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Atletismo

31/08/2021 04h23

Atletismo

Raíssa Machado conquista a nona medalha de prata do Brasil em Tóquio

A atleta também quebrou o recorde das Américas no lançamento de dardo F56
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Raíssa era só felicidade no pódio. Foto: Rogerio Capela/CPB
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Ainda que todos os atletas sonhem com o primeiro lugar no pódio, a prata e o bronze são credenciais e enorme peso na trajetória de um profissional do paradesporto. Foi com esse sentimento que Raíssa Machado celebrou o segundo lugar nesta segunda-feira (30) no lançamento de dardo da classe F56, a nona prata do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e a décima quinta medalha do atletismo na capital japonesa. Raissa ainda quebrou o recorde das Américas, com 24m39. O ouro foi da iraniana Moavi Motaghian, com 24m50, e o bronze de Diana Dadzite, da Letônia, com 24m22.

“A gente quer muito o ouro, claro, mas a prata e o bronze são importantes. Tantos atletas gostariam de estar onde estou. Antes da prova, liguei para a minha mãe, Dinha, porque ligo sempre, ela faz questão. Então sei que agora ela está lá contando para todo mundo que a filha dela é medalhista de prata”
Raissa Machado

Em 2016, a baiana chegou ao sexto lugar nos Jogos Paralímpicos e agora celebra a conquista com o mesmo dardo que usou na última edição. “Eu quis usá-lo para me motivar e não errar mais. Eu fui para a prova focada no ouro e na quebra do recorde mundial, mas estou feliz de ter chegado tão perto. E sei que Deus preparou essa medalha para mim. Agora é real/oficial: sou uma medalhista paralímpica”, orgulhou-se.

“A gente quer muito o ouro, claro, mas a prata e o bronze são importantes. Tantos atletas gostariam de estar onde estou. Antes da prova, liguei para a minha mãe, Dinha, porque ligo sempre, ela faz questão. Então sei que agora ela está lá contando para todo mundo que a filha dela é medalhista de prata”.

A mais recente medalhista da delegação nacional também tem no currículo um ouro no Parapan de Lima e o bronze no Mundial de Dubai, ambos realizados em 2019, além de bronze no Parapan de Toronto e a prata no Mundial do Catar, em 2015.

A atleta entrou tranquila na prova depois de tanto trabalho ao longo dos cinco anos atípicos do ciclo paralímpico. “Acredito que para todos os atletas essa pandemia atrapalhou o ritmo dos treinos. Eu tive que improvisar em casa com a ajuda da minha família e de todos os profissionais que estão com a gente. Tive Covid-19 em setembro com alguns sintomas, então na hora de voltar ao Centro de Treinamento Paralímpico, não foi fácil. E é legal pensar que mesmo assim, cheguei aqui. A estratégia durante a prova foi garantir logo o bronze, com calma, porque muitas das adversárias queimaram. Depois, arrisquei mais”, explicou.  

 

Raissa é da categoria Pódio do programa Bolsa Atleta. Para ela, é por meio desse benefício que consegue bancar os equipamentos e os suplementos. Mas não é só isso. “Eu compro o meu dardo e uso os meus para não estranhar a empunhadura, além de todos os custos com a cadeira de arremesso, faixas. Um dardo chega a custar R$ 8 mil. A bolsa ajuda financeiramente o atleta, mas é, principalmente, um incentivo para quem pratica o esporte e para quem está interessado em praticar porque o atleta sabe que terá tranquilidade para seguir em frente”.

A atleta nasceu com má-formação congênita nas pernas. Começou no esporte pela ginástica, mas diz que nem queria ser atleta até que um treinador de Uberaba (MG) a convenceu da aptidão para o alto rendimento. “Eu queria ser delegada, mas ainda bem que ele insistiu. Ao longo de todo o meu processo, meus treinadores tiveram esse papel importante de me ajudar a seguir em frente. E agora vivo essa sensação única que não pude sentir no Rio em 2016”.

Cristiane Rosa, de Tóquio, no Japão – rededoesporte.gov.br