Gol de Mbappé classifica a França para as oitavas e encerra sonho peruano

O jovem francês Mbappé garantiu a vaga da seleção francesa nas oitavas de final da Copa do Mundo. Um gol aos 33 minutos do primeiro tempo decretou a vitória por 1 x 0 sobre o Peru na Arena de Ecaterimburgo e garantiu os 100% de aproveitamento para os bleus. A equipe sul-americana, que voltava a um Mundial 36 anos depois, está matematicamente eliminada, com duas derrotas em duas partidas.

Bola sobrou limpa para Mbappé conferir o gol que valeu os seis pontos para a França e o adeus para os peruanos. Foto: Getty Images

Ironicamente para os peruanos, o gol francês começou com um erro de Paolo Guerrero, a principal aposta do país andino para a competição. O atacante perdeu a bola na intermediária para Pogba, que tocou rápido para Giroud chutar. A bola resvalou num zagueiro e sobrou limpa para a jovem promessa francesa, Mbappé, de 19 anos, conferir sem dificuldade.

Na sequência, Guerrero até tentou e teve pelo menos uma boa chance, mas não conseguiu superar o goleiro Lloris. No segundo tempo, os peruanos pressionaram, ficaram com 56% de posse de bola, mas sem criar chances reais de perigo. A França se fechou na defesa e garantiu a segunda vitória no Mundial, para a tristeza dos cerca de 20 mil torcedores peruanos presentes no estádio. "Agradecemos aos fãs peruanos pelo grande apoio aqui na Rússia. Vamos fazer de tudo para fechar a participação na Copa do Mundo com atitude e dignidade", disse o goleiro Pedro Gallese.

A torcida peruana apostou alto no retorno à Copa após 36 anos. Em campo, contudo, as duas derrotas simbolizaram eliminação precoce e tristeza, tanto para o artilheiro Paolo Guerrero quanto para os torcedores que foram conferir o jogo contra a França em Ecaterimburgo: 0 x 1.

Segunda vaga em aberto

No outro confronto do grupo, a Dinamarca empatou em 1 x 1 com a Austrália. Favorita, a equipe abriu o placar aos seis minutos com um golaço do camisa 10, Eriksen. Após uma cobrança de lateral pela esquerda, a bola encontrou Jorgensen dentro da área, que passou para a chegada de Eriksen. Ele chutou de primeira, firme, no alto, com o pé esquerdo, sem chances para o goleiro.

Na desvantagem, a Austrália partiu para cima, criou chances de chegou ao empate no fim do primeiro tempo. Com ajuda do árbitro de vídeo VAR, o árbitro espanhol Antonio Lahoz confirmou um pênalti num lance em que o atacante Poulsen tocou a bola com a mão dentro da área. O volante Jedinak bateu bem na bola e empatou a partida aos 38 minutos: 1 x 1. Foi o segundo gol de Jedinak de pênalti na Rússia.

O empate movimentou o jogo e a Austrália voltou melhor no segundo tempo. Veloz no contra-ataque, tentou definir a partida. A equipe da Oceania jogou melhor, teve posse de bola e criou situações de finalização, mas não conseguiu ajustar a pontaria. A igualdade levou a Austrália a um ponto na chave, ainda com chances matemáticas. Para chegar às oitavas de final, precisa vencer o Peru na última rodada, em Sochi, e torcer contra a Dinamarca na partida diante da França, em Moscou. Os dois jogos serão disputados simultaneamente, a partir das 11h, na terça-feira (26.06).

O meia Eriksen dá a dica do placar do jogo: 1 x 1. E ficou barato para a Dinamarca. A Austrália teve chances de virar o duelo. Foto: Getty Images

"Sinto que deveríamos ter vencido. Foi como o jogo contra a França: estou decepcionado e orgulhoso, e sinto que merecíamos mais. Acredito sinceramente que merecemos quatro pontos nesses dois jogos. Então, estou desapontado. É apenas a última peça do quebra-cabeça que estamos perdendo. Agora, devemos nos concentrar na partida contra o Peru", afirmou o treinador da Austrália, Bert van Marwijk.

"Meus jogadores pareciam cansados. Você podia ver isso desde o início do jogo. Tentamos substituir alguns para injetar um pouco de energia. Perdemos a bola com muita frequência, enfrentamos contra-ataques e tivemos que depositar muita força. Mas isso é Copa do Mundo. É difícil. A Austrália é um time bom, organizado, e a França teve sorte de derrotá-los por 2 x 1. Sabíamos que ia ser difícil", analisou o treinador da Dinamarca, Age Hareide.

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