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Geral

28/07/2019 00h32

LIMA 2019

Mesmo com Jade poupada, equipe feminina de ginástica artística é bronze no Pan

Brasil soma 158.550 pontos e ainda garante vaga nas finais de três aparelhos e do individual geral. Estados Unidos foi ouro e o Canadá, prata

Jogos Pan-Americanos Lima 2019

Quatro anos se passaram, mas assim como nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, o Brasil conseguiu, neste sábado (27.07), em Lima, subir ao pódio por equipes da ginástica artística feminina com o bronze, novamente atrás dos Estados Unidos e do Canadá. Desta vez, a conquista da medalha foi temperada pela tensão com o corte de última hora de Jade Barbosa, lesionada na quarta-feira (24) e preservada pela comissão técnica para o Mundial de outubro, na Alemanha. Assim, não havia margem para erros.

Equipe feminina brasileira com o bronze conquistado em Lima. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Na disputa por equipes, competem quatro atletas por aparelho, sendo descartada a pior nota. Sem Jade, e com Lorrane Oliveira competindo apenas nas assimétricas, o Brasil foi para o salto, a trave e o solo apenas com Flávia Saraiva, Carolyne Pedro e Thaís Fidélis, sem nenhuma nota para descartar. Além disso, o elenco estava na última subdivisão do dia.

"O resultado foi muito bom, a gente treinou muito. Tivemos muitos altos e baixos, mas a equipe conseguiu se superar"
Flávia Saraiva

"É difícil competir no último rodízio porque você espera muito tempo durante o dia, e no Mundial a gente vai fazer exatamente do mesmo jeito. Então foi bom porque foi um treinamento. Eu, que estava mais de fora, na hora de arrumar no quarto, vi as meninas bem ansiosas", contou Jade, que durante toda a competição esteve ao lado do time, dando apoio às demais.

O Brasil inaugurou as disputas pelo salto. A estreante Carolyne Pedro foi a primeira e somou 13.450, seguida por Thaís (13.550), também novata no Pan, e Flávia (14.500). Na segunda rotação, a equipe seguiu para as assimétricas, único aparelho em que seriam quatro representantes. Thaís fez 12.950, Lorrane somou 14.000 e Carolyne obteve 13.150. Os 12.800 de Flávia Saraiva foram descartados.

Já na trave para a terceira rotação, Thaís (12.200) e Flávia (12.900) sofreram quedas. Carolyne também teve uma nota mais baixa e somou apenas 11.950. Restava o solo para recuperar pontos importantes e chegar ao pódio. Mais uma vez, Carolyne foi a primeira a se apresentar. Conseguiu 12.800 pontos, seguida por Thaís (13.300) e Flávia (13.800). Ao término das quatro rotações, os 158.550 pontos garantiram o bronze ao país, atrás dos Estados Unidos (171.000) e do Canadá (160.600).

"A gente está muito feliz. O resultado foi muito bom, a gente treinou muito. Tivemos muitos altos e baixos, mas a equipe conseguiu se superar", analisou Flavinha. "Depois dessa competição, acho que saímos mais fortes. A gente sabe que poderia ter feito coisas melhores, mas foi incrível. Se nessa situação tiramos essas notas, imagina com dois meses para o Mundial", apontou Jade. A competição em Stuttgart valerá vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Ginástica artística - Jogos Pan-Americanos Lima 2019

Meio técnica, meio mãe

No posto de veterana do grupo e sem poder contribuir diretamente na competição, Jade Barbosa ficou ao lado das colegas ajudando no que era possível: arrastou colchão, preparou as assimétricas, incentivou e, também, distribuiu broncas.

"Às vezes sou um pouco dura com as meninas. Eu tento lembrar do que é importante. Aprendi isso com as meninas mais velhas, de quem sinto muita falta. Daiane, Dani e Laís foram muito especiais dentro da equipe para mim e fizeram isso por mim. Funcionou bem, então tento fazer isso pelas meninas também", contou Jade.

Mesmo puxando a orelha das mais novas, Jade recebia abraços a cada apresentação. "É igual mãe, sabe? Briga, briga, briga, mas a gente vai lá e dá um abraço", brincou Flavinha. "Mesmo ela não competindo, conseguiu ajudar bastante a gente, com palavras positivas, ajudando a manter o foco", disse Lorrane.

Além do bronze por equipes, o Brasil se garantiu ainda nas finais do individual geral (Flávia e Thaís), das assimétricas (Lorrane e Carolyne), da trave (Flávia) e do solo (Flávia e Thaís). Para as atletas, o pior já passou. "O primeiro dia é o mais difícil. Ficamos muito mais nervosas e ansiosas. Quando passa o primeiro dia, é mais tranquilo", opinou Lorrane. Neste domingo (28) será a vez da disputa por equipes masculina, a partir das 18h30 (horário de Brasília).

Programação

28.07
18h30 – Disputa por equipes (masculino)

29.07
15h – Final do individual geral (feminino)
20h – Final do individual geral (masculino)

30.07
15h – Final por aparelho – solo (masculino)
15h40 – Final por aparelho – salto (feminino)
15h40 – Final por aparelho – cavalo com alças (masculino)
17h10 – Final por aparelho – assimétricas (feminino)
18h – Final por aparelho – argolas (masculino)

31.07
15h – Final por aparelho – trave (feminino)
15h – Final por aparelho – salto (masculino)
16h20 – Final por aparelho – solo (feminino)
16h20 – Final por aparelho – paralelas (masculino)
17h10 – Final por aparelho – barra fixa (masculino)

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Ana Cláudia Felizola, de Lima, no Peru – rededoesporte.gov.br