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Lima 2019
No dia em que país iguala recorde de 27 medalhas num só dia do Pan, Brasil supera marca de 150 bolsistas no pódio
A sexta-feira, 09.08, já entrou para a história dos Jogos Pan-Americanos como uma das jornadas mais vitoriosas da delegação nacional na história do megaevento continental. Os atletas brasileiros conquistaram 27 medalhas em um só dia, marca que iguala o feito registrado em 2007, no Pan do Rio de Janeiro.
Mesmo faltando dois dias para o fim da competição, Brasil já superou em ouros a campanha de Toronto, em 2015 (lá foram 42) e passou da quantidade total de Guadalajara, 2011 (141)
Ao todo, o Brasil chegou à contagem de 142 medalhas conquistadas (46 ouros, 37 pratas e 59 bronzes), em segundo lugar no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos. Desse total, 82,3% (117) tiveram a participação de integrantes do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Dessas 117 medalhas, 99 foram conquistadas diretamente por bolsistas e outras 18, em modalidades de perfil coletivo, tiveram participação de contemplados com o patrocínio estatal.
Os bolsistas estão presentes nas conquistas de medalhas em 31 modalidades das 38 em que atletas do Brasil subiram ao pódio. O número total de atletas nacionais que subiram ao pódio é de 214. Desses, 151 são bolsistas. A "Nação Bolsa Atleta" estaria em terceiro no quadro de medalhas, atrás apenas de Estados Unidos e Brasil, com 37 ouros, 31 pratas e 49 bronzes.
Mesmo faltando dois dias para o fim da competição, o Brasil já superou qualitativamente a campanha de Toronto, em 2015. Nos Jogos do Canadá, o país somou 42 ouros, 39 pratas e 60 bronzes, totalizando 141 medalhas. A campanha também já é quantitativamente melhor que a de Guadalajara, em 2011 (lá foram 141 medalhas, sendo 48 ouros, 34 pratas e 59 bronzes).
Como a competição ainda reserva provas em modalidades com grande potencial de medalhas, como judô, caratê, basquete feminino, vôlei feminino, vela, tiro com arco, tênis de mesa, atletismo e natação, a tendência é que o Brasil supere também a campanha registrada no México, em 2011.
Porteira aberta
As primeiras medalhas vieram cedo, no remo. A partir daí, veio a chuva de medalhas, que teve passagens pelo ciclismo BMX Racing, pela vela, nas classes RS:X feminina, 49er, Laser e Nacra 17. No meio do dia vieram as medalhas do karatê, do Wrestling, com Aline Silva e Laís Nunes, e também o festejado ouro individual no hipismo saltos, com Marlon Zanotelli, que já havia sido campeão por equipes em Lima.
A parte da noite foi a mais recheada de medalhas. Rafaela Silva brilhou como sempre no judô, fechando a tríade de ouro: Pan, Mundial e Jogos Olímpicos. Depois foi a vez do atletismo, com três medalhas de ouro.
No fim da noite, o destaque, como já vem sendo hábito, foi para a modalidade que está dando mais medalhas ao país em Lima: a natação. Foram mais seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze.
Mais de 26,5 mil atletas
O Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio individual e direto a atletas do mundo. Desde 2005, já foram concedidas mais de 63,3 mil bolsas para 26,5 mil esportistas de todo o país. O investimento supera a marca de R$ 1,1 bilhão no período.
Atualmente, estão contemplados 6.199 esportistas com bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, nas categorias Olímpica/Paralímpica, Internacional, Nacional, Atleta de Base e Estudantil. São 4.873 atletas de modalidades olímpicas e 1.326 de modalidades paralímpicas. O investimento soma R$ 84,5 milhões no ano, sendo R$ 18,3 milhões nos atletas paralímpicos.
Categoria Pódio
A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta. Nessa faixa, são apoiados atletas entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica. O investimento supera R$ 35,5 milhões ao ano, sendo R$ 20,4 milhões nos atletas paralímpicos. Atualmente, há 277 contemplados, com 130 atletas de modalidades olímpicas e 147 atletas de modalidades paralímpicas. No dia 15 de julho, foi lançado o último edital do Bolsa Pódio para o ciclo dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O prazo de envio das indicações vai até 22 de outubro.
Ciência e políticas públicas
O desempenho dos atletas brasileiros é acompanhado em tempo real por pesquisadores do Projeto Inteligência Esportiva (IE), com objetivo de avaliar a participação do Brasil na competição, bem como levantar dados que possam subsidiar o acompanhamento e a implementação de políticas públicas.
O projeto IE é uma ação conjunta entre o Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania. Criado em 2013, tem objetivo de produzir, aglutinar, sistematizar, analisar e difundir informações sobre o esporte de alto rendimento no Brasil e analisar as políticas públicas para o esporte de alto rendimento.
Rededoesporte.gov.br, com informações do Comitê Olímpico do Brasil