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Judô

06/06/2021 13h22

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Eric Takabatake cai nas oitavas e aponta lições no Mundial de Budapeste

"O período para errar acabou", comentou o atleta. Gabriela Chibana foi eliminada na estreia da categoria até 48kg

O brasileiro Eric Takabatake tirou lições importantes após sua participação no Campeonato Mundial de Judô, que teve início neste domingo, 06.06, em Budapeste, na Hungria. Atual número 13 do mundo e, portanto, dentro da zona de classificação olímpica, o peso ligeiro estreou com vitória sobre Harim Lee, da Coréia do Sul, mas parou nas oitavas de final diante do búlgaro Yanislav Gerchev, nas punições. Muito próximo de garantir a vaga para a primeira participação olímpica, Takabatake sabe que o limite para falhas se encerrou.

Eric Takabatake: atual número 13 do mundo, dentro da zona de classificação olímpica. Foto: Roberto Castro/ rededoesporte.gov.br

“O período que a gente tinha para errar acabou. Essa era a última competição. É um Mundial, uma competição de alto nível, sim. Mas temos que pensar que nosso foco está nos Jogos Olímpicos. Se fosse para errar, tinha que errar até agora. Vou levar isso como aprendizado”, avaliou o atleta, que integra a categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. 

"É um Mundial, uma competição de alto nível, sim. Mas temos que pensar que nosso foco está nos Jogos Olímpicos. Se fosse para errar, tinha que errar até agora. Vou levar isso como aprendizado”
Eric Takabatake, integrante da categoria Pódio do Bolsa Atleta

Na estreia em Budapeste, Eric reencontrou Lee, que havia eliminado o brasileiro no Mundial de 2018, em Baku, na repescagem. Na Hungria, porém, foi o brasileiro quem levou a melhor, tanto física, quanto tecnicamente.

“Ele tem um estilo chato de lutar, então entrei concentrado. Primeira luta é sempre aquela ansiedade e foi uma luta bem dura, como achei que fosse ser. Ganhei no golden score, no erro dele, ele estava esgotado. Foi uma luta que ganhei mais na vontade”, pontuou.

Em seguida, o duelo pelas oitavas foi contra Yanislav Gerchev, da Bulgária, que apostou em técnicas de sacrifício para impor volume de ataque e forçar punições por passividade a Eric. A estratégia deu certo e o brasileiro acabou despedindo-se do Mundial com as três punições.

“Já lutei com ele umas três vezes e sempre foi para o golden score. E, apesar de eu já conhecer o estilo dele, ele mudou um pouco em relação a me anular. Ele atacou do jeito que sempre ataca, que é botar bastante golpe na frente, golpes de sacrifício, só que ele me anulou na pegada. Não consegui me achar, chegar com as duas mãos. Foi uma luta complicada para mim, porque não consegui impor meu judô”, explicou Takabatake.

Gerchev acabou em sétimo lugar, após perder para Yago Abuladze (Rússia) e Francisco Garrigos (Espanha), nas quartas e repescagem, respectivamente. A final do 60kg ficou entre Abuladze e Gusman Kyegyzbayev (Cazaquistão), enquanto os bronzes serão definidos por Garrigos e Khyar (França) e Huseynov (Azerbaijão) e Shamshadin (Cazaquistão). Huseynov foi o grande destaque do dia ao surpreender o atual número um do mundo, Ryuju Nagayama, do Japão, nas oitavas de final.

Chibana pára na estreia

A outra representante brasileira no primeiro dia de Mundial foi a peso ligeiro Gabriela Chibana (48kg). Ela encarou a israelense Shira Rishony no primeiro combate e não conseguiu se impor. Rishony marcou um waza-ari no início da luta e defendeu bem os ataques da brasileira, que não conseguiu desfazer a desvantagem no placar e despediu-se do Mundial na primeira rodada.

“Ela tem um estilo bem de fazer força, levar para baixo. Queria dar continuidade, mas estava travada também. Acho que devia ter me movimentado mais, ter conduzido mais a luta. Deixei ela conduzir muito”, resumiu Chibana, brevemente, após o combate. “Agradeço todo mundo que acordou de madrugada para assistir, minha família, meus amigos. Agora, é voltar e tentar consertar.”

O Mundial foi a sexta competição da brasileira em 2021, ano em que precisou superar-se para voltar às competições após uma lesão no joelho (ligamento cruzado anterior). A lesão tornou mais difícil o caminho de Chibana rumo à sua primeira Olimpíada, mas não impossível. A expectativa agora é pela atualização do ranking olímpico e a brasileira tem chances de conseguir uma das últimas vagas diretas da categoria até 48kg para Tóquio.

PROGRAMAÇÃO

SEGUNDA, 07.06: Larissa Pimenta (52kg)

TERÇA, 08.06: Ketelyn Nascimento (57kg) e Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg)

QUARTA, 09.06: Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (63kg), Eduardo Yudy Santos (81kg) e Guilherme Schimidt (81kg)

QUINTA, 10.06: Maria Portela (70kg) e Rafael Macedo (90kg)

SEXTA, 11.06: Mayra Aguiar (78kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Leonardo Gonçalves (100kg)

SÁBADO, 12.06: Maria Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg), Rafael Silva “Baby” (+100kg) e David Moura (+100kg)

DOMINGO, 13.06: Equipes Mistas 

Fonte: Confederação Brasileira de Judô