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Atletismo

23/11/2017 16h08

Atletismo

Atleta paulista leva três ouros nas Paralimpíadas Escolares

Thomáz Ruan foi o melhor nos 100m, 400m e salto em distância para atletas com amputação de braço

O paulista Thomáz Ruan de Moraes, de 16 anos, já subiu ao pódio três vezes nestes dois primeiros dias de Paralimpíadas Escolares, no CT Paralímpico, em São Paulo. O garoto foi ouro nos 100m, na quarta-feira, 22, e nos 400m e no salto em distância, nesta quinta-feira, na classe T47 (para amputados de braço abaixo do cotovelo). Este é o segundo ano seguido que ele participa do evento. “Meus resultados foram bons. Não foram os melhores, mas a média foi muito boa. Fiquei muito feliz, de verdade”, afirmou o atleta após ter completado as duas provas desta quinta-feira.

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Thomaz Ruan no salto em distância. Sonho agora é vaga nos Jogos de Inverno. Foto: Alexandre Urch/CPB/MPIX

Natural de Jundiaí, no interior de São Paulo, o garoto nasceu com uma má formação no membro superior esquerdo. Isso, porém, nunca foi empecilho para ele praticar esportes. “Desde criança sempre consegui me adaptar a todas as atividades. Sempre gostei de fazer esportes, aí quando conheci o paralímpico caiu como luva”, conta o jovem, que declara também ter como inspiração o paraibano Petrúcio Ferreira, campeão paralímpico e recordista mundial dos 100m e 200m nesta classe. “Petrúcio é o cara. Corre demais e ainda é humilde, já conversei com ele. Eu me inspiro bastante nele”.

Thomáz já havia se destacado nas Paralimpíadas Escolares de 2016, evento que o levou aos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em São Paulo, em março deste ano, e ao Mundial de Jovens de Atletismo, na Suíça, em agosto. No torneio continental, faturou o ouro nos 100m, enquanto que no Mundial da modalidade, ficou com a prata no salto em distância e nos 400m.

De olho em Pyeongchang

Agora, seu objetivo vai além das pistas. Ele mira os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018, que ocorrerão em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Na neve, Thomáz se aventura no esqui cross-country, e busca índice para garantir vaga na delegação brasileira que vai aos Jogos no próximo mês de março.

“Se fosse hoje a seleção, eu iria pelo índice que tenho. Só que a definição dos atletas sairá apenas em fevereiro, então estou no aguardo. Ainda temos três Copas do Mundo, no Canadá, Alemanha e Finlândia. Vou me dedicar bastante”, disse o atleta.

Competição

Cerca de 900 atletas de 26 Estados mais o Distrito Federal estão em ação nas Paralimpíadas Escolares. Dez modalidades compõem o programa da competição: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas.

Nas últimas duas edições das Paralimpíadas Escolares, o título ficou com o estado de São Paulo. Desde suas primeiras versões, o evento revela talentos do paradesporto brasileiro. Os velocistas Alan Fonteles e Petrúcio Ferreira, a saltadora Lorena Spoladore, o nadador Matheus Rheine e o atleta do goalball Leomon Moreno, todos eles medalhistas em Jogos Paralímpicos e Mundiais, são alguns dos nomes que despontaram na competição.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro