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No evento-teste de rúgbi, Brasil busca manter hegemonia sul-americana
Além de propiciar o primeiro contato das jogadoras da seleção brasileira feminina de rúgbi com o Estádio de Deodoro, palco do esporte nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o evento-teste da modalidade, que será disputado neste fim de semana, tem outro significado fundamental para as jogadoras. Com oito seleções da América do Sul envolvidas, a competição servirá também como Campeonato Sul-Americano, no qual o Brasil defende uma hegemonia invejável.
Ao todo, são 10 títulos invictos e consecutivos para as Tupis, como são chamadas as jogadoras brasileiras. No Estádio de Deodoro, elas vão atrás do 11º, com o bônus de poder pisar no gramado olímpico pela primeira vez já no ano dos Jogos.
“Apesar de ser um evento-teste, para a gente tem um significado grande por ser o Sul-Americano. Somos 10 vezes campeãs e vamos atrás de mais um título”, comentou Paula Ishibashi, capitã das Tupis. “Está todo mundo na expectativa. Estamos loucas para entrar logo em campo”, revelou a jogadora.
Apesar do retrospecto imensamente favorável, as brasileiras querem mostrar que não estão acomodadas com a situação. “O Sul-Americano é sempre importante. Os outros países estão crescendo muito, mas queremos mostrar que continuamos evoluindo”, disse Julia Sardá, admitindo a ansiedade por atuar no Estádio de Deodoro. “Sentir o gostinho da Olimpíada nos dá ainda mais motivação.”
Neste sábado (04.03), as equipes disputam a fase de grupos do Sul-Americano. O Brasil está no Grupo A, ao lado de Venezuela, Uruguai e Peru. O Grupo B conta com Colômbia, Argentina, Chile e Paraguai. A primeira partida das brasileiras será contra as peruanas, às 10h. A equipe verde e amarela volta ao campo às 12h30 para enfrentar as uruguaias e encerra sua participação no primeiro dia do torneio contra as venezuelanas, às 16h30. A fase final do Sul-Americano será disputada toda no domingo (05.03), das 10h às 17h30.
Foco no campo de jogo
Para o Comitê Rio 2016, o principal ponto a ser testado durante os dois dias de competição do Campeonato Sul-Americano é justamente o campo de jogo. O fato de o Estádio de Deodoro ser uma instalação temporária e não estar 100% concluída ainda, segundo Agberto Guimarães, diretor executivo de esportes do Rio 2016, não muda os procedimentos adotados pelo comitê.
“A gente usa a mesma fórmula dos outros eventos. Testar o campo de jogo é importantíssimo para a gente, saber se está em condições ideais e o que precisa ser melhorado”, explicou Guimarães, citando outros pontos de atenção na instalação. “A operação de esportes, o gerenciamento da instalação e a parte de cronometragem e sistema de resultados. É o princípio básico de cada uma das nossas operações em eventos-teste”, acrescentou.
Vagner Vargas, brasil2016.gov.br