Atletismo paralímpico
Parapan Lima 2019
Brasil fecha campanha do atletismo em Lima com 82 pódios e hegemonia na modalidade
Com incríveis 82 medalhas conquistadas, o Brasil encerrou sua participação no atletismo nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 nesta quarta-feira (28.08). Foram cinco dias de competições e a liderança do quadro de medalhas da modalidade. Com 33 ouros, 26 pratas e 23 bronzes, o Brasil foi o país mais vencedor em Lima, superando os Estados Unidos, que somaram 67 medalhas, sendo 26 ouros.
“Ouro todo dia, pódio o tempo todo e muitas finais”, resumiu Viviane Soares, que conquistou a última medalha para o país na modalidade em Lima: a prata no revezamento 4 x 100m universal, ao lado de Petrúcio Ferreira, Verônica Hipólito e Ariosvaldo “Parré” Silva. “Pista, campo, mulheres, homens, idades diferentes, estados diferentes, cidades diferentes, a gente está conquistando a América, conquistando o mundo. Isso aqui é Brasil”, definiu Verônica Hipólito, que conquistou três medalhas de prata em Lima.
Sessenta atletas representaram o país no atletismo do Parapan. Nada menos que 53 subiram ao pódio pelo menos uma vez. Entre os medalhistas, 48 (90,56%) são beneficiados pelo Programa Bolsa Atleta da Secretaria do Esporte do Ministério da Cidadania. O resultado do atletismo ajudou a manter o Brasil na liderança do quadro geral de medalhas do Parapan. Até a noite desta quarta-feira, o país somava 195 medalhas, com 75 ouros, 64 pratas e 56 bronzes. Os Estados Unidos vinham em segundo, com 137 medalhas, sendo 50 de ouro. E o México ocupava o terceiro lugar: 109 medalhas, 38 ouros.
Presente especial
Nesta quarta, o Brasil levou oito ouros, com direito a seis recordes parapan-americanos. Entre os campeões do dia, destaque para Alessandro Silva, que fez aniversário. “Estou fazendo 35 anos. E com a medalha de ouro, o bicampeonato parapan-americano no arremesso de peso, recorde parapan-americano, segunda medalha em Lima, então é especial. Agora é só comemorar e curtir. Quer dizer, em parte, né? Porque tem de voltar e treinar. O Mundial já está aí, daqui a dois meses. Queremos melhorar a marca e fazer cada vez melhor”, festejou o paulista, que bateu o recorde do torneio ao arremessar o peso a 13m17. Ele já tinha vencido a prova do lançamento de disco, classe F11, com a marca de 45m34, que também lhe valeu o recorde parapan-americano.
Outro recordista do dia foi o paraibano Petrúcio Ferreira. Ele venceu os 100m T47 ao correr a distância em 10s59. Em segundo, chegou o também brasileiro Yohansson Nascimento, com 11s03. Petrúcio, que também já tinha vencido os 400m T47, se despediu de Lima com a prata no revezamento 4 x 100m universal. “Muita gente não sabe o quanto é difícil estar aqui nessas competições. Veem a parte fácil, ganhando medalhas, mas não sabem a história que a gente passa, o suor que a gente derrama, o choro de cada dia. Cada treino é muito esforço para chegar nas competições. São muitas coisas que a gente gosta de fazer, mas tem que abrir mão por um sonho, por uma medalha, para representar nossa pátria”.
Recordes
Também nos 100m, mas na classe T12, Fabrício Barros fez 10s97 e quebrou o recorde parapan-americano. Os outros campeões e recordistas parapan-americanos do dia foram Wallace de Oliveira, que alcançou a marca de 11m08 no arremesso de peso classe F55; Vitor de Jesus, que fez 23s53 nos 200m T37; e Raissa Rocha Machado, que marcou 22m64 no lançamento de dardo F56. Jhulia Dias ficou com a medalha de ouro nos 400m T11 e Lucas Prado foi o campeão dos 100m T11.
Além do revezamento 4 x 100m universal, os brasileiros que ficaram com medalhas de prata nesta quarta foram Felipe Souza nos 100m T11, Yohansson Nascimento nos 100m T46, Jenifer Martins no salto em distância T36/37/38, Mateus Evangelista nos 200m T37, e Thalia Pereira no arremesso de disco F41.
As medalhas de bronze foram conquistadas por Ketyla Pereira, nos 400m T12, Sandro Varelo, no arremesso de peso F55, Poliana Souza no lançamento de dardo F54, e Francisco Lima no lançamento de dardo F64.
Mateus Baeta, de Lima, no Peru - rededoesporte.gov.br