Ginástica artística começa hoje com esperança de pódio para Arthur Zanetti

Há quatro anos, o Brasil comemorava a conquista da inédita medalha de ouro da ginástica em Jogos Olímpicos. O feito de Arthur Zanetti nas argolas, contudo, não foi um desempenho isolado. Na ocasião, o país teve ainda pela primeira vez um representante na final olímpica do individual geral. Sérgio Sasaki terminou com a 10ª colocação e também entrou para a história. Já o terceiro brasileiro na competição, Diego Hypolito, não conseguiu uma boa apresentação no solo e, após uma queda, ficou de fora da final. No Rio de Janeiro, porém, a representação nacional aumentou.

Neste sábado (6.8), o Brasil entra pela primeira vez para uma competição olímpica por equipes no masculino. Arthur Nory, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto e Sérgio Sasaki serão os representantes do país anfitrião após a inédita classificação coletiva durante o Mundial de Glasgow, no ano passado. Com esse objetivo alcançado, a meta para os Jogos, contudo, não será voltada para a equipe.

Arthur Zanetti: ginasta encantou o mundo em Londres com sua apresentação nas argolas e, agora, quer brindar o país com mais um ouro no aparelho. Foto: Getty Images

“A gente optou por uma estratégia de tentar buscar o maior número possível de finais. Deixamos um pouquinho em segundo plano a questão do resultado da equipe aqui nos Jogos”, explica o chefe de equipe Leonardo Finco. A maior expectativa gira em torno de uma nova medalha para Zanetti nas argolas. Diego Hypolito tentará uma final no solo e no salto, enquanto os três outros atletas lutarão pelo individual geral. Francisco e Nory ainda podem avançar na disputa da barra, enquanto Sasaki é considerado um forte nome na prova de salto.

“A gente sabe o nosso teto, até onde a gente pode ir. Não estamos aqui disputando com Japão e China. Sabemos que classificar por equipes para a final vai ser difícil”, admite o técnico Renato Araújo. “No cavalo, na paralela e na barra, só entramos com três atletas. Se formos para a final, vamos comemorar muito porque aí vai ser igual para todo mundo”, acrescenta.

O estreante Arthur Nory acredita em uma possibilidade para a equipe. “Acho que a gente tem chances de pegar uma final se todo mundo competir direitinho”, avalia o ginasta, quarto colocado na barra fixa em Glasgow. “Por aparelho é tudo ou nada. São os oito melhores do mundo para passar e vou fazer meu máximo para conseguir o maior número possível de finais, não só na barra. No solo, fazendo bem limpo, dá para beliscar alguma coisa”, acredita.

Feminino

A seleção brasileira feminina, por sua vez, terá uma estratégia oposta. O maior objetivo de Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade será avançar em grupo para a final, de preferência conseguindo melhorar a oitava colocação de Pequim 2008. A maior expectativa, contudo, fica para a apresentação da forte seleção norte-americana, comandada por Simone Biles, dona de 14 medalhas em mundiais, sendo 10 de ouro.

"Estamos com uma equipe com total condições de ir à final, mas em uma competição tudo pode acontecer. Depende do nível de concentração de cada uma, de como vão absorver a torcida a favor delas para acertarem. O que posso garantir é que elas estão preparadas”, ressalta a coordenadora Georgette Vidor. Flávia, Jade e Rebeca tentarão o individual geral, enquanto Daniele competirá na trave e no solo. Lorrane se apresenta no salto e nas paralelas.

Neste sábado, a modalidade terá início pelas qualificatórias masculinas. O Brasil está na primeira subdivisão, que compete das 10h30 às 13h, começando as apresentações pelas argolas. Já no domingo (7.8) é a vez das meninas, que estão na terceira subdivisão, das 14h30 às 16h. O primeiro aparelho será a trave. As finais por equipes serão realizadas na segunda e na terça-feira, antes do início das disputas do individual geral e por aparelhos. Confira a programação completa:

Programação

Sábado (6.8)
10h30 às 13h: classificatórias primeira subdivisão - masculino (Brasil)
14h30 às 17h: classificatórias segunda subdivisão - masculino
18h30 às 21h: classificatórias terceira subdivisão - masculino

Domingo (7.8)
9h45 às 13h: classificatórias primeira e segunda subdivisões - feminino
14h30 às 16h: classificatória terceira subdivisão - feminino (Brasil)
17h30 às 19h: classificatória quarta subdivisão - feminino 
20h30 às 22h: classificatória quinta subdivisão - feminino

Segunda-feira (8.8)
16h às 18h55: final por equipe - masculino

Terça-feira (9.8)
16h às 18h10: final por equipe - feminino 

Quarta-feira (10.8)
16h às 18h45: final individual geral- masculino 

Quinta-feira (11.8)
16h às 18h10: final individual geral - feminino 

Domingo (14.8)
14h às 14h45: final solo - masculino
14h45 às 15h30: final salto - feminino
15h30 às 16h15: final cavalo com alças - masculino 
16h15 às 17h: final barras assimétricas - feminino

Segunda-feira (15.8)
14h às 14h45: final argolas - masculino
14h50 às 15h35: final salto - masculino
15h40 às 16h25: final trave - feminino

Terça-feira (16.8)
14h às 14h45: final paralelas - masculino
14h45 às 15h30: final solo - feminino
15h30 às 16h15: final barra fixa - masculino

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br