Judô
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No Centro Pan-Americano, Seleção recebe quimono oficial e entra no clima dos Jogos
Foram quatro anos de treinamentos, ippons, derrotas e vitórias até o momento simbólico desta quinta-feira (14.7). No tatame central do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, os 14 judocas da Seleção Brasileira que disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016 formaram duas filas – uma de frente para outra – para receber o quimono oficial que será utilizado no Rio de Janeiro, em agosto.
Feitos a mão e sob medida, o quimono conta com etiquetas personalizadas com o nome do atleta e a bandeira nacional no peito. “É emocionante receber esse quimono. É uma parte da minha história que está sendo construída até chegar à medalha olímpica, que é o meu sonho. Ter o quimono olímpico em mãos é uma motivação a mais, pois será a minha armadura para fazer bonito”, expressou Rafael Buzacarini (100kg), que ao receber o uniforme arriscou uma sambadinha em comemoração.
A entrega dos quimonos marcou o início oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para os judocas, como explica o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley. “É um momento simbólico. Ao entregar o quimono, que é a veste deles para as lutas, estamos simbolicamente saindo de cena e eles estão assumindo o protagonismo olímpico mais do que nunca”.
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretario Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô nos Jogos de Barcelona 1992, participaram da cerimônia no Centro Pan-Americano de Judô. Picciani aproveitou para conhecer a instalação e incentivar os judocas brasileiros.
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“Em nome do governo brasileiro, estou aqui para parabenizar vocês. É um orgulho ter vocês representando o nosso país nos Jogos Olímpicos. Queria agradecer a cada um pelo esforço e desejar muito sucesso nas Olimpíadas. Vivemos um momento em que precisamos de bons exemplos de superação, de determinação e de compromisso. Cada um de vocês representa bem isso”, disse o ministro.
Picciani aproveitou para reafirmar o compromisso de manter os investimentos para o desenvolvimento do esporte nacional. “Queremos manter os compromissos e programas como algo perene. Nós vamos encerrar este ciclo olímpico e iniciar com força total a preparação para o próximo, para os Jogos de Tóquio, que para o judô tem um significado muito importante”, ressaltou.
Último treinamento
Esta é a última passagem da Seleção Brasileira masculina e feminina no Centro Pan-Americano de Judô antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em Lauro de Freitas, cada um dos 14 judocas do time olímpico conta com quatro atletas de apoio, que têm a função de “representar” os diferentes perfis de adversários que os brasileiros irão enfrentar no tatame olímpico.
Nesta fase final, o olhar dos técnicos está voltado exclusivamente para os atletas, de modo a corrigir possíveis erros. Os atletas de apoio são representantes da base, das Seleções sub-23 e da categoria sênior. O medalhista olímpico Felipe Kitadai, bronze em Londres 2012, e a campeã mundial de 2013 Rafaela Silva sabem bem como funciona esse sistema, já que foram apoios durante a fase de preparação para os Jogos de Pequim 2008. Em Londres 2012, Alex Pombo participou da fase de treinamento com os judocas que representaram o país na edição dos Jogos na Inglaterra.
Outro diferencial do treinamento na Bahia é o trabalho de estratégia, que está auxiliando os treinadores. “Nessa preparação no ciclo olímpicos foram cumpridas todas as metas previstas em relação à preparação e a oferecer tudo o que é necessário para a nossa seleção estar bem. Eles têm consciência disso. Esse treinamento é um até logo para a nossa casa. Depois, eles seguem para a cidade olímpica para a concentração”, finalizou o presidente da CBJ.
Casa do Judô
Inaugurado em 2014, o CPJ é o maior centro de treinamento de judô das Américas e um dos maiores do mundo na modalidade. Integrante da Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada em todo o país pelo governo federal, a estrutura contou com investimento de R$ 43,2 milhões: R$ 19,8 milhões da União; R$ 18,3 milhões do Estado da Bahia, e R$ 5,1 milhões da Confederação Brasileira de Judô (projeto executivo e compra de materiais e mobiliário).
O Centro conta com ginásio climatizado para treinamentos e competições, alojamentos, auditório, academia, restaurante, piscina, salas de apoio e arquibancada para 1.900 lugares. Além disso, a Confederação contará com apoio do Ministério do Esporte para contratação das equipes técnicas e compra de outros equipamentos esportivos e mobiliário.
Veja galeria de fotos:
Breno Barros, de Lauro de Freitas (BA) – Ministério do Esporte