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Bolsa Atleta
Lista com 6.248 contemplados pelo Bolsa Atleta é publicada no Diário Oficial
Foi publicada nesta segunda-feira (30.12) no Diário Oficial da União a lista dos contemplados pelo programa Bolsa Atleta no edital nº2/2019. Serão patrocinados neste ciclo 6.248 atletas de todo o país que integram os programas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O investimento total será da ordem de R$ 84,2 milhões.
Dos contemplados neste edital, 4.248 são de modalidades olímpicas e 1.134 de modalidades paralímpicas. Do total, 3.517 são homens e 2.731, mulheres. Cinco categorias estão incluídas na lista e a que mais tem representantes é a Nacional, com 4.286 atletas. Na sequência, aparecem a Internacional (949), a Estudantil (383), a Olímpica/Paralímpica (340) e de Base (290).
"Com esse edital foi possível atender uma boa quantidade de atletas, fruto do esforço do governo Jair Bolsonaro para recompor o Bolsa Atleta. Creio que cumprimos a nossa parte e fechamos o ano com chave de ouro. Esse edital dá uma tranquilidade maior para os nossos atletas, que estão na reta final de preparação para os Jogos de Tóquio 2020, embora o Bolsa Atleta tenha atingido todas as cinco categorias: a da Base, o Estudantil, o Nacional, o Internacional e o Olímpico/Paralímpico", afirmou o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil.
Entre os contemplados estão diversos atletas de destaque, como a judoca piauiense Sarah Menezes, 29 anos, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. "O Bolsa atleta é importante para ajudar nos treinamentos. Tem muitos atletas que usam esse benefício para complementar alimentação, material melhor para a prática esportiva e custeio de viagens. Então esse apoio dá um conforto importante. Eu recebi pela primeira vez aos 15 anos e me ajuda até hoje", conta Sarah.
» A lista do edital pode ser conferida no Diário Oficial da União
O goiano Iranildo Espíndola, do tênis de mesa paralímpico, medalha de bronze por equipe (classes 1 e 2) nos Jogos Rio 2016, também teve seu nome entre os contemplados. Aos 51 anos, o mesatenista, bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, ressalta que o Bolsa Atleta foi determinante para que ele alcançasse o sucesso que obteve na carreira.
"Eu recebo a Bolsa Atleta desde o início e com certeza sem esse apoio eu não estaria no esporte até hoje. Foi fundamental na questão de treinamento, de aquisição de material e sem isso eu jamais teria chegado onde cheguei. A gente até comenta nos bastidores a importância de fazer a renovação todo ano. A renovação dessa bolsa é importantíssima. Se essa renovação não fosse feita anualmente eu não teria condição de me manter em São Paulo, onde vivo e treino hoje", diz Iranildo.
"Eu recebo a Bolsa Atleta desde o início e com certeza sem esse apoio eu não estaria no esporte até hoje. Foi fundamental na questão de treinamento, aquisição de material. Sem isso jamais teria chegado onde cheguei. A renovação é importantíssima. Sem ela, não teria condição de me manter em São Paulo, onde vivo e treino hoje"
Iranildo Espíndola, bronze por equipes do tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
"Estamos na reta final da classificação para tentar uma vaga para Tóquio 2020. Se conseguir me classificar, será minha quinta Paralimpíada. Essa renovação me dá uma tranquilidade para focar 100% na conquista da vaga", continua o mesatenista.
O atletismo é a modalidade com o maior número de contemplados: 862. Depois, aparecem a natação (483), o handebol (316), o tiro esportivo (299) e o tênis de mesa (256). Todos os quatro esportes recém-incluídos no programa dos Jogos Olímpicos também contam com bolsistas: caratê (140), escalada (16), surfe (11) e skate (8). O mesmo ocorre com as modalidades recém-incluídas no programa dos Jogos Paralímpicos: parabadminton (38) e taekwondo (3).
A média de idade dos atletas contemplados é de 24 anos. Nos extremos da lista estão a mesatenista Giulia Takahashi, 14 anos, campeã dos Jogos Escolares Brasileiros e Sul-Americanos, que recebe a categoria Internacional; e José Augusto Pacheco, 75 anos, atletas do tiro esportivo, que recebe a bolsa Nacional pelo terceiro lugar conquistado na prova de carabina deitada do Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo Sênior por equipes.
"Ano que vem será o meu primeiro ano com a Bolsa Atleta. Estou muito feliz por isso. Irá me ajudar muito nos treinamentos, custos com materiais e viagens. Acho importante esse benefício para os atletas que estão tentando chegar no alto nível. Quero agradecer ao Ministério da Cidadania e vou dar meu máximo para obter ótimos resultados", afirma Giulia Takahashi.
No atletismo, Paulo André vai receber o benefício na categoria internacional. O ano de 2019 foi único na carreira do velocista. Durante a temporada, o jovem de 20 anos conquistou um resultado histórico, quando integrou a equipe que brilhou no Mundial de Revezamento, em Yokohama, no Japão, com ouro no 4 x 100m. Paulo André faturou ainda a medalha de ouro no revezamento 4 x 100m e a prata nos 100m durante os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Durante a Universíade, as Olimpíadas Universitárias disputadas em Nápoles, na Itália, o paulista conquistou as medalhas de ouro nos 100m e 200m.
"Essa ajuda é realmente importante. Os recursos me ajudam no transporte, na alimentação, na fisiologia e na fisioterapia. Tudo isso é necessário para o esporte de alto rendimento. Sem falar que tenho de estar em forma em 2020, pois não podemos falhar em nenhum desses itens. Vou usar essa verba na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020", disse Paulo André.
A força do programa
O Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio direto ao atleta do mundo e apresenta resultados fundamentais para o esporte brasileiro. Desde a criação, em 2005, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas, para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera a marca de R$ 1,2 bilhão.
A importância do Bolsa Atleta pode ser medida nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.
Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
No ciclo para os Jogos de Tóquio 2020 a força do Bolsa Atleta ficou clara mais uma vez nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos no Japão para os atletas brasileiros.
No Pan, o Brasil protagonizou sua melhor campanha da história. Foram 171 medalhas, sendo 55 de ouro. Com isso, o país voltou a terminar em segundo lugar no quadro de medalhas, o que não acontecia desde 1963, na edição dos Jogos realizada em São Paulo. Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico Brasileiro para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Do total de pódios conquistados, 141 vieram com atletas beneficiados pelo programa.
No Parapan, o Brasil protagonizou um resultado histórico e chegou ao topo do quadro de medalhas com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.
Luiz Roberto Magalhães e Breno Barros – Ascom - Ministério da Cidadania