Equipe feminina de tênis de mesa perde para Porto Rico e fica com a prata

Por muito pouco o tênis de mesa feminino não chegou, neste sábado (10.08), a uma inédita medalha de ouro. Diante de Porto Rico, mesmo algoz das duplas femininas e de Bruna Takahashi no individual, a equipe do Brasil chegou a liderar a disputa e a ter o ouro quase nas mãos. De virada, por 3 x 2, as rivais superaram as brasileiras, que terminaram com a medalha de prata, igualando a campanha de Toronto 2015.

Bruna, Jessica e Caroline: medalha de prata por equipes. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Na primeira partida, Caroline Kumahara e Jessica Yamada fizeram um jogo decidido sempre em detalhes com Melanie Diaz e Daniely Rios. No final, melhor para as porto-riquenhas: 3 x 2 (12/10, 10/12, 11/8, 10/12 e 10/12).

Tradicional rival de Bruna Takahashi, Adriana Diaz era a próxima pedra a ser superada. Número 1 das Américas na atualidade, não meteu medo na brasileira, que superou a derrota por 4 x 0 na semifinal individual em Lima e conquistou uma vitória importante, por 3 x 1 (14/12, 11/8, 7/11 e 11/8). 

Caroline era a jogadora da vez e não decepcionou. Única integrante da equipe que fez parte da campanha nos Jogos de Toronto, ela colocou o Brasil na frente, ao bater Daniely Rios, por 3 x 1 (11/3, 17/15, 9/11 e 12/10). Na sequência, Jessica Yamada tinha a primeira chance de fechar o confronto, contra Adriana Diaz. Derrota por 3 a 1 (7/11, 6/11, 11/5 e 5/11), e oportunidade nas mãos de Bruna Takahashi, desta vez contra Melanie Diaz.

Se nos jogos contra os Estados Unidos e contra Adriana Diaz ela estava extremamente agressiva, Bruna voltou a mostrar essa força no início do jogo. Venceu os dois primeiros sets com certa facilidade e chegou a ter mais de um match point a seu favor, em uma grande reação na terceira parcial, que perdia por 8/2. Não fechou. Perdeu também o quarto set e não se encontrou mais, caindo, de virada, por 3 x 2 (11/3, 11/6, 15/17, 9/11 e 6/11).

Bruna, Jéssica e Caroline. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

“Eu estava acertando tudo, mas quando ela fez aquele 17/15, acho que a confiança dela subiu. Não vou tirar o mérito dela porque ela jogou muito bem, mas provavelmente vamos jogar contra elas no Pré-Olímpico e tenho certeza de que entraremos mais preparadas”, afirma Bruna, que deixa Lima como a maior vencedora do tênis de mesa feminino do Brasil em Jogos Pan-Americanos, com quatro medalhas. “Não vou falar que estou feliz porque eu não levei nenhuma de ouro, mas eu acho que como equipe a gente cresceu bastante”, acrescenta. A atleta foi prata por equipes e na dupla mista, e bronze no individual e na dupla feminina.

“Eu acho que é um jogo aberto contra elas. A gente deu o nosso melhor e eu acho que isso é o mais importante de tudo”, opina Carol. “Fica um grande aprendizado desse campeonato. As meninas de Porto Rico estão jogando muito fora. Elas estão treinando fora, jogando vários campeonatos, então já têm um ritmo de torneios muito bom”, acrescenta.

Balanço

Neste sábado, o Brasil ainda conquistou um bronze no masculino. A equipe formada por Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi e Eric Jouti foi derrotada pelos Estados Unidos, na semifinal, por 3 x 1. Assim, o tênis de mesa brasileiro encerra o Pan em Lima com um total de sete medalhas, conseguindo um pódio em cada torneio disputado. Foram duas medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze. Ao todo, a modalidade saiu de 35 para 42 medalhas nos Jogos.

“No geral foi bem positivo. Estou bem contente com a nossa equipe pela nossa atitude, pelos nossos resultados. A gente conseguiu pegar pódio em todas as provas, então isso é bem positivo”, avalia Jessica Yamada.

“Hoje realmente foi uma pena”, lamenta o técnico da equipe feminina, Hugo Hoyama, dono de 10 medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos. “Mas isso não tira o brilho da campanha delas aqui. Agora é tirar uma lição, principalmente nesse torneio por equipes porque em outubro nós teremos o Pré-Olímpico, exatamente aqui, e só se classifica uma equipe da América Latina. Com certeza Porto Rico vai ser o grande adversário”, adianta.

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Investimentos

Cinco dos seis atletas da delegação brasileira no tênis de mesa são integrantes do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Hugo Calderano faz parte da categoria pódio, a mais alta, enquanto Bruna Takahashi, Caroline Kumahara e Gustavo Tsuboi integram a categoria olímpica, e Eric Jouti, a Internacional. O investimento federal no quinteto é de R$ 230 mil anuais.

No tênis de mesa como um todo, atualmente há 126 atletas incluídos entre os bolsistas federais, num investimento anual de R$ 1,74 milhão. A ampla maioria é da faixa Nacional (92). 

Ana Cláudia Felizola, de Lima, no Peru – rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)