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Atletismo

20/09/2021 09h53

Paralímpicos

Integrante da Escola Paralímpica do CPB é destaque nas Paralimpíadas Universitárias

Evento reuniu 338 atletas de 24 estados e do Distrito Federal no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, legado dos Jogos Rio 2016

A paulista Marcelly Vitória Pedroso, da classe T37, estabeleceu um novo recorde brasileiro nos 200m no sábado, 18.09, último dia de competições das Paralimpíadas Universitárias 2021. Foi a segunda marca nacional estabelecida pela atleta na competição. A primeira havia sido nos 400m na sexta-feira.

Foto: Marcello Zambrana / Exemplus / CPB

Ao todo, 338 atletas de 24 estados e do Distrito Federal representaram 180 instituições de ensino superior nesta edição do evento disputada no Centro de Treinamento Paralímpico, na capital paulista. A universidade campeã será divulgada até a próxima sexta-feira, 24.09.

Marcelly completou os 200m na pista do CT Paralímpico em 30s46 e estabeleceu o novo recorde brasileiro da prova para a classe T37 (para atletas com deficiência de coordenação motora). A marca anterior era de 30s75, de Suelen Marcheski de Oliveira, que neste sábado ficou com a prata (30s78). O bronze foi para Paulina Pereira da Silva (33s94).

Na manhã da sexta-feira, 17.09, primeiro dia de competição, Marcelly já havia quebrado o recorde brasileiro dos 400m T37 com 1min13s80, marca mais de um segundo melhor que a anterior (1min14s93), também de Suelen Marcheski de Oliveira. A prata foi para Paulina Pereira da Silva com o tempo de 1min27s87.

A atleta teve contato com a modalidade pela primeira vez na Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O projeto promove a iniciação de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos com deficiência visual, física ou intelectual. As atividades realizadas no CT Paralímpico, em São Paulo, foram interrompidas em 2020 em função da pandemia de Covid-19 e retornarão no mês de outubro sob rigoroso protocolo sanitário.

“Eu não vinha para o CT desde quando fechou e voltar foi uma sensação inexplicável, que nenhum outro lugar pode causar. Senti que aqui é o melhor lugar, minha casa. Vim de consciência limpa e se sentir em casa é muito bom. Entrei na prova e fiz o meu melhor e os resultados vieram”, relatou a atleta.

Marcelly cursa o quarto período de Educação Física na Estácio, em São Paulo, e quer seguir carreira no esporte paralímpico. “Tive excelentes exemplos de professores quando frequentei a Escolinha do CPB, então quero seguir essa carreira. Vou terminar a faculdade e fazer pós-graduação em esporte adaptado para ser um exemplo de profissional e atleta também”, projetou.

A velocista, que tem paralisia cerebral que afetou os movimentos do lado direito, também faturou o ouro nos 100m T37 com o tempo de 14s36. Completaram o pódio: Suelen Marcheski de Oliveira (14s69) e Paulina Pereira da Silva (15s62), prata e bronze, respectivamente.

Estrutura de ponta

O Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo é uma referência mundial e o principal centro de excelência da América Latina. A instalação, sob gestão do Comitê Paralímpico Brasileiro, recebeu R$ 187 milhões do Governo Federal, sendo R$ 167 milhões na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem, e foi concluída antes dos Jogos Rio 2016.

O local tem capacidade para hospedar mais de 200 atletas simultaneamente e estrutura para treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.

Judô

O judoca Thiego Marques, que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, conquistou dois ouros nas Paralimpíadas Universitárias. Ele foi o campeão da sua categoria, até 66kg, e do absoluto, em que lutam atletas de todas as categorias.

“Vim para as Universitárias para pegar ritmo. Não foram lutas fáceis. Uma das minhas lutas durou sete minutos”, comentou o estudante do sexto semestre de fisioterapia na universidade Unisantanna, em São Paulo.

As Paralimpíadas Universitárias têm como objetivo estimular a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte.

Na edição de 2021, foram contempladas sete modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, judô, natação, parabadminton e tênis de mesa.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro