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Ginastica artística

03/08/2021 10h19

TÓQUIO 2021

Flávia Saraiva termina na sétima colocação na trave em noite com Simone Biles

Brasileira fez uma boa apresentação, mas se desequilibrou no aparelho. A americana ficou com a medalha de bronze

A última noite da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi palco da final feminina na trave e contou com Flávia Saraiva e Simone Biles. Após se afastar da competição e não participar das finais de solo e salto, a atleta americana fez uma ótima apresentação e conquistou o terceiro lugar com 14.000 pontos. A jovem chinesa Chenchen Guan, de 16 anos, foi ouro com 14.633, seguida pela compatriota Xijing Tang, com 14.233, prata.

Flavinha foi a penúltima a se apresentar na final na Ariake Gymnastic Centre. A brasileira se desequilibrou duas vezes durante sua performance e acabou fora do pódio.

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Foto: Ricardo Bufolin/CBG

"Eu estou me sentindo muito feliz, foi uma vitória ter chegado na final olímpica. Por tudo que eu passei, esta semana, nos últimos três meses, estar nesta final já é a minha medalha. O desequilíbrio não foi o pé [que sofreu a torção], eu coloquei muita força no salto, eu estava com muita energia, eu queria muito estar ali. Há um mês e meio, eu não saberia dizer se conseguiria estar disputando uma final olímpica", disse a brasileira.

A carioca, que conquistou a classificação para a final na trave no dia 25 de julho, sentiu o pé ao finalizar a última acrobacia no solo e acabou sendo poupada no salto e nas assimétricas.

"Hoje eu acordei e senti que estava brilhando, poderia acontecer qualquer coisa e eu ia continuar brilhando. Eu acho que tem pessoas que vêm para conquistar muitas medalhas, tem pessoas que vêm para buscar resultados e tem pessoas que vêm e que talvez não ganhem medalhas, mas que vêm para brilhar. E eu me sinto assim. Eu sinto que eu brilhei e isso vale muito", afirmou, feliz, a ginasta brasileira que é medalha de ouro no solo nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014.

Campanha histórica

O Brasil fez uma campanha histórica garantindo duas medalhas na ginástica feminina com Rebeca Andrade: uma de prata no geral individual e outra de ouro no salto. A de prata foi a primeira medalha olímpica da modalidade conquistada por uma mulher.

Investimentos

O Brasil experimenta nos últimos 20 anos uma ascensão significativa na modalidade, com resultados expressivos conquistados pelos atletas nacionais em torneios continentais, em etapas da Copa do Mundo, em mundiais e em Jogos Olímpicos. Essa ascensão foi acompanhada de investimentos do Governo Federal e o patrocínio de estatais para garantir viagens, treinamentos e a equipagem de 16 centros de treinamento no país.

Os sete integrantes da seleção de ginástica artística classificados para Tóquio fazem parte do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. Seis deles pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a ginástica artística recebeu do Governo Federal investimento direto de R$ 7 milhões via Bolsa Atleta, recursos que propiciaram a concessão de 256 bolsas.

Fonte: COB