo

Divulgação/ CPB

Abril de 2014 foi um ótimo mês para o halterofilismo paralímpico brasileiro. Representado por oito atletas no Mundial da modalidade, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Brasil chegou ao campeonato sem nunca ter subido ao pódio e fechou a competição com duas conquistas inéditas: uma medalha de ouro entre os juniores e uma de bronze entre os adultos.

Márcia Menezes, contemplada com a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, foi a responsável por levar a bandeira brasileira pela primeira vez ao pódio entre os adultos. No dia da prova, foi perfeita na execução dos movimentos e recebeu apenas bandeiras brancas (indicação de movimento validado). Depois de levantar 111 kg e 114 kg nas duas primeiras pedidas da prova, deitou na mesa para erguer 116 kg e ficar com a tão sonhada medalha.

Dois dias antes de Márcia entrar para a história do halterofilismo brasileiro, um jovem de 19 anos já havia se destacado. Rafael Vansolin competiu na categoria até 72kg e levantou 112kg na barra. A marca foi suficiente para colocar o Brasil no ponto mais alto do pódio entre os juniores.

Fonte: CPB