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Ciclismo paralímpico

03/09/2017 11h53

Paraciclismo

Lauro Chaman é campeão mundial de Paraciclismo de Estrada

Medalha de ouro foi conquistada durante prova de resistência disputada em Pietermaritzburg, na África do Sul

Medalhista nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e atual campeão geral da Copa do Mundo, Lauro Chaman entrou no Campeonato Mundial de Pietermaritzburg, na África do Sul, como um dos favoritos. O brasileiro iniciou sua participação conquistando a medalha de bronze na prova contrarrelógio, disputada na sexta-feira (01.09) e aproveitou o melhor momento da sua carreira para protagonizar, neste domingo (03.09), uma prova de resistência taticamente perfeita para se tornar Campeão Mundial de Paraciclismo de Estrada.

“É um título que vai ficar marcado na minha história. Acredito que o objetivo de todo atleta é um dia ser campeão mundial e hoje está sendo o meu dia. A prova foi dura e existia muita marcação, mas consegui impor um bom ritmo e terminar escapado. Estou muito feliz e quero dizer que o resultado só foi possível devido a todo trabalho da comissão técnica e do meu companheiro Soelito Gohr, que realizou uma excelente prova. Agradeço o apoio de todos que ficaram na torcida, a confederação pela oportunidade, minha equipe Funvic e todos os meus patrocinadores”, destacou Lauro Chaman.

Lauro Chaman celebra o triunfo no Mundial da África do Sul: “É um título que vai ficar marcado na minha história”. Foto: CBC

Sendo um dos atletas mais marcados na prova, Lauro não cedeu à pressão e logo na primeira volta já aplicou um forte ataque sobre o pelotão principal e foi seguido apenas pelo italiano Michele Piattacolo. A cada volta percorrida Lauro aumentava o ritmo e ampliava a vantagem sobre os adversários, chegando a colocar mais de 3 minutos de diferença.

A partir da metade da prova, que contou com um circuito de 14 voltas de 6km (85km total), o italiano acabou ficando para trás e Lauro assumiu sozinho a liderança da prova, pedalou forte e cruzou a linha de chegada completamente emocionado para comemorar o título mundial com o tempo de 2h04min04.

Com mais de dois minutos de diferença, o austríaco Wolfgang Eibeck (2h06min16) ficou com a prata, enquanto o francês Dorian Foulon (2h06min45) conquistou o bronze. A seleção brasileira teve ainda o paraciclista Soelito Gohr muito perto do pódio, terminando na quarta colocação a apenas dois segundos do terceiro colocado.

Soelito Gohr, que é bicampeão campeão mundial de Paraciclismo de Estrada (2009-2010) e campeão mundial Pista (2014), elogiou a performance do companheiro de seleção e destacou a importância do título para o crescimento da modalidade no Brasil.

Lauro Chaman cruza a linha de chegada em Pietermaritzburg para conquistar um dos resultados mais importantes de sua carreira. Foto: CBC

“Fizemos uma boa prova tática e não poderia terminar de forma melhor.  O Lauro vem atravessando uma fase incrível e hoje, na prova de resistência, mostrou que atualmente é o paraciclista com mais qualidade dentro do pelotão mundial. Fico muito feliz de ver o paraciclismo brasileiro mais uma vez no topo do pódio. É através de resultados como esse que vamos conseguir motivar novos praticantes dentro do Brasil e aos poucos ter uma modalidade cada vez mais praticada”, declarou Soelito.

Handbike

A seleção brasileira também disputou as provas de resistência da Handbike, que aconteceram no sábado (02.09). Na prova da categoria Handbike WH3, a brasileira Jady Malavazzi repetiu o resultado da prova contrarrelógio e conquistou a quarta colocação. A medalha de ouro ficou com a italiana Francesca Porcellato, seguida pela eslovaca Anna Oroszova e a polonesa Renata Kaluza.

Na Handbike MH3, Eduardo Pimenta ficou com a 15ª colocação. O francês David Franek levou o ouro, enquanto o italiano Paolo Cecchetto ficou com a prata e o suíço Heiz Frei completou o pódio com o bronze.

A seleção brasileira contou com sete atletas na disputa do Campeonato Mundial: Lauro Chaman (Classe C5), Soelito Gohr (Classe C5), André Grizante (Classe C4), João Evangelista Filho (Classe C1), Victor Luise Herling (Classe C2), Jady Malavazzi (Handbike WH3) e Eduardo Ramos Pimenta (Handbike MH3). 

Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo