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10/08/2019 16h49

Lima 2019

No dia em que país iguala recorde de 27 medalhas num só dia do Pan, Brasil supera marca de 150 bolsistas no pódio

Delegação conquistou dez ouros, em modalidades como atletismo, BMX, natação, hipismo, vela e judô. Campanha supera Toronto (2015) em ouros e passa a de Guadalajara em medalhas

Jogos Pan-Americanos Lima 2019

A sexta-feira, 09.08, já entrou para a história dos Jogos Pan-Americanos como uma das jornadas mais vitoriosas da delegação nacional na história do megaevento continental. Os atletas brasileiros conquistaram 27 medalhas em um só dia, marca que iguala o feito registrado em 2007, no Pan do Rio de Janeiro.

Etiene Medeiros venceu os 50m livre. Um dos dez ouros do Brasil na sexta-feira. Foto: Wander Roberto/COB
Mesmo faltando dois dias para o fim da competição, Brasil já superou em ouros a campanha de Toronto, em 2015 (lá foram 42) e passou da quantidade total de Guadalajara, 2011 (141)

Ao todo, o Brasil chegou à contagem de 142 medalhas conquistadas (46 ouros, 37 pratas e 59 bronzes), em segundo lugar no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos. Desse total, 82,3% (117) tiveram a participação de integrantes do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Dessas 117 medalhas, 99 foram conquistadas diretamente por bolsistas e outras 18, em modalidades de perfil coletivo, tiveram participação de contemplados com o patrocínio estatal.

Os bolsistas estão presentes nas conquistas de medalhas em 31 modalidades das 38 em que atletas do Brasil subiram ao pódio. O número total de atletas nacionais que subiram ao pódio é de 214. Desses, 151 são bolsistas. A "Nação Bolsa Atleta" estaria em terceiro no quadro de medalhas, atrás apenas de Estados Unidos e Brasil, com 37 ouros, 31 pratas e 49 bronzes.

Mesmo faltando dois dias para o fim da competição, o Brasil já superou qualitativamente a campanha de Toronto, em 2015. Nos Jogos do Canadá, o país somou 42 ouros, 39 pratas e 60 bronzes, totalizando 141 medalhas. A campanha também já é quantitativamente melhor que a de Guadalajara, em 2011 (lá foram 141 medalhas, sendo 48 ouros, 34 pratas e 59 bronzes).

Como a competição ainda reserva provas em modalidades com grande potencial de medalhas, como judô, caratê, basquete feminino, vôlei feminino, vela, tiro com arco, tênis de mesa, atletismo e natação, a tendência é que o Brasil supere também a campanha registrada no México, em 2011.

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'Nação Bolsa Atleta' se consolida na terceira posição do quadro de medalhas

Porteira aberta

As primeiras medalhas vieram cedo, no remo. A partir daí, veio a chuva de medalhas, que teve passagens pelo ciclismo BMX Racing, pela vela, nas classes RS:X feminina, 49er, Laser e Nacra 17. No meio do dia vieram as medalhas do karatê, do Wrestling, com Aline Silva e Laís Nunes, e também o festejado ouro individual no hipismo saltos, com Marlon Zanotelli, que já havia sido campeão por equipes em Lima.

A parte da noite foi a mais recheada de medalhas. Rafaela Silva brilhou como sempre no judô, fechando a tríade de ouro: Pan, Mundial e Jogos Olímpicos. Depois foi a vez do atletismo, com três medalhas de ouro.

No fim da noite, o destaque, como já vem sendo hábito, foi para a modalidade que está dando mais medalhas ao país em Lima: a natação. Foram mais seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze.

Mais de 26,5 mil atletas

O Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio individual e direto a atletas do mundo. Desde 2005, já foram concedidas mais de 63,3 mil bolsas para 26,5 mil esportistas de todo o país. O investimento supera a marca de R$ 1,1 bilhão no período.

Atualmente, estão contemplados 6.199 esportistas com bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, nas categorias Olímpica/Paralímpica, Internacional, Nacional, Atleta de Base e Estudantil. São 4.873 atletas de modalidades olímpicas e 1.326 de modalidades paralímpicas. O investimento soma R$ 84,5 milhões no ano, sendo R$ 18,3 milhões nos atletas paralímpicos.

Categoria Pódio

A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta. Nessa faixa, são apoiados atletas entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica. O investimento supera R$ 35,5 milhões ao ano, sendo R$ 20,4 milhões nos atletas paralímpicos. Atualmente, há 277 contemplados, com 130 atletas de modalidades olímpicas e 147 atletas de modalidades paralímpicas. No dia 15 de julho, foi lançado o último edital do Bolsa Pódio para o ciclo dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O prazo de envio das indicações vai até 22 de outubro.

Ciência e políticas públicas

O desempenho dos atletas brasileiros é acompanhado em tempo real por pesquisadores do Projeto Inteligência Esportiva (IE), com objetivo de avaliar a participação do Brasil na competição, bem como levantar dados que possam subsidiar o acompanhamento e a implementação de políticas públicas.

O projeto IE é uma ação conjunta entre o Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania. Criado em 2013, tem objetivo de produzir, aglutinar, sistematizar, analisar e difundir informações sobre o esporte de alto rendimento no Brasil e analisar as políticas públicas para o esporte de alto rendimento.

Rededoesporte.gov.br, com informações do Comitê Olímpico do Brasil