Triatlo
Toronto 2015
No triatlo, Brasil fica fora do pódio masculino
O domingo (12.07) não foi de bons resultados para o triatlo masculino nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Se em 2011, em Guadalajara, o Brasil comemorou a medalha de ouro do paulista Reinaldo Colucci, desta vez o melhor resultado do país foi o 15º lugar do carioca Diogo Sclebin. Colucci cruzou a linha de chegada em 21º, seguido do companheiro de equipe Danilo Pimentel, em 22º.
O ouro ficou com o mexicano Crisanto Grajales, que terminou a prova com o tempo de 1h48min58s, que protagonizou uma chegada ombro a ombro com o norte-americano Kevin McDowell, superado por apenas um segundo (1h48min59). O bronze foi para o também mexicano Irving Perez (1h49min05). Com o resultado, Grajales carimbou a vaga para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
"Foi uma prova dura, muito forte", avaliou Sclebin. "Perdi o grupo logo no início da corrida e corri praticamente sozinho os 10km. Hoje não foi um dia bom para o Brasil no triatlo", lamentou o triatleta.
Apesar do resultado, o trio que competiu em Toronto confia que o Brasil tem todas as condições de colher bons resultados nos Jogos Olímpicos de 2016. Eles elogiaram o apoio que a modalidade tem recebido por parte do governo federal e ressaltaram que trabalham com todas as condições necessárias de estrutura para se preparar bem rumo ao desafio que terão em agosto do ano que vem no Rio de Janeiro. O triatlo conta hoje com 51 atletas contemplados com a Bolsa-Atleta e com uma atleta, Pâmella Nascimento de Oliveira, beneficiada pela Bolsa Pódio. Somados, os investimentos das duas bolsas chegam a quase R$ 1 milhão por ano.
"O apoio para o esporte de alto rendimento é imprescindível. Acho que o governo federal, o COB e o Ministério do Esporte têm feito sua parte. A gente vê a evolução de todas as modalidades no Pan e pós-Pan, na Olimpíada e pós-Olimpíada, e isso realmente só acontece com o trabalho estruturado", ressaltou Reinaldo Colucci. "Então, eu acredito que está tudo no caminho correto e que a gente vai colher frutos não só no Rio de Janeiro, mas também em 2020, 2024, porque o Brasil tem tudo para se tornar uma potência olímpica", continuou.
Em Toronto, Colucci declarou que se estivesse no auge de sua forma teria como brigar pelo bicampeonato no Pan. Entretanto, ele desembarcou no Canadá bem abaixo do que gostaria devido ao fato de estar voltando de uma cirurgia.
"Eu venho de uma cirurgia que eu fiz em novembro do ano passado no tendão de Aquiles direito. Eu sabia que não estava ainda no meu 100% da forma para correr. Nadar e pedalar eu sabia que estava bem, mas parar correr nessas condições seria difícil repetir o resultado de 2011 quando fui medalha de ouro. Mas cruzo a linha de chegada com a mesma felicidade e orgulho de saber que fiz o meu melhor. Em 2011 fui ouro e hoje infelizmente as coisas não saíram como eu sonhava. Mas em janeiro desse ano eu não estava nem podendo apoiar o pé no chão, ainda usando a bota, e hoje poder treinar e competir sem sentir dor é uma vitória", detalhou.
Evento-teste
Encerrado o desafio do Pan, os atletas do triatlo se preparam, agora, para um compromisso que tem uma importância crucial: o evento-teste para os Jogos Rio 2016, que será realizado nos dias 1 e 2 de agosto, no mesmo percurso em que os atletas competirão no ano que vem na capital fluminense.
Nesta semana, o grupo masculino e feminino que competiu em Toronto – Diogo Sclebin, Reinaldo Colucci, Danilo Pimentel, Pâmella Oliveira, Luisa Baptista e Beatriz Neres – realizará treinamentos especiais (de madrugada, para evitar o trânsito) para se adaptar ao percurso e se preparar para o evento-teste, que garantirá 1.000 pontos para o ranking olímpico aos campeões.
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Luiz Roberto Magalhães, de Toronto – brasil2016.gov.br