Primeiro dia de Universíade tem quebra de recorde brasileiro no levantamento de peso

O primeiro dia da 29ª Universíade de Verão, realizada na China Taipei, ou Taiwan, foi de quebra de recorde brasileiro no levantamento de peso com Luana Oliveira Madeira. Na natação, além da classificação em oito categorias, as mulheres chegam a uma final depois de jejum de 20 anos, com o revezamento 4 x 100m livre.

Nas primeiras provas do levantamento de peso, Luana, competindo pela categoria até 48kg, quebrou dois recordes brasileiros: arremesso e total, batendo suas próprias marcas. No Arremesso, a aluna-atleta mantinha a marca de 93 kg, superados com 94kg. No Total, ela passou de 169kg para 170kg. “Hoje tive a oportunidade de disputar com medalhistas mundiais e olímpicas, e devo isso ao meu treinador, que me fez acreditar que poderia conseguir. Espero, em 2020, estar novamente ao lado dessas meninas”, disse a atleta, que ficou com a quarta colocação. O ouro foi para a Coreia do Norte, seguida por República Dominicana e Indonésia.

Luana durante a prova da Universíade: recorde brasileiro. Foto: CBDU/Be Nice Films

Na estreia da natação, a seleção brasileira contou com oito classificações para as semifinais. O brilho da noite das piscinas ficou para o revezamento 4 x 100m livre feminino: depois de 20 anos elas chegaram à final em uma Universíade, com direito ao primeiro lugar na série e o terceiro na classificação geral, com tempo de 3min42s23. A medalha não veio, mas a equipe formada por Larrisa Oliveira, Manuella Lyrio, Daynara de Paula e Alessandra Marchioro, saiu com gosto de satisfação levando a quinta posição.

"Conseguimos melhorar nosso tempo em quase dois segundos com relação ao que fizemos pela manhã. Todas deram o seu máximo para brigar pela medalha"

Larissa Oliveira

“A gente faz uma avaliação muito positiva da prova de hoje. Conseguimos melhorar nosso tempo em quase dois segundos com relação ao que fizemos pela manhã. Todas deram o seu máximo para brigar pela medalha e, embora não tenha dado, a gente sai bem satisfeita”, disse Larissa.

No 4 x 100m masculino também deu disputa na final, mas o Brasil fechou o dia na sexta colocação. “Todo mundo deu o máximo, se entregou dentro da piscina e isso é uma coisa boa. Se não deu hoje, agora é descansar e amanhã vir aqui e tentar dar o melhor resultado novamente”, disse Pedro Spajari. Fizeram parte do revezamento os olímpicos Gabriel da Silva Santos e Henrique Martins, além de Leonardo Palma Alcover e Pedro Henrique Silva Spajari.

Na classificatória para os 50m borboleta, Henrique Martins e Guilherme Rosolen atingiram os tempos de 23s79 e 23s76, respectivamente. No feminino, Bruna Caroline Lemos e Daynara Lopes marcaram 26s78 e 26s91. Já nas semifinais, Henrique Martins se classificou com 23s61, a terceira melhor colocação. A  será nesta segunda (21.08). Fechando a noite das piscinas, nos 100m peito competiram pelas semifinais Raphael de Oliveira Rodrigues e Felipe Hidekazu Kage Monni, mas os atletas não se classificaram para as finais.

O dia também foi de emoção no judô, com duas disputas pelo bronze com atletas brasileiros nos tatames. Ruan Isquierdo, na categoria +100kg, perdeu para o ucraniano Andrii Kolesnyk. No feminino, categoria +78kg, Isadora Pereira de Sousa levou um Ippon da alemã Maike Ziech.

Revezamento feminino voltou a figurar entre os melhores do mundo na Universíade. Foto: CBDU/Be Nice Films

O Brasil na 29ª Universíade de Verão

A delegação brasileira na Universíade conta com 300 pessoas entre oficiais, técnicos, médicos e atletas. Dos 183 esportistas, 45% são bolsistas do Ministério do Esporte e disputam 14 modalidades: atletismo, badminton, esgrima, natação, saltos ornamentais, taekwondo, ginástica rítmica, wushu, judô, tênis, tênis de mesa, voleibol, futebol e levantamento de peso.

Para a viagem da delegação, o Ministério do Esporte empenhou mais de R$ 6,1 milhões, sendo que, desse total, R$ 2 milhões já foram repassados para a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A verba contempla desde passagens e hospedagens dos atletas e da comissão técnica até custos como taxas de inscrição, seguro de viagem, alimentação e uniformes.

A Universíade segue até 30 de agosto, com cerca de 7,7 mil alunos-atletas de 170 países, em competições de 21 modalidades. Além das 14 com participação brasileira, também há disputas de basquete, ginástica artística, polo aquático, tiro com arco, beisebol, golfe e patinação.

Leonardo Dalla, de Taipei - rededoesporte.gov.br