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Tenis de mesa paralímpico

20/08/2021 18h53

Tóquio 2021

Em primeira Paralimpíada como mãe, Joyce Oliveira busca dar orgulho ao filho em Tóquio

Atleta, mãe do Brayan e medalhista de ouro no Parapan de Lima 2019, Joyce vive grande fase e já traçou uma meta para os Jogos no Japão

Os atletas da equipe de tênis de mesa terão a torcida de todos os brasileiros na disputa dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, porém Joyce Oliveira terá uma muito especial: a do filho Brayan Mihari, de três anos. Como uma boa mãe coruja, a mesa-tenista da classe 4 só vai pensar em um objetivo do outro lado do mundo: dar orgulho ao filho.

Joyce está indo para a sua terceira Paralimpíada (jogou em Londres 2012 e na Rio 2016). A atleta recebe o benefício financeiro do Bolsa Pódio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Será a primeira como mãe do pequeno Brayan. A atleta explica que pensou em parar de jogar tênis de mesa, mas desistiu da ideia por causa do filho.

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Foto: Ale Cabral/CPB

“Eu iria parar de jogar, estava pensando nisso. Depois, fiquei grávida e pensei que não deveria parar. Quero que o meu filho tenha orgulho de mim, que fale ‘minha mãe é uma atleta’. Tudo o que faço é por ele e para ele. Por isso, o tênis de mesa continuou sendo a minha profissão”, admitiu.

Brayan já está cobrando uma visita à mãe no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). Apesar da pouca idade, a criança pede até para treinar com a Seleção Brasileira. Joyce acredita que pode surgir um futuro mesa-tenista.

“Ele está doido para que leve ao CT, mas, por causa da pandemia, não dá para levar. Quando ele ia comigo, ele era muito pequeno, chegou a ganhar uma ‘raquetinha’, mas ele ainda não entendia muito bem. Agora, ele já pede para me ver treinar. Eu dei uma camisa da Seleção para ele, aí ele sempre me fala que já tem uniforme e que já pode ir treinar. Acho que ele vai gostar muito de tênis de mesa”, contou.

Meta no Japão
Tirando o período complicado da pandemia, Joyce vive uma boa fase nas mesas. Oitava melhor do mundo na classe 4, a atleta conquistou a vaga para Tóquio ao ser campeã individual da sua classe dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 (ela ainda faturou ouro por equipes na competição). Indo para a sua terceira Paralimpíada, ela contou qual é a sua meta.

“Nas outras duas Paralimpíadas que joguei, não saí da fase de grupos, por isso, a minha meta é avançar dessa primeira fase. Lógico que todo atleta sonha com a medalha, mas quero, pelo menos, sair do grupo”, projetou.

Joyce contou sobre o que espera do nível de competição. “Vai ser difícil, vão estar as melhores, mas, se cheguei aqui, é porque tenho condições. A classe 4 é muito difícil de conseguir um bom resultado, tem três chinesas fortes, mas, como estou lá também, é porque sou boa, vou dar o meu melhor”.

Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa