Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Lagoa Rodrigo de Freitas recebe paracanoístas no segundo dia do evento-teste para os Jogos Rio 2016

Atletismo

05/09/2015 17h55

CANOAGEM

Lagoa Rodrigo de Freitas recebe paracanoístas no segundo dia do evento-teste para os Jogos Rio 2016

Acessibilidade para os atletas e operação especial de segurança foram colocadas em prática durante o Desafio Internacional no Rio de Janeiro
1 | 6
Andrea Pontes e Silva. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
2 | 6
Debora Benivides. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
3 | 6
Aline Lopes. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
4 | 6
Fernando Rufino. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
5 | 6
Vander Pereira de Lima. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
6 | 6
Fernando Fernandes. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB
0001_Andrea pontes e Silva_MR.jpg
0003_Debora Raiza Ribeiro_MR.jpg
0004_Aline Souza Lopes_MR.jpg
0014_Fernando Rufino_MR.jpg
0017_Vander Pereira_MR.jpg
0009_FernandoFernandes_MR.jpg

eventos_teste_banner_1130x100.png

No segundo dia do Desafio Internacional de Canoagem, neste sábado (05.09), foi a vez dos paracanoístas entrarem na água da Lagoa Rodrigo de Freitas. Evento-teste da canoagem velocidade para os Jogos Rio 2016, a competição serve para que quatro áreas operacionais sejam analisadas de maneira completa: tecnologia, resultados, gerenciamento de competição e gerenciamento de instalação.

No caso da paracanoagem, a parte de segurança recebeu uma atenção especial. Militares do Corpo de Bombeiros foram treinados especialmente para fazer o resgate de atletas paralímpicos. Como alguns paracanoístas precisam ficar presos nas embarcações, o socorro tem de ser preciso e imediato caso o barco vire.

Durante o Desafio Internacional, oito guarda-vidas acompanham as competições. São seis botes posicionados durante a prova: dois na largada, dois na chegada e mais dois ao longo do percurso.

“Fizemos esse treinamento e estamos trabalhando com guarda-vidas experientes, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro. Se for necessário, vamos intervir rapidamente. Esse resgate faz parte do trabalho”, explicou o coronel Joel Prates, coordenador de segurança na água do Comitê Rio 2016.

Gerente de competição da canoagem do Comitê Rio 2016, Sebastian Cuattrin explicou que o evento é o primeiro teste da paracanoagem tendo em vista os Jogos Paralímpicos 2016. Por isso, há um cuidado específico com a segurança e a acessibilidade dos atletas.

“A gente tem esse cuidado, principalmente porque o apoio que eles necessitam não pode ser dado de maneira errada. Então eles têm o acesso ao pontão (píer ou deck por onde os atletas entram na água), a flexibilização de uma regra, porque os treinadores têm acesso ao pontão para ajudá-los a embarcar e desembarcar, o que não acontece no olímpico. Tem a questão da acessibilidade, a gente se preparou para isso, construiu rampas e áreas acessíveis para a paracanoagem”, explicou.

Dono de quatro títulos mundiais na paracanoagem, o brasileiro Fernando Fernandes contou que os profissionais responsáveis pela segurança conversaram com os atletas para entender melhor as necessidades de cada um e definir a operação de socorro. “Antes de tudo começar, eles vieram me perguntar como é, como funciona. Eu expliquei que cada atleta tem sua necessidade de adaptação, uns se amarram até com silvertape. Então, se virar, tem que estar pronto para agir rápido. Mas eles estão preparados em relação a isso e nesse aspecto está tudo muito legal”, elogiou Fernandes.

Fernando Fernandes. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Há seis anos competindo na canoagem paralímpica, Fernando também elogiou a organização do Desafio Internacional e a acessibilidade disponível para os atletas. A única preocupação do remador é em relação às algas na Lagoa, o que não quer dizer que o lugar está poluído.

“Tem muita alga. Eu mesmo quase virei ali, tirei um chumaço. Eu não me sinto remando num lugar poluído. Não me sinto com risco de estar remando num lugar sujo. A preocupação é com as algas. Mas não tenho dúvida de que isso vai ser resolvido, de repente até colocar uma rede protetora, uma tela, acho que é fácil de resolver”, afirmou.

Fernando Fernandes fez questão de elogiar a paisagem da Lagoa Rodrigo de Freitas e a localização central da instalação. “Pela primeira vez na história, a canoagem vai estar num lugar tão próximo do público. Acho que o grande barato daqui é exatamente essa proximidade. A gente tem muito a ganhar com isso por poder apresentar ao público o que é a modalidade. E o cenário... Quando eu venho treinar aqui, é um prazer tão grande. Você para, olha para o Cristo... Eu só tenho a agradecer, o que eu ganhei é muito maior do que eu perdi. Só de estar num caiaque, fazendo o que eu amo, representando o meu povo, não tem nem o que falar, é só sentar o braço e pensar nos Jogos”, completou.

Seis brasileiros disputaram as baterias da paracanoagem neste sábado: Fernando Fernandes, Andrea Pontes e Silva, Fernando Rufino, Debora Benivides, Vander Pereira de Lima e Aline Lopes. Todos vão disputar as finais de suas respectivas provas neste domingo (06.09), a partir das 13h. Pela manhã, a partir das 9h, serão disputadas finais da canoagem olímpica.

Resultados

As primeiras medalhas do Desafio Internacional de Canoagem foram entregues na manhã deste sábado. E a chuva que caiu na capital fluminense no começo do dia deu o tom de uma premiação sem brasileiros no pódio.

Após seis finais, quem se deu melhor foi a Bielorússia, que levou o ouro no C1 200 metros masculino, com Artsem Kozyr; e no K1 500 metros feminino, com Volha Khudzenka. A dupla de alemães Ronald Rauhe e Tom Liebscher conquistou o primeiro lugar no K2 200m masculino, enquanto as húngaras Gabriella Szabo e Danuta Kozak garantiram ouro no K2 500m feminino. O tcheco Martin Fuksa foi ouro no C1 1000m e o português Fernando Pimenta foi o vencedor do K1 1000 m masculino. 

Neste domingo, serão realizadas as finais do K2 1000 metros masculino, do C2 1000 m masculino e do K1 200 m feminino e masculino. As provas começam às 9h.

Mateus Baeta, do Rio de Janeiro – brasil2016.gov.br