Futebol
Copa 2018
Otimista, torcida brasileira na Rússia comemora saída da Alemanha e aposta em vitória contra o México
O fim da primeira fase da Copa do Mundo de 2018 aumentou a expectativa dos torcedores brasileiros que estão na Rússia para acompanhar a Seleção. A classificação garantida sem muito susto contra a Sérvia e a eliminação da Alemanha do Mundial encheram ainda mais de esperança o caminho para o hexacampeonato. Nem mesmo a definição do México como adversário das oitavas de final, país que vem se destacando na competição, afetou o otimismo verde e amarelo.
De acordo com a FIFA, México e Brasil já se enfrentaram 40 vezes em partidas oficiais, com ampla vantagem brasileira: 23 vitórias contra apenas dez triunfos mexicanos, além de sete empates. Em Copas do Mundo, o Brasil nunca foi derrotado: são três vitórias da Seleção e um empate.
- Vitória brasileira garantiu o sucesso da logística de viagem de Daniel (à direita) e seus amigos. Foto: Rafael Brais/rededoesporte.gov.br
Morador de São Paulo, o funcionário público Antônio Santos esteve na noite desta quinta-feira (27.06) acompanhando o Brasil no Spartak Stadium. Para ele, o time evoluiu, apesar de algumas estrelas estarem "devendo". "Ontem o jogo foi bom, estávamos lá, a defesa está bem postada, os dois laterais jogarem bem. Só estou esperando o Neymar jogar um pouco mais, porque ele está muito mole, muito parado. Tem que só movimentar mais", disse. "A expectativa é das melhores".
Para o engenheiro Yuri Santos, as chances do Brasil aumentaram também porque boas seleções já caíram. "O campeão voltou, mas essa Copa está muito estranha. Só Inglaterra e Bélgica despontaram, mas, mesmo assim, por estarem em grupo fracos", comentou. Para Santos, o sistema defensivo do Brasil é uma forte qualidade do time. "O que me dá mais segurança é que a defesa do Brasil está boa e o Alisson tem sido pouco acionado. Está bem sólida", completou.
Lucas e Daniel, que vieram à Rússia com um terceiro amigo para acompanhar a Seleção, comemoram bastante a primeira colocação brasileira na primeira fase, principalmente por questões logísticas. "Ficamos até aliviados porque estamos indo para Samara depois daqui. O Brasil tinha que passar em primeiro, tinha que ganhar para não complicar a nossa viagem. Até a questão de hospedagem, passagem aérea, ingressos, ia ser um contratempo muito grande", afirmou Daniel.
"O Brasil está jogando bem, está crescendo. Para mim é o favorito para ser o campeão. Não está se sobressaindo o individualismo dos jogadores, e sim de todo o grupo. Estão pegando mais entrosamento, mais química, melhorando com o passar dos jogos. O México tradicionalmente é um rival nosso, complica, nas Olimpíadas de 2012 perdemos para eles. É um time 'enjoado', mas, jogador por jogador, os nossos são bem melhores. Nosso time está bem balanceado entre defesa, meio campo e ataque. Acredito que vamos passar com uma certa facilidade", analisou o torcedor Daniel Rebouças.
Todo vestido nas cores da bandeira do Brasil, Lucas Façanha acredita que o Brasil está crescendo na hora certa. "Muitos times, como o próprio México, começaram com muita intensidade e a gente viu que no jogo passado cansou, principalmente no segundo tempo", disse. Para ele, o ataque veloz do Brasil tem muitas condições de atrapalhar a defesa mexicana, "que é lenta e um pouco velha, principalmente encabeçada pelo Rafa Marquez, que é muito experiente, mas que já não tem o mesmo vigor físico de antes", opinou.
- Vicente (à esquerda) e Marinei ficaram surpresos com a derrota da Alemanha. Foto: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br
Eliminação precoce
Ao mesmo tempo em que se alegraram com a classificação do Brasil, os torcedores comemoravam a desclassificação da Alemanha, última campeã do mundo e responsável pela maior goleada sofrida pelo Brasil em Mundiais. "Para a beleza da Copa é lamentável a Alemanha ter saído. Pelo espetáculo do futebol é o mesmo que a Itália não ter se classificado para o Mundial. Mas, para nós, saiu, vai logo embora. Foi bom eles terem saído", analisou o microempresário Vicente Emílio.
A funcionária pública Marinei Alves Lima acreditava que os alemães iriam chegar mais longe na Copa do Mundo. Quando perguntada se ela não gostaria de ter como adversário o time de Muller, Neuer e companhia, respondeu rapidamente. "E o medo?", disse. "Acho que em 2014 eles tiveram a chance deles. Eles não estão mais com o mesmo time. Agora é a vez do Brasil", comemorou.
Para Yuri Santos, como a Copa do Mundo é uma competição curta e muito vezes decidida em detalhes, quanto mais times favoritos ficarem pelo caminho, mais chances de a sexta estrela chegar para o Brasil. "Não dá para dar sopa para o azar", disse.
Pedro Ramos e Rafael Brais, de Moscou, na Rússia - rededoesporte.gov.br