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Geral

25/07/2021 03h43

TÓQUIO 2021

Gabriel Medina e Ítalo Ferreira vencem baterias de estreia do surfe em Tsurigasaki

Ondas pequenas marcaram o primeiro dia de disputas. Brasileiras Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb também surfaram bem e avançaram

Os campeões mundiais de surfe do Brasil estrearam bem nas ondas de Tsurigasaki, na manhã deste domingo (25.07) no Japão (noite de sábado (24.07) no Brasil). Primeiro a entrar no mar, Ítalo Ferreira venceu a primeira bateria com 13,67 pontos. Ele superou o japonês Hiroto Ohhara, que marcou 11,40, o italiano Leonardo Fioravanti, com 9,43,  e o argentino Leandro Usuna, com 8,27.

Foto: COB

Apesar da experiência no circuito Mundial, Ítalo confessou que sentiu o nervosismo da estreia nos Jogos. “Sempre tem um nervosismo, mas quando comecei a entrar no ritmo as coisas começaram a acontecer. Eu gosto de surfar, não gosto de esperar, então quando comecei a pegar bastante onda e comecei a criar as manobras isso fez com que eu aumentasse as notas e evitasse pensar nos outros adversários”, afirmou o surfista.

O brasileiro conseguiu se aproveitar das condições do mar, mesmo com ondas pequenas. “Eu cresci surfando esse tipo de onda. É claro que tiro vantagem disso, pelo fato da velocidade, de criar manobras grandes em ondas pequenas e impressionar os juízes”, avaliou.

Gabriel Medina também fez a sua estreia e avançou em primeiro lugar, com 12,23 pontos. O francês Michel Bourez fez 10,10 e o alemão Leon Glatzer marcou 10. Em sua primeira competição olímpica, o bicampeão mundial comemorou a estreia do surfe nos Jogos.

Investimentos federais

Com a inclusão do surfe no programa dos Jogos Olímpicos, a modalidade passou a integrar o Bolsa Atleta. Assim, os quatro representantes do país na capital japonesa são beneficiados pelo programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. Nesse ciclo, o investimento direto na modalidade foi de R$ 1,4 milhão, valor suficiente para conceder 56 bolsas para praticantes do surfe.

“É um passo muito grande para o surfe. A gente está chegando no mundo inteiro. Eu sei o quanto é importante e especial. A base que a gente tem aqui é fundamental. Claro que na Vila é legal pra você compartilhar momentos com pessoas que você admira, mas nesse mundo de hoje, esse jeito mais isolado é o melhor para nós, para a gente performar melhor e não termos risco. A nossa parte estamos fazendo.”

Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb também avançaram no primeiro dia. Silvana ficou em segundo, com 13,12 pontos na bateria vencida pela norte-americana Stephanie Gilmore, com 14,50. “Quando saí do hotel e vim para a competição deu um friozinho na barriga. Aí pensei: calma, relaxa que o nervosismo não é agora. Eu estou me sentindo bem psicologicamente e estou feliz que é o mais importante”, afirmou.

Foto: COB

Já Tatiana passou em primeiro lugar, com 11,33.  "É bem diferente, estou arrepiada. É difícil acreditar que estamos aqui nos Jogos Olímpicos surfando. É uma honra fazer parte de um grupo de atletas tão poderosos e sou muito grata", disse Tatiana.

História

A estreia do surfe nos Jogos faz parte de um movimento do Comitê Olímpico Internacional de tentar aproximar o megaevento do universo de interesse das novas gerações. Como a competição é disputada no oceano, o tamanho das ondas e as condições climáticas são determinantes para a realização das provas. Por isso, a organização deixou uma janela ampla, entre 25 de julho e 1 de agosto, para as baterias classificatórias e finais. As provas serão na costa da prefeitura de Chiba, na Praia de Tsurigasaki.

São 20 atletas no torneio masculino e outros 20 no feminino, com um limite de dois atletas por país. Mais do que classificados, os atletas nacionais chegam a Tóquio com ótimas perspectivas de medalha, em especial no masculino. Gabriel Medina é bicampeão e Ítalo Ferreira é o atual dono do título do circuito profissional.

Fontes: Comitê Olímpico do Brasil e rededoesporte