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Atletismo

24/07/2015 10h26

Toronto 2015

Eventos "caça-talentos" formam mais de mil atletas e garantem futuro do handebol

Segundo o técnico da Seleção Brasileira masculina, o espanhol Jordi Ribera, ações em mais de 20 estados permitem aprimoramento técnico e ampliam as chances de renovação qualificada

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O espanhol Jordi Ribera, técnico da seleção masculina de handebol, tem uma missão que transcende a preparação da equipe brasileira para os eventos internacionais. O comandante trabalha para construir o futuro da modalidade e garantir que o time fique cada vez mais perto das principais equipes do mundo. Para isso, já fez uma peregrinação em mais de 20 estados do Brasil para observar partidas e encontrar talentos, além de promover treinamentos especiais para lapidar uma nova geração de atletas. 

Em Toronto, no Canadá, Jordi orienta a seleção principal nos Jogos Pan-Americanos, que vai disputar a final contra a Argentina, e monitora a distância a equipe juvenil brasileira, com jogadores de até 21 anos, que disputa até 3 de agosto o Mundial Júnior, em Minas Gerais.

Para enfrentar as duas competições em alto nível, Jordi teve que dividir a seleção em duas, já que vários atletas do juvenil fazem parte da equipe adulta e têm a possibilidade de integrar, inclusive, a equipe principal que vai disputar os Jogos Olímpicos de 2016.

Brasil na disputa do Mundial Júnior, em Belo Horizonte. Segundo o técnico Jordi Ribera, campings possibilitam que a Seleção tenha duas equipes qualificadas. Foto: Ivo Lima/ME

“Temos neste momento jogadores da seleção principal que estão disputando o Mundial Júnior no Brasil. Atualmente, podemos contar com dois grupos competitivos representando bem o país nos dois eventos ao mesmo tempo. Conseguimos graças a um trabalho de descoberta de talentos”, revela o treinador.

A ferramenta utilizada é o Acampamento Nacional de Desenvolvimento e Melhoria Técnica, promovido em parceira com o Ministério do Esporte. A ação atendeu as cinco seleções brasileiras: sub-14, sub-16, sub-18, sub-20 e a principal. Os acampamentos já formaram mais de dois mil jogadores, no masculino e feminino, em mais de 10 ações nas diferentes categorias.

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Seleção derrota o Chile para chegar à final do Pan de Toronto. Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br/ME

Segundo o treinador, 99% dos jovens atletas das seleções passaram pelo projeto entre 2013 e 2014. “Sempre é difícil trabalhar olhando para o futuro. Penso que é hora de intensificar esse tipo de ação. É a forma que encontramos para construir o futuro que visa se aproximar das principais seleções da Europa”, disse.

A capacitação e o aprimoramento fazem parte do planejamento da confederação visando as gerações olímpicas de 2020 e 2024. Os treinamentos especiais têm possibilitado uma continuidade na excelência das seleções. A ação serve para manter a renovação e o nível técnico. Os acampamentos nacionais são precedidos de ações estaduais e de observações de jogos regionais por parte de Jordi Ribera.

Breno Barros, de Toronto - Ministério do Esporte