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Gestão do Legado
Parque Olímpico da Barra terá mais três projetos sociais esportivos
A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) vai lançar nesta quarta-feira (28.02), às 12h, na Arena 1 do Parque Olímpico da Barra (POB), três novos projetos sociais voltados para crianças e adolescentes de baixa renda. A iniciativa, em parceria com o Instituto Reação, Instituto Irmãos Nogueira, Team Águia Futevôlei e Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), do Ministério do Esporte; tem como objetivo atender cerca de 700 crianças, adolescentes e jovens de 6 a 21 anos com atividades esportivas. Na ocasião, os representantes dos projetos estarão presentes para assinatura do termo de cooperação.
“Com isso a gente inclui essas crianças e jovens no ambiente esportivo, o que é excelente para o desenvolvimento físico e mental delas. Além de agregar, é claro, outros aprendizados, como cidadania, disciplina, educação e saúde. É mais uma ação para tirá-los das ruas e, quem sabe, transformá-las em futuros atletas olímpicos”, destacou o presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello.
O Team Águia vai desenvolver o projeto ‘Águias no Esporte’, com aulas de futevôlei na nova quadra externa de areia, construída dentro do Parque com recursos de contrapartida obtidos pela AGLO. Idealizador do projeto e referência nacional na modalidade, Anderson Águia explica que “as atividades serão realizadas nas manhãs e tardes de terças e quintas-feiras, beneficiando cerca de 50 crianças e jovens, de 9 a 17 anos, de comunidades do entorno”. Ainda segundo ele, a quadra de areia será transformada em outras três para a realização das aulas que vão contar com bolas doadas pela marca Penalty; além de redes, cones, tartarugas e materiais esportivos em geral.
O Instituto Reação, por sua vez, entra com aulas de judô na Arena 2 nas tardes de segundas-feiras e quartas-feiras. A ideia é atender aproximadamente 120 crianças e adolescentes da rede de ensino público, utilizando o esporte como instrumento educacional e de transformação social, formando faixas pretas dentro e fora do tatame. Criador do instituto, Flávio Canto lembra a satisfação de retornar ao palco dos Jogos Rio 2016.
"Para nós do Reação é um privilégio montar uma base onde a Rafaela conquistou o ouro olímpico em 2016. Nossa ideia é começar pequeno e, se tudo for correndo bem, ir crescendo com o projeto e assim contribuir com o legado desse local tão importante para a história do Rio e do esporte brasileiro. Quem sabe no futuro uma nova Rafaela saia desse novo polo do Reação!", destacou o ex-judoca.
A SNELIS também aproveita a ocasião para ampliar o ‘Esporte e Cidadania para Todos’. A ideia é oferecer aulas de novas modalidades, como ciclismo e handebol no Velódromo e na Arena 2. O projeto já realiza aulas de futsal, basquete, vôlei, judô e jiu-jítsu no Parque, inclusive com material esportivo próprio, a exemplo de quimonos, bolas, redes, etc.
Segundo o secretário, Leandro Cruz, a previsão é de que as atividades esportivas ocorram nas manhãs e tardes de segunda-feira a sexta-feira e atendam cerca de 300 crianças, adolescentes e jovens de 6 a 21 anos, em estado de vulnerabilidade social das comunidades do entorno.
Já os Irmãos Nogueira vão dar aulas de Boxe, Jiu-Jitsu e MMA durante o contraturno escolar também na Arena 2. O projeto ‘Luta: escola da Vida’ deve atender aproximadamente 200 crianças e adolescentes moradoras de comunidades em vulnerabilidade social, matriculadas na rede municipal ou estadual de ensino. As aulas serão realizadas três vezes por semana e terão a duração de 1h20.
“Inaugurar nosso núcleo com recursos da Lei de Incentivo é uma iniciativa que já nasceu vencedora. Isso vai fortalecer o esporte, as artes marciais, o Rio de Janeiro e o tão esperado legado”, comemorou Rodrigo Minotauro, um dos responsáveis pelo projeto.
A ideia é instalar um octógono com medidas oficiais de 8x8m, um tatame com área de 120m² e uma área de sacos de pancada, com 10 sacos suspensos. O instituto ainda pretende oferecer as duas áreas para outras instituições, a fim de criar um ambiente integrado e completo no treinamento das lutas e artes marciais.
A equipe será composta por três instrutores de luta, um coordenador e um assistente pedagógico, responsáveis pela captação de alunos, implementação das atividades e controle e monitoramento dos indicadores.
Velódromo cultural
O presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello, vai aproveitar a assinatura do termo de cooperação para anunciar o projeto do espaço multiuso a ser construído dentro do Velódromo. A proposta, ainda em fase de elaboração, é oferecer para a população mais uma opção de lazer, entretenimento e aprendizado. “O esporte e a cultura podem e devem caminhar juntos. Isso é importante para a formação de qualquer cidadão, especialmente das nossas crianças e jovens”, defendeu Dias Mello.
O espaço deve ser reconhecido como uma área contemporânea de convivência e referência na valorização e democratização do acesso às mais variadas linguagens artísticas. Isso vai viabilizar uma ocupação mais perene do legado olímpico, na medida em que pode trazer um maior fluxo de pessoas para o Parque ao oferecer atividades como Teatro, Dança, palestras, reuniões, workshops, seminários, cursos, lançamentos de livros, shows musicais, apresentações audiovisuais e eventos culturais em geral.
“Um dos desafios da AGLO é fazer com que o Parque seja ocupado nos três turnos. A gente tem eventos esportivos e projetos sociais nas estruturas geridas pela autarquia, mas são agendas de curta duração. Uma área dessas vai permitir uma ocupação mais permanente por parte da população, criando assim um público diário mais cativo”, explicou Dias Mello. Ele destacou que crianças e jovens dos projetos sociais realizados nas estruturas sob responsabilidade da autarquia também poderão fazer aulas de área cultural, a exemplo do teatro.
Fonte: AGLO