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Geral

17/07/2021 06h59

TÓQUIO 2021

Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio

A judoca foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em esportes individuais, em Pequim 2008. Já o levantador é dono de três medalhas olímpicas, sendo campeão na Rio 2016

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) definiu a dupla responsável por carregar a bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, na próxima sexta-feira (23/07). A judoca Ketleyn Quadros, primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em esportes individuais com o bronze na categoria leve em Pequim 2008; e Bruninho, campeão olímpico de vôlei na Rio 2016, carregarão juntos o pavilhão verde-amarelo.

Foto: COB
“Sou muito grata e me sinto privilegiada por representar cada um dos brasileiros sendo porta-bandeira”
Ketleyn Quadros, judoca e medalhista olímpica

“Eu fico me emocionando o tempo inteiro. As conquistas são consequências de quem acredita, de quem constrói, apesar das adversidades, de muita dedicação, de muito treinamento, do trabalho de muitas pessoas. Eu olho pra minha carreira e vejo que não ter participado dos últimos dois Jogos Olímpicos me ajudou a crescer, a evoluir e a estar aqui. Sou muito grata e me sinto privilegiada por representar cada um dos brasileiros sendo porta-bandeira”, disse Ketleyn Quadros, que possui 33 medalhas em eventos do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô.

Ketleyn Lima Quadros foi matriculada pela mãe na natação, mas faltava às aulas para assistir aos treinos de judô. De tanto insistir, acabou começando a praticar a modalidade. Para se classificar aos Jogos Olímpicos Pequim 2008, viu sua principal concorrente à vaga, Danielle Zangrando, se machucar e não deixou a oportunidade passar.

Depois de ficar fora dos Jogos por dois ciclos olímpicos, voltou às Olimpíadas 13 anos depois de sua medalha na China e recebeu a honra de ser a terceira mulher (depois de Sandra Pires, em Sydney 2000, e Yane Marques, no Rio 2016) na história e também a terceira judoca (depois de Walter Carmona, em Seul 1988, e Aurélio Miguel, em Barcelona 1992) a carregar a bandeira do Brasil.

“Tenho 33 anos e uma vida dentro da modalidade. Não falo isso com peso não, eu amo o que eu faço. Acho que vai passar um filme na minha cabeça quando eu tiver lá e saber que tudo que passei valeu à pena”, ressaltou a judoca.

Valores

Já Bruninho, filho dos ex-jogadores Vera Mossa e Bernardinho, despontou no vôlei atuando pela equipe de Florianópolis. Em 2007, sagrou-se campeão dos Jogos Pan-Americanos do Rio e nunca mais abandonou a Seleção Brasileira. Mesmo enfrentando desconfiança por ser filho do então treinador, conseguiu uma das carreiras mais vitoriosas do vôlei mundial, com três medalhas olímpicas e sendo capitão na campanha do ouro no Rio 2016. Ele será o primeiro representante do vôlei a ser porta-bandeira nos Jogos.

“Os valores que gerações anteriores deixaram de dedicação, de luta, de garra, de superação é o que levo e me sinto muito honrado”
Bruninho, campeão olímpico do vôlei

“Sou um mero representante do que o vôlei significa não só pro esporte, como para o povo brasileiro. Os valores que gerações anteriores deixaram de dedicação, de luta, de garra, de superação é o que levo e me sinto muito honrado. Ser o primeiro é motivo de muito orgulho e fruto desse legado. Sintam-se todos representados. Depois que soube, contei apenas para algumas pessoas muito próximas, entre eles meu pai, que sempre guiou, que foi muito importante na minha carreira, primeiro como jogador, fazendo parte de uma geração pioneira, depois como técnico da geração mais vitoriosa história, que culminou com o ouro olímpico da superação. Representar a todos no maior momento do esporte mundial eu não sei nem o que dizer. Só na hora que vamos sentir na pele essa emoção e será um momento muito marcante”, avaliou Bruninho.

Ketleyn competirá no lendário Nippon Budokan no próximo dia 27, enquanto Bruninho fará a sua estreia no dia 24, na Ariake Arena, contra a Tunísia.

“Seremos a porta-bandeira e o mestre-sala”, completou Bruninho. Uma bela comparação pra quem vai representar o país do samba.

“Essa é a maior delegação brasileira em uma edição de Jogos Olímpicos fora do país. E nada mais justo que homenagearmos grandes representantes de duas das modalidades que mais deram medalhas olímpicas ao Brasil. A Ketleyn é uma pioneira no judô, um exemplo de profissional e da filosofia do esporte. Bruninho, apesar de ser filho de dois dos maiores de sua modalidade, conseguiu trilhar o próprio caminho, conquistando três medalhas olímpicas, um feito para poucos, e ainda pode ser orgulhar de ser o capitão numa campanha de ouro. Com eles, mantemos a tradição de privilegiar o respeito, a excelência e a meritocracia e não tenho dúvidas de que os dois representaram muito bem o país na abertura dos Jogos”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil