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Geral

31/07/2016 22h46

Entrevistas

Governo Federal reforça rede de saúde nos Jogos Rio2016

O Diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio, Jair Veiga, e o coordenador geral da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), José Manoel de Souza Marques, concederam entrevistas neste domingo no Rio Media Center

O plano de assistência do Ministério da Saúde para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 inclui um reforço significativo na estrutura física e de pessoal para demandas eventuais durante o evento. Além de profissionais temporários, equipes da Força Nacional estarão a postos no Rio de Janeiro, informou o Diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio (DGH-RJ), Jair Veiga.

Jair Veiga. Foto: Paulo Araújo/ Rio Media Center

O que o Brasil fará para ampliar a capacidade de atendimento na saúde?

Veiga - Dentre as ações implementadas, está a contratação de 2,5 mil profissionais de saúde temporários, entre médicos, enfermeiros e outras áreas para reforçar o atendimento nos hospitais federais do estado e apoiar os 135 leitos de retaguarda que serão abertos na rede federal. Estarão disponíveis 146 ambulâncias para cobertura da população. Além da estrutura física, o Ministério da Saúde manterá equipes da Força Nacional no Rio de Janeiro à disposição para atender demandas eventuais. Além disso, há um centro de operações para monitorar as situações de risco, atuar em ocasiões de emergência em saúde pública e auxiliar na organização da rede de assistência.

O vírus Zika irá atrapalhar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016?

Veiga - A circulação do vírus Zika não impedirá a realização de um evento seguro e inesquecível para atletas, participantes e espectadores. Os riscos são mínimos. O Governo brasileiro está integralmente empenhado em garantir que os Jogos Rio 2016 transcorram com segurança e tranquilidade. As ações coordenadas dos Governos federal, estadual e municipal de combate ao vírus Zika e as medidas tomadas pelo Comitê Rio 2016, combinadas à mobilização nacional contra o mosquito e o investimento público em vigilância e prevenção, já levaram a uma queda antecipada da Zika.

Quais ações de prevenção serão realizadas durante os Jogos Olímpicos?

Veiga - São mais de 3 mil profissionais na capital do Rio de Janeiro focados especificamente no combate ao Aedes aegypti. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal e Amazonas, além do Rio de Janeiro, farão ações de enfrentamento do mosquito nos locais das partidas, Vilas Olímpicas e seus arredores. As arenas e os locais que receberão as delegações e a imprensa serão monitorados e vistoriados com antecedência e ao longo do torneio. Além das vistorias, serão distribuídas cartilhas informativas em três idiomas com orientações de prevenção das doenças. Nos demais estados, é contínuo o trabalho de eliminação do foco do mosquito.

 

José Manoel de Souza Marques. Foto: Paulo Araújo/ Rio Media Center

O coordenador geral da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), José Manoel de Souza Marques, destacou a integração do Ministério da Saúde com estados e municípios onde haverá competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em entrevista no Rio Media Center.

Confira os principais pontos abordados pelo representante do Ministério da Saúde:

Como será organizada a infraestrutura de Saúde para atender ao público que vai assistir aos Jogos Olímpicos?

Marques - O Ministério da Saúde trabalha em parceria com os estados e municípios onde haverá competições (Rio de Janeiro e cinco cidades onde ocorrerão jogos de futebol) para aprimorar a infraestrutura e a organização dos serviços públicos do setor, com foco nos Jogos. As iniciativas incluem a montagem de um centro de operações para atuar em situações de emergência e auxiliar na organização da rede de assistência. Também foram entregues 146 novas ambulâncias que, após o evento, serão utilizadas na renovação da frota do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) no Rio de Janeiro e em outras cidades do País.

No setor de vigilância, estão sendo intensificadas as ações de prevenção de doenças transmissíveis como dengue, chikungunya, vírus zika, HIV/AIDS, DSTs, influenza, sarampo e ebola. Serão realizadas ações de vigilância em serviços de saúde e alimentação e em portos, aeroportos e passagens de fronteira. Há ainda atividades integradas com órgãos de segurança como o Ministério da Defesa no âmbito dos acidentes com produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares, onde poderão ser acionadas, por exemplo, as equipes da Força Nacional do SUS.

O Brasil está seguro contra o Zika?

Marques - Ao contrário do hemisfério norte, o Brasil estará no período do inverno, quando histórica e epidemiologicamente os índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão em declínio e atingem seu menor índice. Em 2015, por exemplo, o número de casos de dengue entre agosto e setembro – período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio – foi, aproximadamente, sete vezes menor do que o pico de notificações da doença no ano. Em 2016, o Ministério da Saúde já identifica uma nítida queda antecipada do comportamento dessas doenças, resultado da mobilização nacional contra o Aedes aegypti.

O Sistema Único de Saúde atende também turistas estrangeiros de forma gratuita?

Marques - Os serviços públicos de saúde no Brasil são gratuitos e assistem também estrangeiros nos casos de urgência e emergência. O estrangeiro residente no Brasil (com visto permanente) tem acesso integral ao SUS. Através da página na internet voltada para o viajante (www.saude.gov.br/viajante), o turista brasileiro ou estrangeiro pode ter acesso às principais recomendações para se proteger contra doenças no Brasil e sobre toda a infraestrutura de atendimento caso necessite.

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