Natacao paralímpica
Natação paralímpica
Gabriel Bandeira bate recorde mundial nos 100m borboleta no CT Paralímpico
O nadador Gabriel Bandeira (classe S14, para deficientes intelectuais) estabeleceu o novo recorde mundial nos 100m borboleta no Campeonato Brasileiro de natação paralímpica na última sexta-feira, 13.05, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Esta foi a última competição antes do Mundial da modalidade, em junho, na Ilha da Madeira.
O paulista de 22 anos nadou a prova em 54s18. O recorde anterior era do britânico Reece Duun, que completou o mesmo percurso em 54s46 durante o Mundial de Londres, em setembro de 2019.
“Esse recorde só me anima mais para o Mundial, que é daqui a um mês apenas. Estamos com um ritmo forte nos treinos, eu não contava em bater esse recorde agora no Brasileiro, estava preparando para o Mundial. Já perseguia esse recorde há um ano e agora veio”, contou Gabriel, que conquistou uma medalha de ouro, duas pratas e uma de bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
O ouro de Gabriel na capital japonesa foi justamente nesta prova, naquela ocasião com 54s76, tempo que lhe rendeu o recorde paralímpico. Na ocasião, Dunn ficou com a medalha de prata (55s12).
Bill, como é conhecido, está entre os 29 convocados para o Mundial de natação, que acontecerá de 12 a 18 de junho, na Ilha da Madeira, em Portugal.
Até os 11 anos de idade, o atleta competia na natação convencional. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a testes que constataram uma deficiência intelectual. Ele migrou para o paralímpico em 2020 e estreou em competições internacionais e Jogos Paralímpicos no ano passado.
Bill, atleta do Praia Clube de Uberlândia, encerrou a participação no Brasileiro de natação com cinco medalhas de ouro e uma de prata. Na quinta-feira, 12, nos 100m costas, ele estabeleceu o novo recorde das Américas com 51s70. Ao todo, participaram do Brasileiro 248 nadadores.
Carol testa maratona
A multicampeã paralímpica Maria Carolina Santiago (da classe S12, para atletas com baixa visão) também participou do Brasileiro como estratégia para o Mundial. A nadadora pernambucana optou por um programa longo para simular o ritmo intenso de competição que terá.
“Depois de Tóquio, a ideia era reduzir as provas, mas decidimos manter um programa longo, cheio. Usamos táticas diferentes nas três últimas competições para testar e deu tudo certo. Vimos que é possível competir em alto nível em todas”, contou Carol Santiago que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz o campo de visão.
No Brasileiro, Carol, que representa o Grêmio Náutico União, conquistou seis ouros 50m e 100m livre, 100m costas, 100m peito, 100m borboleta e 200m medley.
“Colocamos a Carol em todas as provas para testar realmente, nadar duas provas seguidas como 100m peito e 100m borboleta na sexta. Foi bom para testarmos descanso, alimentação, suplementação. No Mundial, ela nadará mais de uma prova por dia, uma individual e um revezamento”, explicou Leonardo Tomasello, técnico-chefe da Seleção Brasileira e responsável pela preparação de Carol, de 36 anos.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)