Marcus D’Almeida cai nas oitavas e se despede de Tóquio após fazer história

Marcus D'Almeida fez história ao avançar para as oitavas de final do tiro com arco, mas não resistiu ao difícil combate com o italiano Mauro Nespoli, que tem duas medalhas olímpica na modalidade por equipe. A disputa entre os dois, na noite de sexta-feira (em Brasília) terminou em 6 a 0 para o italiano.

Foto: Julio Cesar Guimarães/COB

"Eu sei que é histórico, que eu estou entre os nove do mundo, mas eu sei que eu posso mais. Não entrou. Eu não fiz entrar. Consegui avançar dois combates em relação ao Rio 2016. Acabei caindo nas oitavas e agora é agradecer a todo mundo que me apoia, que está começando a conhecer o tiro com arco", disse Marcus.

O medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 se tornou o primeiro brasileiro a atingir as oitavas de final olímpica do tiro com arco.

"O meu adversário tem bastante experiência, se foi isso que me faltou contra ele, espero que em Paris 2024 não falte. São mais três anos até lá. Eu estou me doando por inteiro para o tiro com arco e não tem adversário fácil em Jogos Olímpicos. O favorito já saiu da disputa. Nesse esporte o alvo é só um espelho do atleta", afirmou o brasileiro, que já mira em Paris 2024.

Com o fim da participação de Marcus, o tiro com arco do Brasil se despede de Tóquio. Ane Marcelle, dona da melhor colocação feminina do país em Jogos Olímpicos na modalidade, teve seu último combate na quinta-feira. A brasileira, que atingiu a vaga inédita às oitavas de final do Rio 2016, não conseguiu repetir o feito e caiu para a sul-coreana San Na, por 7 a 1.

Investimentos federais

No ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 5,68 milhões no tiro com arco por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 332 bolsas em todas as categorias para as atletas da modalidade. Nas Olimpíadas do Japão, os dois arqueiros convocados são contemplados pelo programa.

Fonte: COB