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Toronto 2015

22/07/2015 17h27

Toronto 2015

Seleção feminina de handebol passa sem problemas pelo Uruguai e vai à final do Pan

Na briga pelo pentacampeonato da competição, brasileiras enfrentam a Argentina, que eliminou o México na outra semifinal

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A Seleção Brasileira feminina de handebol carimbou, nesta quarta-feira (22.07), a vaga para a final dos Jogos Pan-Americanos de Toronto ao derrotar o Uruguai por 40 x 22. Com isso, a equipe liderada pelo técnico Morten Soubak, que em 2013 conquistou, na Sérvia, o título de campeã mundial e que venceu os últimos quatro Jogos Pan-Americanos (Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003, Rio de Janeiro 2007 e Guadalajara 2011), confirmou o favoritismo e chega à decisão de forma invicta.

A vitória sobre o Uruguai foi a quarta da Seleção no Pan, que não tem encontrado problemas, mesmo sem duas de suas principais jogadoras, Duda e Dara, que se recuperam de problemas físicos. A Seleção Brasileira feminina não perde no handebol do Pan desde 1995, quando foi derrotada pelos Estados Unidos. 

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Foto: Sergio Dutti/Exemplus/COB

Em Toronto, assim como aconteceu contra o Uruguai, os outros triunfos foram por placares elásticos, o que deixa claro a superioridade técnica das brasileiras. Na estreia, contra Porto Rico, o Brasil venceu por 38 x 21. Na sequência, o time atropelou o Canadá (48 x 12) e, depois, derrotou o México por 34 x 19. Com esse retrospecto, o time chega à final com um saldo positivo de 88 gols (foram 162 gols pró e 74 contra).

No primeiro tempo do jogo diante das uruguaias, o Brasil rapidamente abriu 3 x 0 e manteve a vantagem de três gols até o 6 x 3, quando passou a se distanciar no placar. A equipe chegou a ter nove gols de vantagem (17 x 8), mas, no final, o Uruguai marcou três vezes e os dois times foram para o vestiário com vitória parcial das brasileiras por 18 x 11.

No segundo tempo, a história não mudou. As campeãs mundiais prosseguiram ditando o ritmo do jogo. E, mesmo com a vantagem criada no primeiro tempo, as brasileiras apertaram a marcação e não deram chances às adversárias, vencendo por 18 gols de diferença. O rival do Brasil será a Argentina, que superou o México na outra semifinal por 27 x 16. A final será na sexta-feira (24.07), às 21h.

Boa pontaria

Artilheira da partida, com oito gols, Fernanda Silva comemorou a pontaria certeira. “É bom, né? Saber que seu número de efetividade está indo bem é sempre gostoso e é um reconhecimento do trabalho”, declarou. Ela frisa, no entanto, que a caminhada tranquila rumo à decisão não ilude a equipe do Brasil, que não espera moleza na disputa pelo ouro. “Acho que estamos em um nível um pouquinho acima, mas elas vêm melhorando muito. O handebol vem melhorando muito na América, tanto que tivemos algumas dificuldades e, se você for ver em Guadalajara (2011), o placar dos jogos foi muito mais elástico. Mas acho que, se fizermos tudo corretamente, não vamos ter dificuldade”.

Para o técnico Morten Soubak, os Jogos Pan-Americanos de Toronto são uma importante fase da preparação do Brasil para seu principal desafio do ano, o Campeonato Mundial, que será disputado entre 5 e 20 de dezembro, na Dinamarca. A Seleção Brasileira está na Chave C e encara, na primeira fase, a Alemanha, a Argentina, o Congo, a Coreia do Sul e a França.

Ele garante que o desnível técnico do Pan em nada afeta a postura do time em quadra e que não há a menor chance de o Brasil relaxar por conta disso. “Temos que cobrar, porque existem elementos técnicos e táticos que têm que ser cobrados o jogo inteiro, independentemente do que está no placar”, disse Morten, que acredita que o Brasil pode esperar um jogo mais equilibrado na decisão.

“Tenho o maior respeito tanto pelo México quanto pela Argentina e já tivemos uma história com a Argentina e elas estão se matando para ganhar da gente. Eles têm um time muito bem organizado, que vamos tratar com o maior respeito. Depois da derrota contra Cuba (27 x 25) aqui, eles se recuperaram e agora têm chances de chegar à final. O importante é que eu não penso no placar e, sim, em como é que vamos ganhar o próximo jogo, independentemente de ser México ou Argentina”.

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Foto: Sergio Dutti/Exemplus/COB

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br